domingo, 28 de março de 2021

Signo e Linguagem

              Tal como em qualquer ciência, também a Filosofia da Linguagem se encontra estruturada, de forma a que os intervenientes do uso da língua: emissor-recetor; remetente-destinatário, possam comunicar-se num código de significações, por ambos conhecido, corretamente interpretado, para que a mensagem seja percebida e o seu conteúdo executado, de acordo com a vontade dos indivíduos.

Seja qual for a linguagem utilizada: verbal, gráfica, mímica, pictórica, etc., ela deve possuir uma estrutura que, sendo normalmente rudimentar no seu início, vai-se aperfeiçoando, de tal forma que, o seu uso adequado fica cada vez mais limitado, ao conhecimento profundo da sua estrutura e simbolismo, facto que vem introduzir no sistema graves distorções, precisamente por incorreta aplicação dos seus termos significantes, isto porque os sons, ou signos gráficos produzidos, na execução de um ato ilocucional, têm uma significação.

Nesse sentido, pela enunciação daqueles sons, ou signos gráficos, se ambiciona dizer alguma coisa, porque na verdade, quando se fala, pretende-se dizer algo, deseja-se significar um pensamento, uma ação a realizar, um desejo a concretizar, uma vontade a materializar, uma presença a chamar a atenção do outro nosso igual.

O homem, ao longo da suta história, tem sentido grande necessidade de usar os signos, nos mais variados campos da sua vida existencial: seja na religião; seja na ciência; seja na técnica, o signo é fundamental para que ele use a faculdade mais importante em qualquer ser vivo, que é o ato de falta, a capacidade de se comunicar, de se expressar.

Seja qual for a linguagem, o signo estará sempre na sua raiz primordial, porque entender uma frase, é conhecer a sua significação, porque a frase proporciona uma maneira convencional, de concretizar a intenção de produzir um certo efeito ilocucional no ouvinte, naturalmente que no ouvinte humano, único, de resto, que utiliza as linguagens verbal e gráfica, como instrumentos principais para se comunicar e fazer-se compreender, o que implica que o ouvinte deve entender a frase, a sua significação e as regras que governam os seus elementos.

A importância da linguagem é de extrema acuidade, de uma pertinência jamais verificada, precisamente quando em Portugal, os problemas da educação e do insucesso escolar, ainda levantam questões que: penetram o foro íntimo das consciências dos educadores, dos educandos, dos docentes e dos discentes, porque o objetivo da educação é, afinal, a integração numa sociedade e essa adequação passa, em primeiro lugar, pela aprendizagem dos meios de comunicação, da apreensão da linguagem e sua perfeita dominação.

O domínio corrente da linguagem, como capacidade de expressão oral e de audição compreensiva, deve, também, completar-se com a capacidade de expressão escrita e leitura assimilativa dos temas.

O jogo dos símbolos gráficos, das operações de cálculo e a aquisição, muitas vezes difícil, do pensamento lógico, da abstração conceitual e do raciocínio, são, também, condições essenciais para a formação do homem, enquanto ser dotado de inteligência, razão e fala.

A integração harmónica na sociedade implica, enfim, uma visão do mundo, a qual está condicionada pela linguagem, porque capacita o espírito para entender a relação inseparável que existe entre o conceito e o mundo, porque a linguagem, formada socialmente, influi sobre a perceção da realidade, ela é o guia, por ela vamos ouvindo, realizamos as nossas experiências, com dependência dos hábitos linguísticos da nossa sociedade, do mesmo modo que classificamos a natureza, a organizamos em conceitos e lhe atribuímos significados que, numa mesma civilização, todos compreendemos.

Pode-se afirmar que a linguagem possui um extraordinário poder revelador, do que é o Ser profundo do homem, ela põe em evidência a superioridade inteletual do homem, o qual cria símbolos pelo facto de ser espiritual e corporal ao mesmo tempo, porque os homens para se apropriarem das ideias que vão formando, graças ao poder de abstração, eles necessitam de materializar os seus pensamentos, através de símbolos, orais ou visuais, e assim poderem transmitir através do idioma as suas ideias, que veiculam pela linguagem simbólica, isto é, apoiada no símbolo, com tudo o que ele implica de signo, com tudo o que ele envolve de significação estrutural.

