Qualquer pessoa, minimamente consciente da sua
importância, neste mundo, dotada de qualidades necessárias para planear,
implementar e alcançar resultados positivos, sabe e deseja atingir desfechos
favoráveis, face aos projetos que a animam a desenvolver todas as suas
capacidades adquiridas, através do estudo e da experiência de vida, que vai
acumulando ao longo da sua existência.
A busca incessante pelo sucesso material, na maior
parte dos casos, mas também uma imensa vontade em alcançar o êxito na
realização espiritual, por muitas pessoas, constitui como que o motor que faz
girar a humanidade, num mundo conturbado por conflitos e situações
verdadeiramente irracionais, inaceitáveis, face aos valores civilizacionais dos
três grandes pilares que a nós, ocidentais, nos caracterizam: Democracia Grega;
Direito Romano; Cristianismo.
A realização pessoal faz parte da felicidade, nesta
se incluindo, obviamente, a saúde, o trabalho, os sentimentos de amor/amizade,
a dignidade e a Graça de Deus, eventualmente, entre outros valores e dimensões
que são exclusivos da pessoa singularmente humana. O sucesso, traduzido na
realização pessoal, provavelmente, não será possível alcançar por outros
caminhos.
Qualquer ser humano tem os seus projetos, os seus
métodos e estratégias para conseguir realizá-los, independentemente, da maior
ou menor projeção que eles possam alcançar, do prestígio e resultados que
consigam aportar, mas, realmente, pode-se concordar que: «Existem dois objetivos para serem atingidos na vida: primeiro,
conseguir o que se quer; e depois desfrutar o que se obteve. Apenas os mais
sábios realizam o segundo.» (Logan Pearsall, citado por Dale Carnegie, in
MANDINO, 1982:41).
Trabalhar para se obter sucesso na vida, para além
de uma ambição legítima, pessoal e/ou institucional, é mesmo um dever de cada
pessoa, de cada organização, porque é nos êxitos individuais e coletivos que a
sociedade, no seu todo, pode proporcionar melhores qualidade e nível de vida,
até porque: «Quanto mais damos, mais
retornos temos, mais recebemos. Ao recebermos cada vez mais, devolvemos o que
recebemos e damos de novo e a abundância é o único estado possível resultante
desta permanente interacção» (FERREIRA, 2002:152).
Alimentar uma conduta derrotista, alinhada ao
fracasso, com base na alegada falta de sorte, ou que o tão reclamado “destino”
impede que as pessoas consigam vencer na vida, também não conduz a nenhuma
situação que elimine o negativismo, porque quando se invoca o sucesso, este não
tem de ser, exclusivamente, no âmbito da acumulação da riqueza material, pelo
contrário, qualquer pessoa se julga vitoriosa, quando atinge objetivos que
planeou para a sua vida, por exemplo: casar, ter filhos e considerar-se
realizada, portanto, feliz.
Ao analisarmos, imparcialmente, os conhecimentos
que adquirimos na escola tradicional e os que exercitamos ao longo da vida, nas
inúmeras tarefas que executamos, nas diferentes atividades e papéis que
desenvolvemos, rapidamente verificamos que a experiência de vida é fundamental,
para concebermos alguns projetos pessoais, profissionais, políticos e sociais,
entre outros que, casualmente, se possam encaixar num determinado perfil.
A “Universidade
da Vida” nunca deve ser descurada, por muitas habilitações
académico-elitistas que se tenha, porque, por si sós, nem sempre são a garantia
de um grande sucesso. Com efeito, as lições de vida, em certas circunstâncias,
talvez sejam os melhores livros para aprendermos.
Quantas vezes, um desaire, nos impulsiona para o
sucesso, de resto: «O fracasso, em certo
sentido, é a estrada para o sucesso, visto que toda a descoberta do que é
falso, nos leva a buscar honestamente o que é verdadeiro e toda nova
experiência assinala alguma forma de erro que devemos evitar com cuidado mais
tarde.» (John Keats, in MANDINO, 1982:54).
Sem se ignorar que, atualmente, primeiro quarto do
século XXI, a esperança de vida, em média, já atinge várias décadas, na ordem
dos 85/90 anos, e apesar deste avanço da ciência geriátrica, ainda assim
continuam a afirmar que as vidas são curtas, logo, há que saber rentabilizá-las
o melhor possível, imprimindo-lhes as estratégias e metodologias que
possibilitem, neste período de tempo, alcançar o maior número possível de bons
resultados, nas atividades em que nos envolvemos e que, no seu conjunto, se
cifram por um maior ou menor sucesso global.
E se é verdade que a vida é constituída por
fracassos e por êxitos, também se pode aceitar que um sucesso total, em todas
as atividades em que nos inserirmos, dificilmente será atingível e, nestas
circunstâncias, manda o bom-senso que se esteja prevenido contra algumas causas
dos fracassos.
Na verdade, devemos estar precavidos e saber que: «O primeiro obstáculo é aquele velho truque
de pôr a culpa nos outros. Isso não é o mesmo que se preocupar com o que os
outros pensam (têm ou fazem). É a atribuição real de responsabilidade aos
outros (…). O segundo obstáculo é o oposto ao primeiro: a tendência imediata de
se culpar, mesmo em segredo (…). Em vez de combater o problema que está por
trás do erro e lutar para resolvê-lo – para evitar que aconteça de novo – nós
nos culpamos (como se fossemos fracassados congénitos) e deixamos ficar (…). O
terceiro obstáculo é não termos objetivos. Um indivíduo precisa aonde quer ir,
se deseja chegar a algum lugar. (…). (William Menninger, citado por Louis
Binstock, in MANDINO, 1982:57). O quarto
obstáculo é escolher objetivos errados; (…). O quinto obstáculo é o atalho (…).
