Na caminhada pela estrada da existência humana,
todas as pessoas têm as suas oportunidades na vida, sendo certo que a avaliação
que se faz de cada uma, conduz ao seu aprofundamento e decisão sobre adaptá-la
à realidade, implementá-la e aguardar os respetivos resultados ou,
simplesmente, à rejeição, por considerar que não será o que estará nos planos
dessa pessoa, ainda que mais tarde, possa vir a reconhecer que, afinal, fez uma
má opção em relação à oportunidade rejeitada.
Entretanto e para melhor contextualização,
interroguemo-nos sobre: «O que é a
oportunidade e quando bate à sua porta? Não bate nunca. Poderá esperar a vida
inteira, apurando o ouvido, esperando e não escutará batida nenhuma. Nenhuma,
em absoluto. Você é a oportunidade e deve bater na porta que dá para o seu
destino. Você se prepara para reconhecer a oportunidade, para perseguir e
agarrar a oportunidade enquanto desenvolve a energia de sua personalidade e
constrói uma auto-imagem com a qual é capaz de viver – com seu amor-próprio
alerta e em crescimento (…). Você cria a oportunidade. Você desenvolve as
habilidades para se moverem em direção à oportunidade. Você transforma as
crises em oportunidades criativas, derrotas em sucessos e frustração em
satisfação (…). Deve lutar pelo direito de aproveitar a oportunidade que Deus
lhe deu para usar bem sua vida (…). Deve parar de se queixar sobre o passado
infeliz ou a má sorte e abrir os olhos para as oportunidades que existem à sua
disposição.» (Maxwell Maltz in MANDINO, 1982:95-96).
Em bom rigor, as oportunidades existem, sejam a
partir da criatividade da própria pessoa interessada, seja quando alguém lhe
faz uma proposta para um determinado projeto de intervenção, numa dada área de
ocupação profissional, em diversos domínios: empresarial, político, social,
religioso, literário-cultural, desportivo, científico-tecnológico, entre muitos
outros.
A oportunidade, de facto, está lá, mas de nada
servirá se não houver vontade de a agarrar, se não existir energia para a analisar
sob vários ângulos e, nesse sentido, são as pessoas que têm de se dirigir ao
encontro da possibilidade, favorável, procurando inteirar-se das vantagens e
riscos.
Procurar oportunidade, seja de que natureza for,
poderá ser, em princípio uma responsabilidade que, em caso de ela não surgir,
também conduz à frustração, e para depois se ultrapassar este estado de
espírito, será indispensável uma energia adicional, por forma a suplantar esta
situação desagradável, sendo necessário estar-se mentalizado para se aceitar
que: «Vivemos num mundo imperfeito, numa
cultura imperfeita (…). Mas este também é um mundo de oportunidades. Nem todas
as fronteiras estão fechadas e quase todas as portas estão abertas. Ainda
podemos aguardar com ansiedade novas e excitantes oportunidades e nos lançarmos
em sua direção.» (Ibid.:102).
Aparentemente, as oportunidades não nos batem à
porta, com total evidência e objetividade, embora nos surjam: algumas vezes,
sob a forma de propostas; outras, como um desafio que envolve riscos, mais ou
menos elevados, mais ou menos calculados. Como quer que seja, o que se afigura
mais realista é a criatividade para novas oportunidades e depois tentar
estruturá-las, com estratégia, metodologia e objetivos bem definidos.
Antes, porém, de implementar ideias criativas, que
visam gerar novas oportunidades, será necessário tomar algumas precauções, entre as quais: «Pare e comece – essa é a
maneira de se mover para os objetivos. Ao formulá-los e ir em sua direção,
lembre-se dos sucessos passados e, o mais importante ainda, veja-os em sua
mente como se estivessem acontecendo agora. Assim o sucesso renasce em sua
imaginação para que você viva e respire o sucesso do passado e projete-o no
presente (…). Viva no presente. O passado se foi; o futuro é desconhecido - mas
o presente é real e é agora que estão as oportunidades. (…).Pare de
menosprezar-se. Muita gente faz isso (…). Aceite-se tal como é. Caso contrário
jamais verá a oportunidade. Não se sentirá livre para ir ao encontro dela; vai
achar que não é merecedor. Tente estabelecer metas construtivas. Já possuímos
negativismo demais hoje em dia, violência demais e cinismo demais.»
(Ibid.:103).
Na busca da oportunidade é essencial que a
autoestima, a confiança e o amor-próprio, sejam como que os motores nessa procura,
porque partir para um projeto, qualquer que seja, com desânimo, sem esperança
no seu sucesso e ficando praticamente passivo, esperando que tudo lhe caia do
céu, poderá ser o caminho certo para o fracasso.
