Conceber uma fórmula mágica, ou
geométrico-matemática, ou ainda físico-química, para se alcançar o sucesso,
provavelmente, não será possível, porque se assim fosse, o mundo estaria
repleto de vencedores, ele próprio seria um espaço de sucesso, para todos,
independentemente do mérito de cada pessoa. Sabe-se, todavia, que assim não
acontece.
Durante a vida, há imensos obstáculos que se
colocam, na execução de um projeto, na concretização de um desejo, na
realização de um sonho. Apenas, algumas pessoas, muito poucas, conseguem bons
resultados, justamente, porque possuem: criatividade, habilidades,
conhecimentos, experiência, sabedoria, capacidade de decisão, recursos
diversos, autoconfiança e amor-próprio para vencer e assim alcançarem o sucesso
e a notoriedade.
Idealizar um projeto de vida, no qual se integrem
vários princípios, valores e até sentimentos, para através dele se obter
resultados que permitam uma existência confortável, consolidada e condigna, é
muito complexo, porque os imponderáveis sempre interferem, positiva ou
negativamente, sendo certo que: em relação a uns, consegue-se resolvê-los ou,
pelo menos, contorná-los; mas, quanto a outros, é praticamente impossível –
doenças graves crónicas, acidentes incapacitantes, fenómenos naturais, entre
outros.
Há quem tenha a capacidade de ultrapassar situações
difíceis, extremamente negativas, porque sabem que: «Atitudes negativas, profundamente arraigadas, permeiam nossa cultura
e, diariamente, pessoas que você conhece podem tentar afundá-lo nesse
comportamento. Não deve permitir que seja forçado a adotar atitudes
estereotipadas e humilhantes para com você mesmo.» (Maxwell Maltz, in
MANDINO, 1982:156). E, ainda num raciocínio complementar: «Seus pensamentos, seus conceitos, suas imagens, são suas possessões
mais preciosas. Preste atenção a um conhecedor enquanto ele o ensina como
protege-las …» (MANDINO, 1982:156).
Assumindo-se uma atitude concreta, face aos
condicionalismos que a vida coloca, não é despiciendo afirmar-se que, na
caminhada para o êxito, quaisquer que sejam os projetos, “correm” sempre dois “adversários”:
o sucesso e o fracasso, assim como no percurso da vida, quando o objetivo final
é o bem-estar, igualmente, surgem dois “inimigos”:
o bem e o mal. O verso e o reverso da medalha, estão sempre em disputa e,
muitas vezes, não se sabe quem vai vencer.
E se para se alcançar o sucesso existem diferentes:
estratégias, metodologias; vários recursos; também para superar as influências
do fracasso se identificam as principais causas, que é necessário vencer, com
firmeza e, em certas circunstâncias, com muita ponderação e bastante “sagacidade”, tudo dependendo dos
oponentes previsíveis à conclusão do projeto.
Assim: «Os
elementos do mecanismo do fracasso são – Frustração, Agressividade,
Insegurança, Solidão, Incerteza, Ressentimento, Vazio. (…) 1. Frustração.
Sentimos frustração quando não alcançamos metas importantes ou não satisfazemos
nossos desejos básicos. (…) 2. Agressividade. A frustração produz a
agressividade (mal dirigida). Não há nada de errado com a agressividade,
adequadamente canalizada; para alcançar nossas metas, às vezes precisamos ser
agressivos. Mas a agressividade mal dirigida é um sintoma infalível de fracasso
que segue a frustração, contribuindo para o círculo vicioso da derrota. (…) 3.
Insegurança. (…) baseia-se na sensação de insuficiência interior. Quando
sentimos que não conhecemos os desafios adequadamente, nos sentimos inseguros.
(…). 4. Solidão. Todos nós ficamos sozinhos de vez em quando, mas refiro-me
aqui à sensação extrema de estar separado de outra pessoa, de si mesmo e da
vida; é um sintoma importante do fracasso. (…). 5. Incerteza. Este sintoma do
tipo fracasso caracteriza-se pela indecisão. A pessoa inconstante acredita que
se não tomar uma decisão está salva! Salva das críticas que pode receber caso
tenha-se arriscado e saiu-se mal (…). Esse tipo de pessoa deve considerar-se
perfeita; logo não suporta estar errada. (…). 6. Ressentimento. Esta é a reação
fabricante de desculpas para o seu status na vida da personalidade tipo
fracasso. Incapaz de suportar a dor dos fracassos, busca bodes expiatórios que
possam remover a dor aguda do próprio sentimento de culpa. (…) Não se dá conta
que o ressentimento interior é um terreno reprodutor de fracasso. 7. Vazio.
