domingo, 13 de fevereiro de 2022

O namoro na constituição de família


Associar S. Valentim ao dia dos namorados, ou vice-versa, é inevitável, porque o destaque que aqui se pretende dar, contempla o Santo e os Namorados (ou Enamorados), muito embora o fio condutor do tema, o núcleo central, o objetivo que se pretendem, apontem no sentido do amor, não necessariamente o “amor-paixão” que, eventualmente, será efémero.

Pensa-se ser muito importante, o amor que fundamenta uma amizade sólida, para toda a vida, entre duas pessoas que se gostam, se respeitam, se cuidam e comungam as alegrias e as tristezas, os sucessos e os fracassos, a cumplicidade, a confiança, a solidariedade e a lealdade, de resto, excelentes bases para um namoro que conduza, justamente, a um casamento feliz, se possível, para sempre.

Num breve resumo da vida de S. Valentim, resulta logo numa análise despretensiosa, sem qualquer manifestação elitista ou hagiográfica, que o padroeiro dos namorados é uma entidade santificada, muito popular e querida no seio da humanidade, independentemente do escalão etário de cada pessoa, porque nunca se é demasiado velho, nem muito novo, para as “coisas” do coração, que, quantas vezes, se sobrepõem à racionalidade calculista.

A história do “Padroeiro dos Namorados” resume-se, neste trabalho, ao seguinte: « Dia de São Valentim, ou Dia dos Namorados, remonta à história de que um bispo, de nome Valentim, que durante o século III, lutou contra as ordens do imperador Cláudio II, que tinha proibido a realização de casamentos durante as guerras, acreditando que os solteiros seriam melhores combatentes e que se concentrariam mais facilmente na guerra e na vida militar.

Contra a ordem do imperador, o bispo continuou com a celebração de matrimónios. Quando a prática foi descoberta, foi preso e condenado à morte. Enquanto preso, eram vários os jovens anónimos que, em demonstração de apoio e compaixão, lhe enviavam flores e bilhetes, afirmando continuarem a acreditar no amor, explicando assim a troca de postais e cartas que se proliferou até à atualidade.

A HISTÓRIA DO AMOR DE VALENTIM 

Durante o seu período encarcerado, conta a lenda que o bispo se apaixonou pela filha cega de um carcereiro e que, milagrosamente, lhe devolveu a visão. Antes da sua execução, Valentim escreveu uma mensagem de despedida na qual assinou como “Seu Namorado” ou “De seu Valentim”. O dia da sua execução tornou-se num tenebroso dia de jejum, em sua homenagem.

A associação com o amor e o romantismo chega-nos depois do final da Idade Média, durante o qual o conceito de amor romântico foi formulado.
O bispo Valentim foi considerado mártir pela Igreja Católica. A data da sua morte, 14 de fevereiro, marca também a véspera da festa anual, celebrada na Roma Antiga, em honra da deusa Juno e ao deus Pan, onde um dos rituais incidia sobre a fertilidade.» (in:
https://www.natgeo.pt/historia/2020/02/dia-de-sao-valentim-uma-lenda-repleta-de-tradicao

Namorar, amar, casar, estimar, cuidar, são atitudes e sentimentos que não têm idade, e ninguém pode provar que uma amizade, dita tardia, sentida, vivida, oferecida por uma pessoa sénior, seja menos intensa, menos verdadeira e menos sólida do que esse mesmo sentimento, experienciado aos vinte ou trinta anos porque, em boa verdade, há valores, sentimentos e emoções que vivenciados ao longo da vida, poderão ter exuberâncias, causas e consequências diferentes e, cientificamente, parece que ainda não há conclusões sobre qual a faixa etária, em que aquelas atitudes e sentimentos são mais autênticos e sólidos.

Partindo-se do princípio de que o namoro poderá ser um período de aprofundamento de uma amizade, ainda na sua fase embrionária, com o objetivo de estreitar o relacionamento, conhecimento mútuo do casal, projetos que serão comuns aos dois e, eventualmente, à união matrimonial, então será necessário que os futuros cônjuges se abram plenamente um ao outro, que confiem, que consolidem os seus propósitos, para estarem preparados para constituírem uma família, iniciarem uma vida a dois, com todas as responsabilidades inerentes.

O namoro, tendo por objetivo projetos sérios, de constituição de família, será bem diferente do namoro de ocasião, que visa apenas a conquista fácil, a posse e fruição do corpo, para prazeres erótico/sexuais, enquanto nenhuma das partes se saturar da outra, porque onde não existe amizade sincera, o amor, muito dificilmente, surgirá e vencerá.

Importa, por isso mesmo, nesta breve reflexão, dedicada, primeiramente, ao dia dos namorados, abordar o namoro na perspectiva de constituição de uma família honrada, respeitada, em que os futuros cônjuges, para além de se amarem, comportam-se com respeito, consideração, estima e confiança na fidelidade um do outro para, de seguida, abordar o namoro a partir de uma amizade sincera, que se transformará num expoente mais elevado.

Na perspectiva do casamento, o namoro é um período de conhecimento recíproco, de confissão, de gestos, desejos, sucessos, fracassos no passado, portanto, e por um lado: «Manter seu namoro moralmente limpo dá evidência clara de que você tem autocontrolo e que o interesse altruísta no bem-estar do outro está acima de seus próprios desejos» e, por outro lado: «O namoro honroso inclui também a comunicação honesta. À medida que seu namoro se encaminha para o casamento, certos assuntos terão de ser considerados francamente. (…) Além disso, é muito justo revelar coisas, talvez do passado um do outro que possam afetar o casamento.» (Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Trados, 1996:24-25)

Bibliografia.

SOCIEDADE TORRE DE VIGIA DE BÍBLIAS E TRATADOS, (1996). O Segredo de uma Família Feliz, Edição Brasileira, São Paulo: Cesário Langue

 

«Protejam-se. Vamos vencer o vírus. Cuidem de vós. Cuidem de todos». Cumpram, rigorosamente, as instruções das autoridades competentes. Estamos todos de passagem, e no mesmo barco chamado: “Planeta Terra”, de onde todos, mais tarde ou mais cedo, partiremos, de mãos vazias!!! Tenhamos a HUMILDADE de nos perdoarmos uns aos outros, porque será o único “CAPITAL” que deixaremos aos vindouros: “O PERDÃO”.

 

Alimentemos o nosso espírito com a ORAÇÃO e a bela música:

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Venade/Caminha – Portugal, 2022

Com o protesto da minha permanente GRATIDÃO

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal

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