Ao longo da vida, muitas pessoas, ainda que por
poucas vezes, têm desejos: dos mais simples, aos mais complexos; dos mais
ambiciosos aos mais humildes; uns com uma componente mais materialista; outros
com uma vertente mais espiritual; todavia, sempre somos acometidos por desejos,
eventualmente, alguns, até serão inconfessáveis e/ou que se tornam autênticos
segredos para a vida e, por fim, desejos que, a serem divulgados, conduziriam a
pessoa a uma situação, provavelmente, degradante.
É fácil compreender que para a maioria das pessoas
o primeiro desejo que pretendem ver realizado é possuírem boa saúde, sempre
felizes e, logo a seguir, fazerem fortuna material, precisamente, através de
bens concretos, objetivos palpáveis como o dinheiro, porque: «Todo o ser humano, quando chega à idade em
que passa a entender a finalidade do dinheiro, passa a querer possuí-lo. Querer
não faz riquezas. Mas desejar riquezas com um estado de espírito próximo à
obsessão, em seguida planejar caminhos e maneiras específicas de gerar riquezas
e finalmente, apoiar estes planos com a persistência que não aceita o fracasso,
isto sim, é o que conduz à riqueza.» (Napoleon Hill, in MANDINO, 1982:301).
Querer ser rico com legitimidade, legalidade e
transparência, é um desejo que se pode e deve elogiar, não constitui nenhum “pecado” e, por outro lado, quanto mais
pessoas ricas existirem numa sociedade, mais possibilidades haverá para aqueles
que necessitam, de beneficiarem da generosidade dos que possuem mais um pouco.
Seria, incompreensivelmente, mesquinho ter-se inveja de quem angariou fortuna,
à custa de trabalho intenso e digno e, também, de imensa poupança.
Poderá haver diversas teorias, como também algumas
boas práticas para converter os desejos em fortuna, importando, agora,
referenciar algumas medidas que podem ajudar: «1. Grave na memória a quantidade exata de dinheiro que deseja. (…). 2.
Determine exatamente o que pensa dar em troca pelo dinheiro que deseja. (…). 3.
Marque uma data específica para se apoderar do dinheiro que deseja. 4. Conceba
um plano meticuloso para realizar seu desejo e comece já, esteja pronto ou não,
a colocar o plano em ação. 5. Faça uma declaração por escrito, clara e concisa,
da quantidade de dinheiro que pretende adquirir, do tempo necessário para tanto
e do que está pronto a dar em troca. (…). 6. Leia sua declaração, em voz alta,
duas vezes ao dia, antes de deitar e depois de levantar-se.» (Ibid.
301-02).
Há desejos que todos os dias são analisados, que se
concebem projetos para os concretizar, como também diversos sonhos se
transformam em desejos, estes em planos, estratégias e metodologias, para se
tornarem realidade. É por demais evidente que alguns desejos nunca vão passar
disso mesmo, porque, praticamente, são impossíveis, embora, não
necessariamente: um doente terminal, seguramente, terá o desejo de se curar,
mas raramente isso acontece; também a vontade de obter a “sorte grande”, não sendo impossível de se realizar, ela não
acontece, só porque uma determinada pessoa deseja muito, de contrário haveria
tantos ou mais milionários do que pobres.
Os sonhos, alguns deles bem nítidos durante o sono,
são possíveis de os levar à prática sobre a forma de projetos, por isso: «Coloque os sonhos para funcionar e não se
importe com o que “os outros” dizem quando você passa por reveses temporários,
pois “eles” talvez não saibam que derrotas trazem consigo a semente de um
sucesso equivalente.» (Ibid.:303).
Salvo raras exceções, vencer na vida a “pulso próprio”, respeitando regras
morais, éticas, jurídicas, técnicas e científicas, não será fácil para uma
pessoa normal, mesmo beneficiando de algum apoio familiar e/ou institucional,
porque a sociedade, no seu conjunto, é extremamente exigente, competitiva e, em
muitas situações, “invejosa” e “aniquiladora” da concretização dos
desejos de quem pretende obter sucesso, para além de outros entraves, desde
logo, de natureza burocrática e administrativa, designadamente, quanto se torna
imprescindível recorrer a serviços públicos mais especializados.