É importante um autoconhecimento, ter-se a noção
bem exata das possibilidades para percorrer um caminho que, habitualmente e
para a maioria das pessoas, é longo, penoso e cujo fim, por vezes, se ignora,
mas que é necessário nele transitar com muita determinação, por isso é que: «Uma das grandes oportunidades em toda a sua
vida deve ser uma tentativa direta para construir uma atitude respeitosa para
consigo mesmo. Não basta respeitar nossas celebridades, nossos líderes e
instituições. Para viver, bem precisa respeitar a si mesmo.» (Ibid.:106).
É provável que se possa admitir que, precisamente,
porque nem todas as pessoas possuem determinadas qualidades inatas e/ou
adquiridas, alguma vez consigam criar oportunidades, ficando, por isso mesmo,
sujeitas ao que lhes possa ser “oferecido”
por alguém: seja por uma pessoa singular, coletiva, instituições, familiar ou
estranha e, até nestas circunstâncias, ainda ficará dependente de diversos
fatores, para que a oportunidade lhe seja consignada.
Com efeito, muitas são as condicionantes para se
vencer na vida, desde logo porque: «Não
somos onipotentes e, às vezes, precisamos nos comprometer ou nos render. Ao nos
rendermos precisamos ganhar. Você se rende à compaixão, contudo não ao
ressentimento. À coragem, não à covardia. Aos seus triunfos, não aos riscos. E
você se rende à oportunidade dentro de você que criou para si mesmo – uma
oportunidade que o levará a uma vida mais rica e de maior amor-próprio.»
(Ibid.).
Lutar pelas oportunidades: criadas, procuradas ou
oferecidas, é um dever inalienável de qualquer pessoa que se preze da sua
condição superior, dos seus princípios, dos seus valores e dos seus
sentimentos. É, também, um direito porque o sucesso não pode ser apenas de
alguns, mas tem de pertencer ao maior número possível, na medida em que quantas
mais pessoas estiverem bem na vida, tanto melhor para a sociedade em geral.
O sucesso sempre fez parte dos legítimos e legais
projetos da pessoa humana, mas o êxito é um resultado, na maior parte dos
casos, de muito trabalho, de bastante resiliência, de liberdade de escolha. O
futuro reserva-nos as três dimensões possíveis: sucesso, fracasso e comodismo.
Importa, agora que se vive o primeiro quarto de um novo século, XXI, preparar
as gerações mais novas: conciliar saberes científico-tecnológicos, com a
experiência e sabedoria dos mais velhos.
A capacidade de persistir e resistir pode conduzir
à vitória, por isso: «Organizações e
seres humanos devem se preparar como profissionais, como pais, como amigos para
fazer um grande pacto de despojamento e transformar esta terrível ameaça de um
generation gap (conflito de gerações)
de grande choque numa complementação de cabelos “grisalhos e cabeças raspadas”,
formando a união indispensável à construção de um mundo cada vez melhor.»
(VIANNA & VELASCO, 1998:139).
Uma atenção redobrada é necessária face a um mundo
cada vez mais concorrencial, no que respeita à obtenção do sucesso,
principalmente, ao nível material, já que, ter êxito noutros domínios,
designadamente, no âmbito dos valores ético-morais e religiosos, os “apetites” não se afiguram assim tão
óbvios, até porque para estes, possivelmente, o esforço para se conseguir
notoriedade, é muito menor.
Apesar das imensas dificuldades, que à generalidade
das pessoas se colocam, ainda assim: «Todo
o mundo pode fazer tudo que realmente quiser desde que se decida fazê-lo. Todos
somos capazes de coisas melhores do que imaginamos. O que uma pessoa consegue
depende imensamente de: 1) Desejo; 2) Fé; 3) Perseverança; 4) Capacidade.»
(Peale, Norman Vicente, 1985:10, in FRANCESCHINI, 1996:58).
Bibliografia.
FRANCESCHINI,
Válter, (1996). Os Caminhos do Sucesso. 2ª Edição, Revista e Ampliada. São
Paulo: Scortecci.
MANDINO, Og., (1982). A Universidade do Sucesso. 2ª Edição. Trad.
Eugênia Loureiro. Rio de Janeiro, RJ: Editora Record.
VIANA,
Marco Aurélio Ferreira, & VELASCO, Sérgio Duarte, (1998). Futuro:
Prepara-se. Cenários e Tendências para um Mundo de Oportunidades. 3ª Edição.
São Paulo: Editora Gente.
Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
Telefone:
00351 936 400 689
Imprensa
Escrita Local:
Jornal:
“O Caminhense”
Jornal:
“A Nossa Gente”
Jornal:
“Terra e Mar”
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