 

6. Bibliografia

 

BARTHES, Rolando, (1983). O Prazer do Texto. Tradução, Maria Margarida Barahona. Lisboa: Edições 70.

CHOMSKY, Noam, (1977). Reflexões Sobre a Linguagem. Lisboa: Edições 70

DELEUZE, Gilles, (1977). Como Reconhecer o Estruturalismo, in: História da Filosofia, Vol. 8, direção de F. Châtelet. Lisboa: D. Quixote

DERRIDA. Jaques, (1985). Assinatura, Acontecimento Contexto. Margens da Filosofia. Tradução, J. T. Costa e A. M. Magalhães. Porto: Res.

FAGES, J.B., (s.d.). Para Entender o Estruturalismo. Tradução, M. C. Henriques. Lisboa: Moraes Editores

FLUSSER, V., (1963). Linguagem e Realidade. S. Paulo-Brasil: Herder

HEIDEGGER, Martin, (1976). Acheminement Vers la Parole. Paris: Galimard

KRISTIEVA, J., (1980). História de Linguagem. Tradução, Vários. Lisboa: Almedina.

SEARLE, John Rogers, (1981). Os Actos de Fala. Um Ensaio de Filosofia da Linguagem. Tradução, Carlos Vogt, Ana Cecília Maleronka, Balthazar Barbosa Filho, Maria Stela Gonçalves e Adail Ubirajara Sobral. Coimbra: Livraria Almedina

SUMARES, Manuel, (1977). Hermeneutique et Gramatologie, in: Jean Greisch, Paris: Editons du C.N.R.S., in: Texto e Contexto, Braga, 1982.

 

Venade/Caminha – Portugal, 2021

Com o protesto da minha permanente GRATIDÃO

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal

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«Proteja-se. Vamos vencer o vírus. Cuide de si. Cuide de todos». Cumpra, rigorosamente, as instruções das autoridades competentes. As “benditas” vacinas começaram a chegar. CALMA. Já se vê a luz ao fundo do túnel. “Desta vez ninguém fica para trás”

Acreditemos nos investigadores, na Ciência, na tecnologia e instrumentos complementares. Agradeçamos, a quem, de alguma forma, está a colaborar na luta contra a pandemia.

Estamos todos de passagem, e no mesmo barco. Aclamemos a VIDA com Esperança, Fé, Amor e Felicidade. Tenhamos a HUMILDADE de nos perdoarmos uns aos outros. Bom fim de semana.

Alimentemos o nosso espírito com a ORAÇÃO e a bela música.  https://youtu.be/dUIfJ_ZNPDA

 

 

domingo, 21 de março de 2021

Linguagem: Exteriorização do Pensamento

A linguagem constitui a possibilidade de os seres se exprimirem, comunicando-se e, neste aspeto, o homem possui uma linguagem, a qual manifesta a existência nele de fenómenos cognoscitivos, de resto, os cartesianos defendem que a linguagem é o próprio do homem, chegando-se a colocá-la como dimensão e expressão da pessoa humana.

 Numa outra orientação, esta contemporânea da filosofia da linguagem, pode-se acompanhar HEIDEGGER (Martin HEIDEGGER, 1889-1976, foi um filósofo alemão. É seguramente um dos pensadores fundamentais do século XX - ao lado de Bertrand RUSSELL, WITTGENSTEIN, ADORNO e Michel FOUCAULT - quer pela recolocação do problema do ser, e pela refundação da Ontologia, quer pela importância que atribui ao conhecimento da tradição filosófica e cultural.) segundo o qual a linguagem aparece primeiro sob a forma de fala, como um dos modos em que se manifesta a degradação, ou a inautenticidade do “Dasein” (ser-aí, o homem enquanto um ente que existe imediatamente no mundo).

 

Frente a este modo inautêntico, a autenticidade parece consistir, não na fala, nem sequer em nenhuma linguagem, mas no silêncio, na chamada da consciência, transformando-se este modo existencial de considerar a linguagem num modo propriamente ontológico, quando a linguagem é vista como o falar mesmo do ser, a irrupção do ser, convertendo-se num modo verbal do ser.

