domingo, 26 de junho de 2022

O Bem e o Mal. Anjos e Demónios

Independentemente dos diversos estudos científicos, fórmulas, teorias e outras abordagens empíricas, aceitar-se que o ser humano poderá ser uma composição bipartida, admitindo-se para o efeito, que ele será composto por uma dimensão físico-orgânica e por uma outra espírito-psíquica, não será uma posição fácil de se assumir. Igualmente, em muitas outras situações, factos, constituições terrenas, universais e interplanetárias, também existirá alguma dicotomia.

Muito dificilmente alguém conseguirá contrariar a realidade, segundo a qual existem: o dia e a noite; o calor e o frio; a terra e a água; o ar e o vácuo; o Bem e o Mal. Nesta lógica de raciocínio, e para quem se considera um ser duplamente dimensionado, constituído por corpo e espírito, para quem, portanto, é crente, aceitar que no universo e no próprio planeta Terra, circulam “Anjos” e “Demónios”, não será assim tão difícil.

Se por um lado: partirmos da noção que “Anjos” são seres bondosos, protetores da humanidade, que são incapazes de prejudicar quem quer que seja, que apoiam quem deles precisa, e que, no limite, nos conduzem para o Bem; por outro lado, o conceito de “Demónio”, pretende significar pessoas Más, com caraterísticas maléficas, que sempre procuram uma forma de prejudicar, de atentar contra os mais elementares valores ético-morais, então, certamente, todos nós conhecemos, e já nos confrontamos com “Anjos” e “Demónios”, isto é: já fomos beneficiados por uns; e prejudicados por outros, respetivamente.

O mundo atual, primeiro quarto do século XXI, está “recheado” destes dois tipos de seres, na circunstância: pessoas que se comportam como “Anjos” (não como anjinhos), felizmente, muitas, mas sem condições par agir; outras, desgraçadamente, que talvez sejam muitas, são autênticos “Diabos” (Capetas), na sua pior conceção, resultando, em boa verdade, a proliferação e manutenção de inúmeros conflitos, sejam eles a nível individual, grupal, entre nações, ideologias, estratégias e interesses vários.

Tem sido nesta dualidade que algumas pessoas se movimentam na sociedade, revelando-se autênticas malabaristas dos relacionamentos humanos e, em geral, comportam-se de forma a passarem a imagem de sinceras, irradiando uma permanente simpatia, um sorriso persistente para, na opinião delas, conseguirem alcançar os seus objetivos interesseiros, todavia, muitas não passam de criaturas impostoras, falsas, desleais que trocam uma amizade autêntica e incondicional,  por, como se costuma dizer: “um prato de lentilhas

Tais seres, que na sua formação ético-moral, assim como no seu caráter, não passam de desprezíveis “Demónios”, conseguem, com mil e um artifícios, passar por “Anjos”, por pessoas que, forçada e hipocritamente, são capazes de levar a pensar, quem com elas convive, que os valores da honestidade intelectual, da gratidão, da lealdade, da amizade e da solidariedade, são as suas características de maior impacto.

Este tipo de “Anjos”, “sem asas e com pelo menos dois chifres”, é muito frequente surgirem em determinados contextos, principalmente, quando pretendem relacionarem-se com “Gregos e Troianos”, para daí retirarem os melhores benefícios, em proveito próprio, quantas vezes humilhando, ofendendo e magoando quem, até, eventualmente, durante certos períodos da vida os apoiou, sem reservas.

O processo de relacionamento de tais “Demónios”, disfarçados de “Anjos” é, inequivocamente, astucioso, e quem tem a infelicidade de ser “apanhado nas suas garras”, muito dificilmente conseguirá libertar-se. A mesma pessoa consegue desempenhar o duplo papel de “Anjo” e “Demónio”, sem, contudo, assumir, frontal e publicamente, esta sua manipulação satânica.

A sociedade, de certa maneira contribui para que cada vez existam mais “Demónios” vestidos de “Anjos”, porque o princípio, defendido por muitas pessoas, aponta no sentido de haver todo o interesse em se conviver com “Deus e com o Diabo”, na medida em que assim será possível alcançarem-se objetivos importantes na vida, alguns de seriedade ético-intelectual muito duvidosa.

Nas pequenas comunidades, (também na sociedade em geral) onde proliferam os “Demónios” disfarçados de “Anjos”, a hipocrisia, o cinismo, a traição, esta levada, inclusivamente, até ao seu limite, se dela resultar um grande benefício, que será a infidelidade, poderão ser comportamentos utilizados, por algumas pessoas.