Será que você conhece pessoas “bem-sucedidas”, embora pareçam frustradas,
ressentidas, inconstantes, inseguras, solitárias e com agressividade mal
dirigida? Então essas pessoas alcançaram o sucesso sem ferramentas na mão! Não
esteja tão certo de que o sucesso seja real. (…). O vazio é sintomático de uma
autoimagem fraca. (…). A sensação de vazio simboliza o funcionamento total do
seu mecanismo de fracasso sempre presente.» (Ibid.:162-165).
É sempre possível, pelo menos em parte, eliminar um
ou outro mecanismo do fracasso, recordando que: «Para ganhar a guerra contra o seu inimigo – mecanismo de fracasso –
precisa primeiro ser capaz de romper os disfarces atrás dos quais ele se
esconde. Racionalizações plausíveis e ideias aparentemente lógicas podem
obscurecer o seu funcionamento. Não engane a si mesmo pois perderá essa
maravilhosa luta pela sobrevivência como ser humano contente. (…). O ato de
falhar não faz parte do mecanismo do fracasso. O ato de falhar em determinada
ação ou projeto, apenas significa que você é humano. Permita-me garantir-lhe
isto: se nunca falhou em coisa alguma, na certa nunca tentou de fato alguma
coisa.» (Ibid.:165).
A verdade indesmentível é que qualquer
individualidade, ao longo da sua existência, neste mundo terreno, sempre
alcança sucessos e sofre fracassos, muito embora se presuma que muitas pessoas,
porque gostam de vangloriar-se dos aspetos relevantes e de maior notoriedade,
escondendo, até por vergonha, os fiascos que tiveram: numa ou noutra fase da
vida; neste ou naquele projeto, porque em bom rigor, a perfeição, em absoluto,
não é característica, cientificamente comprovada, do ser humano.
O que mais importa é interiorizar que: «O segredo da vida bem-sucedida está em ser
superior ao fracasso e em mostrar-se à altura dos bons momentos. Este é o
conceito-chave, esquecer os erros, parar de lamentar-se deles, ter compaixão
pela própria falibilidade humana. Depois, aliviado da culpa, poderá penetrar no
mundo com determinação, achando-se ótimo, formulando metas e fazendo ressaltar
seus instintos de sucesso no jogo da vida.» (Ibid.:166).
Sem dúvida alguma que o “Caminho do Sucesso” é longo e problemático mas, relativa e
parcialmente, possível de vencer, com êxito. Quando não existem quaisquer
apoios fornecidos por outras personalidades e/ou instituições, e é apenas a
própria pessoa a lutar, naturalmente que os obstáculos são mais difíceis de
remover, todavia, também é verdade que, chegando ao fim, com sucesso, este é
muito maior e o “sabor” da vitória,
será indescritível, inestimável e inesquecível.
Quase que em jeito de compilação de algumas “armadilhas” e sugestões, que foram
abordadas, dir-se-á que se pode aceitar a seguinte ideia: «Todos os dias reative os instintos de sucesso até que o hábito do
sucesso faça parte de você, até que o hipnotize – pois, afinal, o hábito é uma
forma de auto-hipnose. Trabalhe com afinco para banir as opiniões negativas,
para exterminar as sementes da solidão. Trabalhe duro; não é fácil. Mas você
pode fazê-lo. A guerra é infernal e se sua mente estiver profundamente
entrincheirada nos conceitos negativos, terá de lutar ferozmente para vencer
sua batalha. Mas é uma batalha que vale a pena vencer. Para que possa viver
criativamente – com alegria. Para que possa rir, cantar e andar pelas ruas orgulhosamente
na luz clara do dia. Deixe que sua auto-imagem fortalecida o inspire a mover-se
em direção a um modo de vida mais importante. Acredite, acredite em si mesmo, e
esse é o melhor marcapasso de todos. (Ibid.:168).
Bibliografia.
MANDINO, Og., (1982). A Universidade do Sucesso. 2ª Edição. Trad.
Eugênia Loureiro. Rio de Janeiro, RJ: Editora Record.
Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
Telefone:
00351 936 400 689
Imprensa
Escrita Local:
Jornal:
“O Caminhense”
Jornal:
“A Nossa Gente”
Jornal:
“Terra e Mar”
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