 

Neste como noutros pensadores, o tema da linguagem aparece como riquíssimo, talvez o tema capital da Filosofia, havendo até quem considere que o pensamento filosófico atual é, primariamente, uma Filosofia Linguística, não simples Filosofia da Linguagem, mas a Filosofia como Linguagem, acerca da linguagem.

 

A perspetiva Heideggeriana aponta a importância metafísica da linguagem, procurando demonstrar como ela constitui a primeira e mais importante epifania do ser, sublinhando, simultaneamente, o seu valor antropológico fundamental, porque o homem fala por o falar não nascer de um ato particular da vontade, na medida em que o homem é falante por natureza, sendo próprio dele o falar. A linguagem é que faz do homem o que é enquanto homem. A faculdade de falar constitui o perfil próprio do seu ser de homem.

 

O pensamento humano carece, totalmente, da linguagem para transmitir todas as faculdades criadoras, de sinais e símbolos, que a inteligência produz, pelo que entre a linguagem e o pensamento existem relações de interdependência, de estreita solidariedade, de apoio recíproco, sendo certo que o pensamento precede a linguagem, embora tal anterioridade não se situe no tempo, mas numa linha lógica, na medida em que o pensamento é condição “a priori” que torna possível a linguagem articulada e racional, a qual aparece como função do pensamento, porque, efetivamente, este é condição “sine qua non” da linguagem, como seiva alimentar interior, mas, por outro lado, a linguagem enriquece o pensamento, porquanto este organiza-se e disciplina-se por aquela, eleva-se às ideias abstratas e gerais, com o auxílio da palavra. (in: BÁRTOLO, TA-366)

 

«Protejam-se. Vamos vencer o vírus. Cuidem de vós. Cuidem de todos». Cumpram, rigorosamente, as instruções das autoridades competentes. As “benditas” vacinas começaram a chegar.

CALMA. Já se vê a luz ao fundo do túnel

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domingo, 14 de março de 2021

A Dinâmica do Signo

É no domínio geral, que a significação de algo reside no sentido, inerente a um signo, o que implica, desde logo, a distinção entre o significante, que é a tradução fónica do conceito, e o significado, que é a contrapartida mental do significante, sendo admitido pela maior parte dos linguistas a necessidade da ligação, entre significante e significado, embora tais apologistas considerem a ligação arbitrária, ou seja, não derivada da necessidade natural.

Como já foi visto, o significante assume primordial importância, na medida em que numa linha estruturalista, ele é o facto percebido, aquele que importa para o conhecimento da realidade, enquanto que o significado é o facto não percebido, e a significação vai realizar a ligação entre aquele e este, denominando-se “SIGNO” o todo formado pelo significado e pelo significante.

Interessa, a este trabalho, conduzir o signo para a ideia de que ele é a fundamentação da escrita, em tudo o que ela implica para o conhecimento humano e, nesse sentido, pode-se, numa primeira interpretação, considerar o signo como um índice que liga, indissoluvelmente, um sentido ou, mais rigorosamente, um significado a um morfema, isto é, a um fonema linguístico.

As escritas mais antigas (pictográficas, hieroglíficas) foram passadas da cópia para o signo verdadeiro, em grande parte arbitrário, porque se possibilitou a transferência do signo escrito para um significado e libertação da linguagem, como conjunto e código de signos abstratos, eventualmente, discursivos.

Indiscutivelmente que a escrita é uma das formas de linguagem mais perfeitas que o homem criou, que utiliza em cada momento da sua vida, para expressar as inúmeras ideias, sentimentos, atitudes e, simultaneamente, estabelecer com o “outro”, seu igual, o diálogo necessário à vida em comum.

Ao dar uma grande prioridade e importância à escrita, DERRIDA (Jacques DERRIDA, 1930-2004, foi um filósofo francês, que iniciou durante os anos 60 a Desconstrução em filosofia. Esta “desconstrução”, termo que cunhou, deverá aqui ser compreendida, tecnicamente, por um lado, à luz do que é conhecido como "intuicionismo" e "construcionismo) vai colocar-se numa posição que será considerada como uma rutura da presença, da autoridade, do código e do contexto.

