É provável que toda e qualquer pessoa, que não seja
“masoquista” e sem ser “narcisista”, prefere a vitória à
derrota, em todas as atividades, intervenções e circunstâncias da vida, e esse
querer não poderá ser censurável, muito menos condenável, pelo contrário,
deverá ser aplaudida porque quanto melhor estiverem as pessoas em geral, também
cada um, em particular, beneficiará com a situação, apesar de se saber que: «Muitas vezes nós somos nossos piores
inimigos ao construirmos estupidamente obstáculos na trilha que conduz ao
sucesso e à felicidade.» (MANDINO, 1982:54).
Claro que se pode argumentar que, em princípio:
toda a gente quer vencer na vida; que muitas pessoas se esforçam,
incessantemente, mas não conseguem sucesso; que muitas outras, dotadas de
talento, vontade, capacidades diversas, não têm “sorte”, e ainda há as que se queixam de que lhes falta aquela “mãozinha” para lhes dar o “empurrãozinho” final, rumo ao êxito.
Evidentemente que se respeitam todas as opiniões, mas também se deixa patente
que há pessoas que nada fazem para conseguirem atingir algum resultado positivo
na vida, embora se lamentando da falta de ventura.
É muito difícil que alguém possa, à partida, numa
dada fase da sua vida, afirmar, perentoriamente, que vai, ou não, ter sucesso,
mesmo que seja numa única atividade, num projeto, por mais perfeito que seja,
porque poderão, entretanto, surgirem condicionalismos legais, legítimos,
intelectuais, académicos, psicológicos, físicos, financeiros, ou de qualquer outra
natureza, que constituam um obstáculo efetivo à concretização de um dado
empreendimento, o que não impede, porém, de se tentar outra alternativa.
Há quem assevere que o ser humano tem capacidades
quase ilimitadas, que só utiliza cerca de dez por cento das suas
potencialidades e, nesta perspetiva, praticamente, tudo é possível. Na verdade:
«Eu posso. É uma sentença poderosa: Eu
posso. É surpreendente como muitas pessoas podem usar essa sentença de fato.
Para a esmagadora maioria das pessoas, essa sentença contém uma verdade.
Funciona. As pessoas podem fazer o que acreditam que podem. Exceto para poucas
que, em sentido psicótico, estão iludidas. O espaço entre o que um homem pensa
que pode alcançar e o que realmente é possível para ele é muito, muito pequeno.
Mas primeiro deve acreditar que pode» (Richard M. DeVos, in MANDINO,
1982:86).
É possível haver acordo no entendimento de que sem
vontade, sem querer, um: desejar muito, pouco, talvez muito pouco, se consegue
na vida. A determinação inequivocamente assente numa intensa firmeza,
seguramente que ajuda a alcançarem-se alguns bons resultados, pelo menos em
relação àqueles projetos que se podem considerar exequíveis, sem megalomanias,
que se sabe, inclusivamente, merecerem o apoio de outras pessoa e entidades.
É muito importante, eventualmente, numa ou noutra
situação, estarmos rodeados de pessoas positivas, otimistas, que nos
influenciam construtivamente, porque são solidárias, amigas, leais, gratas,
sempre que necessário, mas que sempre desejam o nosso sucesso.
Acredita-se que não haverá muitas pessoas à nossa
volta que nos sejam verdadeiramente sinceras, que não sintam inveja pelos
nossos êxitos, que partilhem, sem reservas, nem hipocrisias os nossos desaires.
Gente incondicionalmente nossa amiga, provavelmente, será uma raridade, mas
devemos acreditar que ainda temos pessoas que nos são boas e fiéis amigas.
Entretanto, uma questão seguida de resposta se pode
colocar: «Por que tantas pessoas deixam
seus sonhos morrerem sem terem vivido? Creio que a razão principal está nas
atitudes negativas e irônicas dos outros. Não os inimigos – são os amigos,
inclusive pessoas de família. Nossos inimigos nunca nos importunam demais;
normalmente podemos controlá-los sem muito trabalho. Mas nossos amigos – se são
negativistas, constantemente perfurando nossos sonhos com um sorriso irônico
aqui, uma rasteira ali, uma constante corrente de vibrações negativas – nossos
amigos podem nos matar» (Ibid.:91).
Quando se invoca a posição dos amigos, na citação
anterior, pretende-se enquadrar aqueles que: cínica e dissimuladamente se fazem
passar por essa condição porque, em bom rigor, poderemos considerá-los como
verdadeiros inimigos, disfarçados sob a capa de uma alegada amizade, quais “lobos vestidos de cordeiros”. Estes
ditos “amigos”, realmente, são
perigosíssimos e, lá bem no seu íntimo e valores pessimistas, pensam que se
realizam com a desgraça daqueles de quem se dizem “amigos”.
