Acredita-se que atitudes como: a apatia, a
indiferença, o desânimo, a introversão e, no limite, o “atirar com a toalha ao chão”, não conduzem a uma vida,
minimamente, de qualidade e muito menos, com algum sucesso. A recolhimento em
si próprio, alheando-se do mundo, inevitavelmente, conduz ao fracasso, à
frustração e, eventualmente, em situações mais complexas, a desfechos que podem
ser dramáticos e irreversíveis.
Entre outras atitudes, importa adotar aquelas que
impulsionem a pessoa para uma vida relativamente extrovertida: virada para o
mundo, com o mundo e sempre no mundo, no seio de uma sociedade complexa,
difícil, exigente que, também ela, no seu todo, nem sempre se entende. Importa,
certamente, aceitar o princípio, segundo o qual: «Ter sucesso pode ser divertido. A vida pode ser divertida. A vida é
tremenda! Talvez, se eu tiver sorte, até vou conseguir fazê-lo sorrir algumas
vezes …» (MANDINO, 1982:197).
Pode-se, pelo menos, tentar criar a motivação,
necessária e suficiente, para que se consiga uma vida mais consentânea com as
ambições legais e legítimas das pessoas, com a sua dignidade, afinal, com a sua
condição superior, porque não é desejável, nem frutuoso, para a própria
individualidade, nem para a sociedade, que se tenha uma existência, pouco mais
que instintiva. O ser humano merece mais, sem dúvida alguma, mas para isso tem
de ajudar-se a si próprio, automotivar-se.
É sabido que: «Hoje
em dia estamos rodeados de motivadores – pessoas e coisas esforçam-se para motivar
outras pessoas a comprarem um produto, pagarem por um conselho ou alistarem-se
numa causa. As classes de motivação estão apinhadas e os livros de motivação
são bestsellers. A motivação é o grande negócio.» (Charles “Tremendo”
Jones, in MANDINO, 1982:197).
A vida não pode cingir-se a um percurso linear, com
um princípio, meio e fim biológicos. A existência humana é muito mais do que
isso, porque constituída por uma imensa diversidade de princípios, valores,
sentimentos, emoções, atividades, projetos, conflitos, enfim, uma complexidade
de intervenções, comportamentos e resultados. A vida da pessoa humana, em
grande parte, é uma construção: por vezes, “gloriosa”;
outras, “dramática”, com altos e
baixos, mas nunca linear, cómoda, pacífica e sem dificuldades.
A automotivação é, certamente, uma das grandes
alavancas, essencial para o sucesso. É necessário que toda e qualquer pessoa,
que deseje uma vida melhor, tenha condições para encetar o caminho do êxito,
não se podendo ignorar que: «As grandes
coisas em sua vida ficarão maiores se investir nelas para ajudá-lo a ficar
motivado. Lembre-se, você está construindo uma vida, não um império.»
(Ibid.:200).
A vida, no seu decurso, mais ou menos longo, é
sempre acompanhada de inúmeras circunstâncias: umas, favoráveis, ou negativas,
mas previsíveis; Outras, imponderáveis. Ninguém tem a capacidade infalível de
planear e executar, com sucesso absoluto, os seus projetos por isso é que: «… todos nós estamos na luta, saibamos disso
ou não. E a pessoa que sabe como ficar motivada não precisa de nenhuma torcida (apoiantes).
Tem a motivação em si mesma. Não está
procurando por uma muleta que pode se quebrar, um bônus sem impostos; está
aprendendo motivação que vem de dentro.» (Ibid.:205).
Para que a motivação surja, primeiro é fundamental
que existam ideias, se possível, inovadoras, que estimulem a ação
empreendedora. As ideias devem comportar alguns elementos necessários, para que
se possa avançar, com relativa segurança, aceitando-se que: «A meta é um objetivo que você quer alcançar.
O plano é o modo específico de alcançar essa meta. Metas e planos são ideias em
sua mente. (…) Todos os objetos palpáveis começaram de metas, planos ou ideias
nas mentes de certas pessoas. Este é um conceito revolucionário, desde que
permite realmente que ele o domine, pois demonstra a importância do mundo do
pensamento.» (Fitzhugh Dodson, in MANDINO, 1982:207).