A sua grande tarefa é mostrar que o referente, comunicado na linguagem, não tem uma prioridade semântica, porque a primazia está na escrita, e esta seria uma prática de diferenciação, que está pressuposta nos atos de fala (estrutura grafemática), critica o logocentrismo inerente à filosofia analítica e procura mostrar que, por detrás da ontosemântica, existe uma marca e, nessa linha, propõe o conceito de escrita como uma diferença.

Para Derrida, a escrita é inerente à linguagem, e a fala fonética pode ser olhada como uma escrita, deslocando a dinâmica do sistema signo-sentido-conceito, abrindo à «possibilidade de pensar, na linguagem, aquilo que não é signo-sentido-conceito. A escrita marca a diferença, tende a transformar-se na realidade; neutraliza a hipóstase fonológica do signo e introduz no pensamento do signo (da língua) a substância gráfica» (in: KRISTEVA, 1980:31).

Derrida considera que: «Qualquer escrita deve, portanto, para ser o que é, poder funcionar na ausência radical de qualquer destinatário empiricamente determinado em geral. E esta ausência radical não é uma modificação contínua da presença, é uma rutura da presença, a “morte” ou a possibilidade da “morte” do destinatário, inscrita na estrutura da marca, é neste ponto, digo-o de passagem, que o valor ou: “o efeito” da transcendentalidade se liga, necessariamente, à possibilidade da escrita e da “morte” assim analisadas.» (DERRIDA, 1985:411).

Derrida conclui o seu pensamento sobre a primazia do significante na escrita, sugerindo que o signo deixe de ser o veículo de transmissão de sentido, na medida em que: «Enquanto escrita, a comunicação, se nos mantivermos fiéis a esta palavra, não constitui o meio de transporte de sentido (…) mas antes um desdobramento histórico cada vez mais poderoso de uma escrita geral de que o sistema da fala, da consciência, do sentido, da presença, da verdade, etc., continuaria apenas um efeito e como tal deve ser analisado.» (Ibid.:432)

O efeito a que alude Derrida, relativamente à comunicação escrita, naturalmente que não dispensa as potencialidades da linguagem escrita, no sentido perspetivado para o conhecimento, porque este, de facto, é indissociável da linguagem.


Bibliografia


DERRIDA. Jaques, (1985). Assinatura, Acontecimento Contexto. Margens da Filosofia. Tradução, J. T. Costa e A. M. Magalhães. Porto: Res.

KRISTIEVA, J., (1980). História de Linguagem. Tradução, Vários. Lisboa: Almedina.


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segunda-feira, 8 de março de 2021

Mulher. Irradiação de Amor e Paz

Injustamente, é nos tempos difíceis, que valorizamos a Mulher

O Homem de hoje, deve abandonar todo o tipo de extremismos

O tempo das cavernas, da escravidão e de uma submissão qualquer

É incompatível com a dignidade humana, revelando despotismo

 

Mulher e Homem, quando unidos por um sentimento de amor

Serão como que uma só vida, um só corpo, um só destino

A felicidade nunca lhes faltará, o respeito, será o fio condutor

O Dia Mundial da Mulher, são todos os dias, deverá ser divino

 

Posso, devo e quero, declarar bem alto, que sou um homem feliz

Tenho cinco mulheres que me amam, que dariam a vida por mim

Ermezinda, Lenira, Liliana, Inês e Yasmim, riqueza que eu quis

Deus me premiou, com estas belas flores, que são o meu jardim

 

Estou grato a Deus e ao Universo, por tanta felicidade recebida

À qual já se acrescentou o amor de cinco lindos “rebentos”

Tudo o que tenho, o devo, portanto às minhas cinco queridas

Bendita a mulher: mãe, esposa, irmã, por este admirável evento

 

O mundo, hoje, mais do que nunca, carece desta união de amor

Uma Mulher ao lado de um Homem, nenhum à frente do outro

Mãos dadas, nas doenças que a vida nos colhe, com estertor

Dia Mundial da Mulher. Dia Mundial do amor. Dia dado ao vindouro

 

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domingo, 7 de março de 2021

O Simbólico no Estruturalismo

Com o aparecimento da obra de Noam CHOMSKY, “Estruturas Sintáticas” (Avram Noam CHOMSKY, 1928-…., é um linguista, filósofo, historiador e ativista político estadunidense. Ele é um professor de Linguística emérito no Departamento de Linguística e Filosofia do MIT, onde trabalhou por mais de 50 anos.)

