Durante a vida de cada pessoa, vão surgindo
situações, oportunidades, desafios e diversas circunstâncias que estimulam a
tomar certas decisões, em ordem a conseguir-se alcançar um determinado
resultado, face a um projeto individual e/ou coletivo, concebido para que o
sucesso seja uma consequência de todo um trabalho próprio e/ou de grupo.
O mundo atual comporta pessoas medíocres, médias,
talentosas e excecionais. Todas têm o seu lugar e se consideram mais ou menos
realizadas, com o que vão conseguindo da vida, mas a verdade é que: «Vivemos numa era que passou a aceitar a
“média” como padrão de desempenho e depois é com assombro e um pouco de
humilhação que assistimos alguém que conhecemos destacar-se do grupo para
receber todas as recompensas justas pela excelência do seu desempenho.
Segurança e garantia tornaram-se ideais neste mundo de choque do futuro, quase
fazendo submergir completamente nosso desejo de crescimento.» (MANDINO,
1982:71).
Os desafios que se colocam às pessoas, grupos,
instituições e à sociedade em geral são muito complexos nuns casos, mais
simples noutros, mas todos exigem maior ou menor capacidade para os enfrentar
e, desejavelmente, vencê-los com os melhores resultados possíveis, sendo certo
que, provavelmente, ninguém pretende ficar abaixo das expectativas.
A ideia mais frequente que se tem sobre o sucesso,
realmente, relaciona-se com a riqueza material: possuir bens concretos,
quantificáveis, no limite, dinheiro e no que a este se alude, “quanto mais melhor”, até porque: «Na medida em que o dinheiro é a
quantidade de serviços que desempenhamos para os outros, acumulá-lo é nobre. Na
medida em que pesamos nosso dinheiro a serviço dos que amamos, suprindo-lhes
com todo o calor, conforto e segurança possíveis, o dispêndio é compensador e
divino.» (Ibid.:74).
Partindo de pressupostos legais, legítimos e
idóneos, a ninguém pode ser vedado trabalhar, para obter sucesso, como não se
afigura correto criticar destrutiva e difamatoriamente quem pelo estudo,
trabalho, poupança e investimento atinge a felicidade pelos bens materiais,
porque sendo um conceito subjetivo, cada pessoa poderá ser feliz a partir dos
princípios, valores e sentimentos que vai adotando ao longo da vida.
Com efeito: «Por
incrível que pareça, grande parte da raça humana ainda acredita que para um
indivíduo chegar à felicidade eterna precisa primeiro passar por uma vida
inteira de infelicidades. Precisamos sofrer, dizem, para ganharmos a
recompensa. Mas como seria tremendamente inconsistente aceitar tal filosofia.
Por um lado, descobrimos que fomos colocados neste planeta totalmente equipado
para obtermos o nosso sucesso individual. Contudo, a psicologia do sofrimento
iria exigir que não usássemos todas as ferramentas e talentos porque nos foram
dados …). Nosso objetivo é fazer o máximo que pudermos para que nossas vidas
sejam bem-sucedidas e felizes.» (Ibid.:75).
É claro que ao ser humano se colocam desafios, dos
quais existe uma consciência, mais ou menos clara, e uma vontade, igualmente de
maior ou menor intensidade, para os superar, de contrário, e entre muitas
outras diferenças, não nos distinguiríamos dos restantes seres deste planeta, o
que realmente não acontece, porque ao estudarmos a História da Humanidade, ao
longo dos milénios, identificamos pessoas verdadeiramente excecionais, para o
bem e para o mal.
Não temos muitas dúvidas de que: «Encontramo-nos num mundo repleto de
desafios que só esperam ser assumidos. Encontramo-nos equipados com os talentos
necessários para ir ao encontro desses desafios. Essa combinação de desafios e
de possibilidades de enfrentá-los nos diz alguma coisa por que estamos aqui?
Por acaso não confirma, finalmente, de uma vez por todas, que nenhuma outra voz
estará disponível e que só a nossa existência é toda a permissão de que
precisamos para ter sucesso?» (Ibid.:76).
Realmente, temos de ser diferentes porque fomos
“talhados” para vencer, para termos sucesso, porque, efetivamente, merecemos
alcançar os êxitos que as melhores oportunidades da vida nos proporcionam.
Lutar no sentido da vitória é uma obrigação, na medida em que quanto mais
pessoas vitoriosas a sociedade tiver, tanto melhor para o bem-comum, para o
progresso e para a felicidade, esta nas suas diferentes perspetivas, e de
acordo com a conceção que dela se tiver.