Deixar que a vida “corra ao sabor do vento” de um certo determinismo irracional, não
será próprio da pessoa humana, superiormente dotada de capacidades diversas
para, pelo menos, ainda que parcialmente, eliminar, ou controlar, as
consequências das leis da natureza e dos outros seres humanos que, quantas
vezes, agem com autêntica “bestialidade”,
e que, quando assim se verifica, seguramente, o sucesso fica muito mais
inacessível, se não impossível.
Obviamente que, nem todas as pessoas reúnem as
melhores condições, para elaborarem planos grandiosos, seja do ponto de vista
material e/ou imaterial, mas não os ter, é uma situação que, em certa medida,
poderá inferiorizar, social e economicamente uma determinada individualidade,
família, grupo ou mesmo uma comunidade inteira.
Com efeito: «É
triste saber que a maioria das pessoas não têm metas ou planos, mas não é de
admirar, pois o conceito em seu todo é uma área negligenciada em nossa cultura.
(na portuguesa, também - sublinhado meu).
Muitas pessoas apenas existem dia após dia, semana após semana, ano após ano.
Outras têm metas, mas são tão imprecisas ou passivas que são virtualmente sem
mérito.» (Ibid. 209).
Até agora pode-se admitir, como condições “sine qua
non” para se chegar ao sucesso, ainda que parcial, estar-se, claramente,
motivado, ter metas e planos bem realistas, saber quais as estratégias e
metodologias se vão utilizar e os recursos humanos, técnicos, financeiros e
infraestruturais de que se dispõe. Congregar todos estes requisitos não será
assim tão fácil, mas também é preciso saber como consegui-los.
Em qualquer atividade socioprofissional, realmente,
é muito importante gostar-se do que se faz, fazer com orgulho, com amor, com
arrebatamento, porque: «Nenhuma batalha,
seja qual for a sua importância, poderá ser ganha sem entusiasmo.» (Padre
O’Brien, in MANDINO, ibid.:220), logo, é muito importante cultivar-se estes
valores e aplicá-los nas funções em que nos envolvemos.
Então: «Para
tornar-se entusiasmado no sentido de alcançar certa meta desejada, mantenha a
mente nessa meta, dia após dia. Quanto mais valioso e desejável seu objetivo …
mais dedicado e entusiasmado você se tornará. (…) As emoções nem sempre estão
sujeitas de imediato à razão, mas estão sempre sujeitas de imediato à ação.»
(William James, in Ibid.). (…) O sucesso
é alcançado pelos que tentam, e Onde não há nada para perder tentando e muito
para ganhar se obtido o sucesso, tente sem dúvida. (…). (W. Clement Stone,
in MANDINO, Ibid.). Os sentimentos …
disposições e … emoções seguirão à ação. Se quer entusiasmo … aja
entusiasticamente.» (William James, in MANDINO, Ibid.:221)
Havendo motivação, entusiasmo, metas, planos e
recursos diversos, fica-se, relativamente, mais próximo do sucesso, e se alguém
pretende que o seu êxito tenha uma dimensão ético-moral, que seja equivalente à
perfeição, até onde seja possível atingi-la, pelo ser humano, então pode-se,
e/ou deve-se, ter em conta a prática das treze virtudes consideradas adequadas:
«Temperança, Silêncio, Ordem, Resolução,
Frugalidade, Trabalho, Sinceridade, Justiça, Moderação, Limpeza, Tranquilidade,
Castidade e Humildade.» (Benjamim Franklin, in MANDINO, 1982:225).
Bibliografia.
MANDINO, Og., (1982). A Universidade do Sucesso. 2ª Edição. Trad.
Eugênia Loureiro. Rio de Janeiro, RJ: Editora Record.
Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
Telefone:
00351 936 400 689
Imprensa
Escrita Local:
Jornal:
“O Caminhense”
Jornal:
“A Nossa Gente”
Jornal:
“Terra e Mar”
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