Chomsky tem sido descrito como o "pai da linguística moderna",  uma figura importante da filosofia analítica, a gramática degenerativa difunde-se muito rapidamente, e esta nova corrente da linguística não se inscreve na continuidade histórica, desenvolvida na linguística estrutural, chegando a enveredar pelo sentido oposto, reconhecendo, embora, a esta última, um progresso e aquisições não contestáveis, na medida em que foi possível passar da gramática tradicional, da fase prescritiva-normativa, a uma fase descritiva, embora ambas tenham ambições taxinómicas.

Para Chomsky, a linguística estrutural descreve, mas não explica a língua, propondo então uma rutura, e a primeira clivagem verifica-se entre a competência e a performance. A criatividade da linguagem, que é ignorada pela linguística estrutural, encontra na filosofia idealista o seu melhor desenvolvimento, e esta primeira opção entre a linguística estrutural e a competência da criatividade da língua é completada pelo outro polo que é a performance que constitui pela fala, a realização da competência.

A gramática generativa vem desempenhar um papel importante na construção de um modelo da competência, cujo sistema compreende três componentes: a) o sintáxico, que gera as estruturas abstratas, que são as frases gramaticais de uma língua; b) o fonológico, que determina a forma fonética de uma frase, gerada pelo componente sintáxico, c) o semântico, que permite a interpretação semântica, que atribui um sentido aos objetos formais. Por este sistema se coloca, de novo, a questão da relação entre a linguagem e o pensamento, rejeitada, todavia, pela linguística estrutural, pós-saussuriana.

Entretanto, o estruturalismo ultrapassa a distinção ou correlação entre o real e o imaginário, avança para lá deste jogo dialético e encontra uma terceira ordem, irredutível às duas primeiras: a do simbólico, descobre um elemento diferente da palavra, da sua realidade e que transcende as imagens e os conceitos ligados às palavras – este é o elemento simbólico -, objeto estrutural e assim: «Podemos afirmar que a estrutura correspondente não tem qualquer relação com uma forma sensível, com uma figura da imaginação ou com uma essência inteligível (…). A estrutura define-se pela natureza de certos elementos atómicos que pretendem justificar, simultaneamente, a formação dos todos e a evacuação das suas partes.» (DELEUZE, 1977:248).

O simbólico, diferentemente do imaginário, e do real, revela-se como uma combinatória de elementos, que não têm por si mesmos: nem designação extrínseca; nem significação intrínseca, mas tem um sentido pela posição ocupada num espaço, efetivamente, estrutural, num espaço topológico, num espaço em que: «Os sítios são primeiros em relação aos seres que os vêm ocupar e também em relação aos papéis e aos acontecimentos sempre um pouco imaginários que, necessariamente, surgem quanto eles são ocupados.» (Ibid.:249). A caraterização científica do estruturalismo é, acima de tudo, topológica (ordem topológica das vizinhanças) e relacional (sobre valorização das relações)

A estrutura (simbólico) aparece como o “a priori”, que permite o real, isto é, como um transcendental do real, em que os lugares são mais importantes do que quem os preenche. Nesta Filosofia estrutural, o essencial encontra-se nas relações estruturais, não são as coisas, nem os sujeitos.

A estrutura é o modo de existência da significação, porque tem, de certo modo, um caráter universal que justifica a interpretação semântica e o significante. O pensamento estruturalista é, portanto, projetado para o significante, da sua posição e concatenação entre os significantes, resultando o sentido linguístico, a expressibilidade do pensamento, a sua transmissão, a sua realização em constante movimento.

 

Bibliografia

 

CHOMSKY, Noam, (1977). Reflexões Sobre a Linguagem. Lisboa: Edições 70

DELEUZE, Gilles, (1977). Como Reconhecer o Estruturalismo, in: História da Filosofia, Vol. 8, direção de F. Châtelet. Lisboa: D. Quixote

 

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