O sucesso é uma necessidade, um bem essencial,
qualquer que seja a sua natureza: material, axiológico, espiritual,
sentimental, obviamente, aqui, estimulado para o bem, sem fundamentalismos, sem
prejuízos para as restantes pessoas, se possível, tendo sempre em vista o
bem-estar individual, familiar, empresarial, institucional e societário, porque
é numa situação de paz, tranquilidade e progresso que os seres humanos devem
viver.
Naturalmente que ninguém tem o direito de ficar
passivamente à espera que o sucesso lhe “caia
no colo”, porque: «O sucesso, é
claro, depende do esforço de cada um, no exercício efetivo das atividades
mentais, fundamentalmente na vivência dos seis conceitos básicos – paz,
carinho, compreensão, humildade, amor, perdão – que solidificam o amor e
desembocam na paz, viga mestra para a harmonia social e condição básica para
alcançar o grande ideal de todos: a eternidade.» (FRANCESCHINI, 1996:42).
Na caminhada para o sucesso, é muito importante que
se trabalhe muito bem o relacionamento interpessoal, precisamente com a
verdade, humildade, gratidão, objetividade e flexibilidade. Nada impede, por
exemplo, que para se chegar ao sucesso, se utilizem técnicas utilizadas nas
Relações Públicas, porque: «Na realidade,
as relações públicas podem desempenhar um papel essencial na realização de
objetivos específicos em todos os níveis do trabalho de uma organização,
focalizando, reforçando e transmitindo uma mensagem eficiente. Devidamente
utilizadas, as relações públicas são um método excelente e compensador em
termos de custo para melhorar a imagem de um indivíduo, organização ou
produto.» (AUSTIN, 1992:9).
Quando alguém consegue sucesso, presume-se que é no
âmbito da realização material de uma ideia, de um projeto, de um desejo,
contudo, o êxito global na vida será um objetivo difícil de alcançar, porque
sempre haverá a vontade, por diversas razões: ambição, orgulho, soberba, poder,
domínio, de se conseguir mais, porém, quantas pessoas parece terem tudo na vida
e, na verdade, falta-lhes obter, por exemplo: saúdem reconhecimento,
felicidade, respeito, dignidade, acabando tais pessoas por sucumbir ao abismo
da solidão, do ostracismo, do esquecimento, da indiferença, enfim, do fracasso.
É desejável que todas as pessoas, famílias,
instituições, povos e nações busquem, incessantemente, o sucesso, considerado
este nos principais pilares que comportam este magnífico edifício, que faz
mover o mundo: saúde, trabalho, amor, felicidade e a Graça Divina, aos quais se
podem juntar as traves-mestras: da solidariedade, da amizade, da lealdade, do
carinho, da humildade, da gratidão, da compreensão, do perdão e da paz. O
“travejamento” deste fascinante edifício, fica assim concluído, bem consolidado
e será difícil derrubá-lo.
Certamente que o “Desafio para o Sucesso” é complexo,
talvez não esteja ao alcance de qualquer pessoa, porque é necessária muita
determinação, elevada autoestima, grande competência nas atividades em que nos
envolvemos, conhecermos muito bem os caminhos a percorrer, os instrumentos a
utilizar, traçarmos com realismo as metas que possam ser alcançáveis, a partir
das nossas habilidades, experiências e conhecimentos.
É essencial termos a noção de que: «A autoestima natural é uma avaliação de nós
próprios que revela humildade e é um acto simples, porque não precisa de provar
nada a ninguém, não se sente ameaçada de forma alguma e apenas nos oferece a
consciência de quem se reconhece, naturalmente, completo e íntegro.»
(FERREIRA, 2002:144).
Bibliografia.
AUSTIN,
Claire, (1993). As Relações Públicas com Sucesso. Trad. Manuela Madureira.
Lisboa: Editorial Presença.
FERREIRA, Maria Isabel,
(2002). A Fonte do Sucesso. Cascais: Pergaminho.
FRANCESCHINI,
Válter, (1996). Os Caminhos do Sucesso. 2ª Edição, Revista e Ampliada. São
Paulo: Scortecci.
MANDINO, Og., (1982). A Universidade do Sucesso. 2ª Edição.
Trad. Eugênia Loureiro. Rio de Janeiro, RJ: Editora Record.
Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
Telefone:
00351 936 400 689
Imprensa
Escrita Local:
Jornal:
“O Caminhense”
Jornal:
“A Nossa Gente”
Jornal:
“Terra e Mar”
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