Tal benefício, não tem de ser, necessariamente, material, podendo assumir uma dimensão de prazer sexual, de exibição machista ou feminista e, em algumas situações, de retaliação, de vingança, ou de simples indiferença, humilhação, para com outra pessoa, acerca da qual se pensa já não se precisar dela, apesar de, algumas vezes, num passado recente, se ter recebido grande e incondicional apoio.

As nossas pequenas localidades, as grandes cidades, o mundo em geral, na verdade, estão repletos de “Demónios” disfarçados de “Anjos”, que agem à falsa-fé, que apunhalam pelas costas, quem outrora lhes fez muito bem, que adotam estratégias evasivas, porque não têm a hombridade, nem o caráter, nem sequer um pouco de coragem e de vergonha, para assumirem que se relacionam sob a máscara covarde da falsidade: “Demónios”, profissionalmente, envernizados de “Anjos”.

Mas, é claro, que também não se pode diabolizar todas as criaturas, as comunidades, no seu conjunto, muito menos a sociedade globalmente considerada, porque, em bom rigor, ainda existem: pessoas, grupos e comunidades que pautam os seus procedimentos por valores de natureza verdadeiramente ético-moral e, mais do que estes, espirituais.

É possível convivermos, no nosso dia-a-dia, com alguns “Anjos” de verdade, com pessoas que se norteiam por sentimentos de misericórdia, de benevolência, de compaixão, sem pedirem nada em troca, elas são despidas de interesses materiais, nelas não existe qualquer intenção de arrecadar proveitos próprios, prejuízo dos seus semelhantes, são pessoas cujo caráter e dignidade estão acima da miséria humana, esta constituída pelos “Demónios” camuflados de “Anjos.

A composição da humanidade tem, felizmente, acredita-se que em grande parte, pessoas muito boas, autênticos “Anjos” que, quais estrelas fulgentes, nos orientam na vida, pelos seus princípios, valores, sentimentos e boas condutas permanentes. Estas pessoas, que deveriam ser tomadas por referências, e excelentes exemplos, infelizmente, nem sempre são assim consideradas, designadamente, pela outra parte, constituída pelos “Demónios”.

Toda a pessoa, eventualmente: não nasce nem boa; nem má. A sociedade no seu todo, a família, os amigos, as companhias, as instituições, em particular, vão moldando a personalidade humana, naquilo que ela tem de dinâmico, porque alguns traços do caráter até poderão ser hereditários. Se assim é, então tornar-se-á necessário formar pessoas que possam vir a ser verdadeiros “Anjos”, no conceito mais nobre do termo: pessoas do e para o Bem, genuinamente dotadas de valores humanistas.

Deseja-se um mundo de “Anjos”, sempre disponíveis para ajudar, para nos protegerem, defenderem, serem solidários, amigos e leais para connosco, obviamente, com uma mente sã, um coração acolhedor, no qual exista um “cantinho” onde nos possamos refugiar, quando somos perseguidos, humilhados, ofendidos e magoados pelos “Demónios”.

O mundo será sempre constituído por dualidades, é inevitável que assim seja, mas é necessário, urgente e importante que: o Bem avance sobre o Mal; a Luz ofusque as Trevas; o Esclarecimento dissipe o Obscurantismo; a Bondade vença a Maldade. Neste mundo dual, sempre haverá: a Verdade e a Mentira; a Sinceridade e a Falsidade; a Probidade e a Desonestidade; “Anjos e “Demónios”, afinal, o Bem e o Mal. A dualidade para a complementaridade, será o caminho mais desejável? Talvez sim, todavia, não se pode menosprezar os lados negativos.

Nesta dualidade que compõe o mundo, a principal, será, porventura, a mulher e o homem que, obviamente, se complementam: seja para o Bem; seja para o Mal e que, tanto ela quanto ele, também assumem, em determinadas fases das suas vidas, os papéis de “Anjos” e “Demónios”, com consequências, por vezes, catastróficas, para uma das partes, ou até mesmo para as duas. “Anjos” e “Demónios” sempre existiram e vão continuar a conviver com todos nós. Não há que temê-los; há, isso sim, que nos aliarmos aos primeiros e precavermo-nos contra os segundos.

Apanhados de surpresa, entre os fogos de uma guerra cruel, desumana e, a todos os títulos, inaceitável, imploremos a Deus e aos homens, para que o sofrimento de milhões de seres humanos, termine definitivamente. Tenhamos a HUMILDADE de nos perdoarmos uns aos outros, porque o PERDÃO será o único “Valor Axiológico” que deixaremos às Gerações Futuras. GLÓRIA À UCRÂNIA.

 

Alimentemos o nosso espírito com a ORAÇÃO e a bela música:

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https://youtu.be/DdOEpfypWQA  https://youtu.be/Z7pFwsX6UVc

 

Venade/Caminha – Portugal, 2022

Com o protesto da minha permanente GRATIDÃO

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal

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