E, na verdade: «Lembre-se
de que quase todos que venceram na vida, tiveram que passar primeiro por
reveses e depois por provações suficientes para desanimá-los, antes de
“conseguirem” finalmente. O momento de decisão na vida dos que vencem costuma
ocorrer no auge de uma crise, durante a qual se vêem frente a frente e um
“outro lado” de suas personalidades.» (Ibid.:304).
Aceite-se, então, a ideia de que não é fácil
transformar desejos em riqueza material, no entanto, para certas pessoas,
dotadas com determinados meios pessoais como: conhecimentos, experiências,
habilidades, alguns recursos financeiros para começar uma atividade, tais
circunstâncias possam facilitar um pouco e mais rapidamente a concretização de
um ou mais desejos, todavia, ainda assim, não é garantido que o sucesso
aconteça de imediato.
Qualquer pessoa pode desejar muitas coisas, ter
condições mínimas para as obter, mas é claro que: «Há diferença entre querer uma coisa e estar pronto a recebê-la.
Ninguém está pronto até que comece a acreditar que pode conseguir aquilo que
quer. O estado de espírito tem de ser o de convicção e não apenas esperança ou
anelo. Um espírito compreensível é condição essencial para se ter convicção.
Mentes fechadas não inspiram fé, coragem ou convicção.» (Ibid.:305).
Quem ignorar o poder da riqueza material,
provavelmente, estará numa outra realidade, que não a do mundo terreno atual,
em que vivemos. Podem muitas pessoas argumentar que a fortuna em dinheiro “não lhes diz nada”, que apenas desejam:
saúde, trabalho e felicidade, e estas posições devem ser respeitadas, contudo,
tais pessoas, possivelmente, continuam a
ter desejos, um dos quais, bem material, como é o trabalho, através do
qual se ganha dinheiro, a fim de disporem das condições necessárias e
suficientes, para cuidar da saúde, alimentação, vestuário, alojamento, educação
e tudo o mais que é fundamental para uma vida condigna.
A fortuna é um bem indispensável, e nem sequer se
deveria afirmar que é “um mal menor”,
porque isso não será assim tão evidente. Em bom rigor: «A riqueza é poder. Com ela muito se torna possível. Pode-se decorar a
casa com os ornamentos mais ricos. Pode-se viajar a países distantes. Pode-se
provar de iguarias vindas de regiões longínquas. Pode-se adquirir os belos
produtos do ourives e do joalheiro. Pode-se erguer soberbos templos e
dedicá-los aos deuses. Pode-se fazer todas estas coisas e outras mais que fazem
o deleite dos sentidos e o encantamento da alma.» (George S. Clason, in
MANDINO, 1982:314).
Também há quem afirme que a riqueza está mal
distribuída! Sim, em parte pode-se concordar, designadamente: no que se refere
a recursos naturais, verificando-se que alguns países, possuem imensa fortuna,
precisamente, porque nos seus territórios existem, em abundância, produtos de
primeira necessidade, de que o resto do mundo tanto necessita como: petróleo,
minérios, fauna, flora, bens alimentares e outras riquezas que, não sendo
consideradas de carência absoluta, proporcionam riqueza e outros meios
financeiros importantes, nomeadamente: diamantes, outras pedras preciosas,
madeiras, especiarias, enfim, matérias-primas que depois de trabalhadas geram
mais abundância, prosperidade e bem-estar geral para a maioria de uma
população.
Bibliografia.
MANDINO, Og., (1982). A Universidade do Sucesso. 2ª Edição. Trad.
Eugênia Loureiro. Rio de Janeiro, RJ: Editora Record.
Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
Telefone:
00351 936 400 689
Imprensa
Escrita Local:
Jornal:
“O Caminhense”
Jornal:
“Terra e Mar”
Sem comentários:
Enviar um comentário