É essencial não nos deixarmos afetar pelos “Profetas da Desgraça”, nem pelos “Velhos do Restelo” e, muito menos, por
aqueles que não valorizam a existência humana: «Não deixe que os sujeitos que ficam deitados no sofá assistindo
televisão todas as noites falem como a vida é fútil. Se tiver aquela chama de
um determinado sonho em algum lugar nas profundezas do seu ser, agradeça a Deus
por isso e faça alguma coisa por ela. E não deixe que ninguém a apague.»
(Ibid.:93).
Aceitar, respeitosamente, a crítica educada,
construtiva, aqui no sentido de apontar outras alternativas e soluções,
naturalmente que será sempre uma mais-valia para que se possa chegar à vitória,
de forma mais abrangente e consensual, não significando tal aceitação uma
adesão cega e, muito menos, abandonar o projeto inicial, podendo-se, isso sim,
se as ideias divulgadas por outras pessoas, forem consideradas plausíveis,
apresentadas de boa-fé e, por que não, até com alguma simpatia, serem
incorporadas no projeto que se pretende executar com sucesso.
Hoje em dia ninguém sabe tudo e: «Nossa habilidade mental é muito preciosa
para ser desperdiçada com agulhadas em processos de vida e corporativos dos
quais dependemos para construir nosso futuro. Apontar divergências também
requer sensibilidade e às vezes muita coragem, mas sugerir soluções exalta a
possibilidade de gerar condições favoráveis ao desempenho com resultados
positivos às partes envolvidas.» (ROMÃO, 2000:162).
Normalmente, a maioria das pessoas tem projetos
cujos resultados deseja alcançar positivamente, mas de natureza material, ou
seja: atingir os objetivos, para muita gente, significa ganhar dinheiro, muito
dinheiro e/ou, numa primeira fase, vencer um concurso, passar num exame,
concluir um curso para, depois, conseguir uma vida confortável, em termos de
bens materiais, estatuto socioprofissional, poder, influência, domínio sobre os
seus semelhantes. Tudo isto é legítimo.
Existem, porém, projetos que conduzem os seus
autores a outros níveis de sucesso. Abraçar, por exemplo: uma “vocação religiosa”; uma “missão altruísta”; um “voluntariado humanitário”, entre outros
projetos de vida, e conseguir alcançar objetivos, no sentido da elevação
espiritual e/ou ajudar quem mais precisa, respetivamente, também é um outro
caminho para o êxito, extremamente nobre e digno, embora muito difícil para a
maioria das pessoas.
A conquista do sucesso, através de atividades
profissionais que diariamente lidam com a vida das pessoas é, igualmente,
aliciante e, quando os resultados são positivos, em que a “vida vence a morte”, temporariamente, é sabido, então quem está
envolvido nessas tarefas, pode considerar que alcançou êxito.
Muitos mais exemplos se poderiam invocar para
demonstrar que, ao longo da vida, sempre é possível ter-se sucesso em alguma
atividade, em algum projeto, em alguma intervenção, mesmo que esta seja de
caráter mais intimista, aliás, para os crentes, a receção de uma “Graça Divina”, de uma “Bênção Celeste”, constitui uma vitória,
a satisfação de um pedido, a realização de um desejo, de um sonho.
Da mesma forma, igualmente íntima, quando uma
pessoa é correspondida por outra, nos seus princípios, valores, sentimentos e
emoções, nomeadamente, existe reciprocidade de solidariedade, de amizade, de
lealdade, de companheirismo e de cumplicidade, também aqui se pode afirmar que
estão a ser atingidos objetivos muito nobres, imateriais, mas de imenso e
intenso significado. As pessoas nestas condições também são umas vencedoras,
porque o sucesso não é só materialismo.
No mundo e, principalmente, no domínio das grandes
e milenares religiões, identificamos figuras que atingiram um sucesso imenso,
desde já a nível espiritual, recordando-se aqui, entre outras: os papas João
Paulo II e Francisco; Dalai Lama, Madre Teresa de Calcutá. A lista seria
extremamente exaustiva. Nestas individualidades, provavelmente, o aspeto
material, apenas se reporta ao que é indispensável para viverem com a dignidade
que assiste a toda a pessoa humana e, eventualmente, aos elevados cargos que
desempenham.
Portanto: «No
que se refere ao sucesso, as pessoas não são medidas por centímetros ou quilos,
pelos diplomas escolares que possuem ou pela linhagem; são avaliadas pelo
tamanho de seus pensamentos que determinam o tamanho de suas realizações.»
(FRANCESCHINI, 1996:115).
Bibliografia.
FRANCESCHINI,
Válter, (1996). Os Caminhos do Sucesso. 2ª Edição, Revista e Ampliada. São
Paulo: Scortecci.
MANDINO, Og., (1982). A Universidade do Sucesso. 2ª Edição. Trad.
Eugênia Loureiro. Rio de Janeiro, RJ: Editora Record.
ROMÃO,
Cesar, (2000). Fábrica de Gente. Lições de vida e administração com capital
humano. São Paulo: Mandarim.
Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
Telefone:
00351 936 400 689
Imprensa
Escrita Local:
Jornal:
“O Caminhense”
Jornal:
“A Nossa Gente”
Jornal:
“Terra e Mar”
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