domingo, 22 de maio de 2022

Filosofia da Criatividade Dinâmica

É notória a formação científica de Leonardo Coimbra, não só pelo iniludível ambiente positivista em que vivia, como também porque a escolástica do Portugal laicista não lhe oferecia quaisquer garantias de poder conservar o reino espiritual, inserido neste mundo.

«Leonardo José Coimbra (Borba de Godim, Lixa, 30 de Dezembro de 1883Porto, 2 de Janeiro de 1936), foi um filósofo, professor e político português. Enquanto Ministro da Instrução Pública, de um dos governos da Primeira República Portuguesa, lançou as Universidades Populares e a Faculdade de Letras do Porto. Como pensador fundou o movimento “Renascença Portuguesa, e evoluiu do criacionismo para um intelectualismo essencialista e idealista, reconhecendo a necessidade de reintegrar o saber das "mais altas disciplinas espirituais", como a metafísica e a religião (http://pt.wikipedia.org/wiki/Leonardo_Coimbra)

O segredo do método de Leonardo Coimbra, consistia, portanto, em não se desligar da ciência para alcançar a metafísica, por isso, tal método – Dialético, Construtivo e Pedagógico - para, no confronto entre ambas, “empurrar” esta para uma nova metafísica, devendo caminhar juntas: a ciência e a metafísica. À Filosofia seria reservado o papel de colaborar na imensidão do saber humano.

A estratégia da dialética do pensamento, num plano dinâmico, transformaria o seu método num novo sistema, cuja base piramidal seria composta por noções científicas, em que no cume da mesma, encontrar-se-iam as noções de Liberdade, de Espontaneidade e de Permanente Criação. A este sistema filosófico chamou-lhe de “Criacionismo”.

A compleição impressionista e enternecida de Leonardo Coimbra proporcionava-lhe uma sensibilidade rica e emocional bondade, para poder analisar os grandes problemas da vida humana. Também o seu positivismo, permite-lhe abrir-se ao diálogo e ao convívio romântico e apaixonado, confirmando assim o seu próprio “Criacionismo”.

O “Criacionismo” de Leonardo Coimbra reveste-se de várias perspetivas e, desde logo, pelo fato de a matéria e o universo deixarem de ser “simples inércias e mortes oferecidas ao homem”.

Tem-se a Verdade viva, a Verdade como permanência de relações. O homem, como princípio ativo, tem de desenvolver uma ação constante e consciente, num mundo a fazer, com uma Filosofia de liberdade dinâmica, contra todo o tipo de estaticismo e imobilismo, com um espírito criador, enfim, numa autêntica pedagogia metodológica, uma explicitação do princípio de liberdade criadora.

O princípio dialético filtrante das experiências humanas, numa conjugação do dinamismo espiritual, com a inércia da matéria, constitui outra faceta do “Criacionismo”. O vivo, o dinâmico, o inteletual, constituem o autenticamente real do “Criacionismo”.

Este devir ininterrupto, corre como a seiva numa árvore, em perfeita ascensão, até alcançar a “Vida Substancial: Deus”. Tudo acontece na origem porque nela está sempre Deus, O qual é para o homem uma ontológica saudade, pelo que o seu “Criacionismo” é de uma ontologia do homem integral, do homem como pessoa, em toda a sua globalidade humana.

No “Criacionismo” de Leonardo Coimbra, existe um mundo, que é o espírito – Pensamento – que dinamiza uma relação familiar entre dois mundos: o mundo físico e o mundo espiritual.

O homem é pela consciência um exilado no universo e, de igual forma, é Deus entendido como o “Grande Solitário Inacessível”. O universo é um sistema de relações, em que o homem pode ter confiança, pois tal universo tem um Deus Criador, sendo o lugar do homem o centro da criação, que domina em certa medida pelo pensamento, no entanto, o homem é infeliz, porque é o único ser que conhece a morte, e a entende como a derrota das suas vitórias, vaidades materiais e aparências mundanas.

O “Criacionismo” é, em resumo, uma Filosofia da Criatividade dinâmica do homem em liberdade, no respeito, pela construção de um mundo de relações interpessoais, convergente para um “Cume Absolutamente Perfeito e Criador: DEUS -.

 

Bibliografia

 

COSTA, Dalila L. Pereira da e GOMES, Pinharanda, (1976). Introdução à Saudade. Porto: Lello & Irmão, Editores.

GAMA, José, (1983). Filosofia e Poesia no Pensamento de Leonardo Coimbra, in: Revista Portuguesa de Filosofia, Tomo XXXIIX-4.1983. Braga: Faculdade de Filosofia.

MORUJÃO, Alexandre Fradique, (1983). O Sentido da Filosofia em Leonardo Coimbra, in: Revista Portuguesa de Filosofia, Tomo XXXIIX-4.1983. Braga: Faculdade de Filosofia.

SPINELLI, Miguel (1981). A Filosofia de Leonardo Coimbra. O Homem e a Vida. Dois Termos da sua Antropologia Filosófica. Braga: Publicações da Faculdade de Filosofia.

Apanhados de surpresa, entre os fogos de uma guerra cruel, desumana e, a todos os títulos, inaceitável, imploremos a Deus e aos homens, para que o sofrimento de milhões de seres humanos, termine definitivamente. Tenhamos a HUMILDADE de nos perdoarmos uns aos outros, porque o PERDÃO será o único “VALOR AXIOLÓGICO” que deixaremos aos vindouros. GLÓRIA À UCRÁNIA.

 

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Venade/Caminha – Portugal, 2022

Com o protesto da minha permanente GRATIDÃO

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal

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