Muitos de nós escolhem instintivamente o caminho mais rápido, fácil e curto
para o sucesso, apenas para descobrir que o sucesso era ilusório (…). Muitas
vezes o atalho, a linha de menor resistência, é responsável pelo sucesso
insatisfatório e efêmero. (…). O sexto obstáculo é exatamente o oposto do
quinto: escolher a longa estrada; (…). O sétimo obstáculo é negligenciar
pequenas coisas (…). A verdade é que nenhum homem e nenhuma tarefa são pequenos
(…). O bom executivo mantém seu dedo sobre as coisas pequenas: ele sabe que
podem, se mal conduzidas, vir a se tornar grandes problemas. (…). O oitavo
obstáculo é desistir cedo demais (…). Desistir quando estamos na frente é
tolice; desistir quando estamos atrás é tolice ainda maior. É preciso vontade
para persistir um pouco mais. É necessário cabeça para saber que a medida do
sucesso não é a sorte, os lances do jogo, mas a conquista sobre o fracasso.
(…). O nono obstáculo é o fardo passado. Não somos capazes de nos libertar de
nossas lembranças, podemos apenas encará-las com honestidade. (…). O décimo
obstáculo é a ilusão do sucesso. (…). Muitos de nós somos iludidos por um
acontecimento, uma realização. Tem todas as marcas de sucesso, os outros agem
como se fosse sucesso; mas não nos satisfaz. (…). Não podemos sofrer com o
sucesso ilusório, a menos que sejamos tolos o suficiente para considerar o sucesso
público um fim em si mesmo.» (Louis Binstock, in MANDINO, 1982:55-a-67).
Se para alcançarmos o sucesso é indispensável
trabalharmos imenso, obviamente, com muita inteligência, com paciência,
sabedoria e prudência, idênticos requisitos são necessários para evitar os
fracassos, a fim de não nos deixarmos iludir pelas aparências, pelos falsos
elogios, bem como por conselhos e orientações de pessoas que, dizendo-se nossas
“amigas” afinal: seja por inveja; seja por qualquer outro “sentimento” negativo
e/ou “situação”, só nos querem ver é na desgraça, para, depois, em alguns
casos, nos “estenderem a mão”, com aquela falsa “generosidade”, uma “bondade”
hipócrita ou uma “piedade” cínica. Estas posições, de facto, doem imenso, são,
certamente, autênticos fracassos.
A necessidade de qualquer pessoa se realizar é uma
condição exclusiva do ser humano, porque ao se atingirem objetivos, previamente
estabelecidos, que fazem parte de projetos de vida, a autoestima, a saúde
mental, o comportamento em sociedade, a conceptualização de novos programas e a
tomada de decisão para os implementar, tudo isto, afinal, faz parte integrante
desta extraordinária e insubstituível “Universidade
da Vida”.
É possível que o sucesso não se alcance sem um
mínimo de criatividade, sem um esforço individual insistente, como é crível
que, imitando e copiando os outros, se possa garantir o êxito. É claro que
muito dificilmente alguém parte do nada, até porque o “nada” só existe enquanto
“nada”. Mas, na verdade: «É possível
sobreviver fazendo tudo aquilo que os outros fazem, desde que seja agregado a
esse trabalho um toque pessoal, pois é o nosso lado pessoal que nos difere uns
dos outros.» (ROMÃO, 2000:47).
Qualquer pessoa tem a sua especificidade, que só
ela é capaz de revelar e realizar. Nesta sua singularidade, é possível
concretizar alguns projetos de vida e expandir-se, por forma a ser reconhecida,
prosseguir com os seus desígnios, naturalmente com a seriedade, competência e
esforço necessários, na medida em que: «A
auto-imagem é a maneira como você se avalia e valoriza seus atributos - sua
inteligência, sua beleza, seus talentos. Se por um alto padrão de exigência
você menospreza sua própria capacidade, desperdiçará oportunidades e a
possibilidade de se realizar e ser feliz.» (CARVALHO, 2007:30).
A felicidade: quando conceptualizada em
determinados parâmetros, por uma pessoa que a deseja; depois, quando alcançada,
pode constituir uma modalidade de sucesso, independentemente dos princípios,
valores e sentimentos que a suportam, porque, neste caso, é àquela pessoa, em
concreto e objetivamente, que ela se aplica. Tal pessoa, ela própria,
considerar-se-á de sucesso, conseguiu êxito na vida, perante os objetivos que
tinha delineado.
Bibliografia.
CARVALHO, Maria do Carmo Nacif de, (2007). Gestão de Pessoas.
2ª Reimpressão. Rio de Janeiro: SENAC Nacional
FERREIRA, Maria Isabel,
(2002). A Fonte do Sucesso. Cascais: Pergaminho.
MANDINO, Og., (1982). A Universidade do Sucesso. 2ª Edição.
Trad. Eugênia Loureiro. Rio de Janeiro, RJ: Editora Record.
ROMÃO, Cesar,
(2000). Fábrica de Gente. Lições de vida e administração com capital humano.
São Paulo: Mandarim.
Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
Telefone:
00351 936 400 689
Imprensa
Escrita Local:
Jornal:
“O Caminhense”
Jornal:
“A Nossa Gente”
Jornal:
“Terra e Mar”
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