Excetuando os privilegiados da “sorte”, dos apoios de outras pessoas e,
eventualmente, de um sistema político-laboral, sociocultural e
económico-financeiro, e, ainda, circunstâncias favoráveis imprevisíveis – uma
herança, uma proposta de trabalho irrecusável e jamais pensada, um projeto
aliciante, entre outras possibilidades -, não é fácil ser-se grande, aqui no
sentido do sucesso.
É sempre importante referir que toda e qualquer
pessoa desejam, para elas e para os seus, o melhor que a vida lhes possa
proporcionar. Adquirido determinado estatuto, porém, é preciso saber conviver
com ele e só personalidades com grande elevação ético-moral, o conseguem fazer.
Há pessoas grandes como, felizmente, há grandes
pessoas, mas existem características próprias para estas últimas: «O autêntico grande homem é simples,
sincero, comum, criterioso. Nem sonharia que fosse um grande inventor se não
visse algo que tivesse feito mesmo. (…) A grandeza deles é sempre tão simples,
tão insignificante, tão séria, tão prática que os vizinhos e amigos jamais a
reconhecem. A grandeza não consiste em ocupar algum cargo futuro, mas consiste
de fato em fazer grandes façanhas com poucos meios e realizar grandes
propósitos nas escalas particulares da vida.» (Russel H. Conwell, in
MANDINO, 1982:128).
Em princípio, ter e desenvolver pensamentos
positivos é uma atitude extremamente saudável, quer ao nível
psíquico-intelectual, quer no que concerne à boa manutenção física. Refletir
acerca do que será melhor para se ter uma vida confortável, equilibrada e de
sucesso é muito importante, mesmo que no curto prazo, nada de positivamente
extraordinário aconteça, mas permitindo que os bons pensamentos e as melhores
ideias sejam aperfeiçoadas.
Possivelmente será muito complicado atingir-se o
sucesso, pensando, persistentemente, no fracasso, porque se acredita que: «literalmente, toda a pessoa é o que pensa e
seu caráter é a soma total de todos os seus pensamentos! Portanto, o que está
pensando agora, o que pensará amanhã, e no próximo mês, é o que virá a ser
finalmente.» (MANDINO, 1982:131).
O desenvolvimento humano, rumo ao progresso e ao
êxito, é acompanhado pelo pensamento criativo: seja para o Bem; seja para o
Mal. Quando o pensamento criador evolui para o mal, pode obter resultados
positivos, por exemplo: guerras, destruição de bens e pessoas, genocídios,
portanto, significa ter havido êxito, porque os objetivos destruidores,
preconizados pelos seus mentores, foram alcançados.
Indubitavelmente que esta reflexão vai no sentido
do Bem, na medida em que o pensamento inovador que se deseja, deverá ser
aplicado para resolver situações que afligem as pessoas, os povos, a
humanidade. Num mundo que se deseja seja cada vez mais civilizado, onde o
sucesso esteja ao alcance de todas as pessoas, individualmente consideradas, ou
em associação pacífica, só interessa o pensamento criador para o bem-comum.
Refletir sobre o que se pretende da vida é, por si
só, muito relevante, e tanto mais importante quanto se pensa acerca do que cada
um poderá ser: «O homem se faz ou deixa
de se fazer por si só; em seu arsenal mental, fabrica as armas com as quais se
destrói; também produz as ferramentas com que constrói mansões divinas de
prazer, energia e paz» (James Allen, in MANDINO, 1982:131).
Quase tudo é possível neste homem criador. O Bem e
o Mal fazem parte do seu pensamento. A Ciência talvez ainda não tenha
conseguido quantificar de que lados estão, no prato da balança, os pensamentos,
bom e mau, mas um desejo, pelo menos a este nível, se pode invocar, para que se
possa caminhar para o êxito: «Sucesso,
amor, felicidade, contentamento, riqueza … se são as coisas que quer, então
está a ponto de descobrir como suas raízes se desenvolvem das sementes do
pensamento, sementes que só você pode plantar, agora que compreende essa grande
verdade e compreende o controle do próprio destino …» (MANDINO, 1982:132).
Certamente, o pensamento criador positivo, para o
bem, ajudará a crescer, seja individual e/ou coletivamente, embora se reconheça
que, por si só, não seja suficiente para se alcançarem sucessos quantificados e
qualitativamente cada vez melhor aplicados. É necessário uma permanente
atualização, experimentação com riscos calculados, uma adaptação às realidades
onde se pretende implementar os projetos com vista à obtenção do êxito: como,
quando, com quê e com quem?
O mundo, profundo e misterioso da mente humana, não
está totalmente descoberto, pese, embora, os avanços científicos, o
desenvolvimento de diversas técnicas e equipamentos, ligados a esta dimensão da
pessoa humana. Até prova em contrário, por enquanto, tudo indica a imensa
superioridades do ser humano, relativamente às restantes espécies animais, é um
facto indesmentível.
A capacidade, praticamente ilimitada, do pensamento
humano, permite percorrer o mundo físico, mas também o espaço infinito,
sonhando, idealizando, elevando-se para lá da materialidade efêmera, porque: «Tudo que um homem realiza e tudo que deixa
de realizar é o resultado direto dos próprios pensamentos. Em um universo de
ordem perfeita, onde a perda do equilíbrio significaria a destruição total, a
responsabilidade individual deve ser absoluta. A fraqueza e a força, a pureza e
a impureza do homem são dele mesmo e não de outro homem; ele próprio e não
outro as criou; e só poderão ser alteradas por ele mesmo, jamais por outro. (…)
Um homem forte não pode ajudar um mais fraco, a menos que o mais fraco deseje
ser ajudado, e ainda assim o fraco deve fortalecer-se por si mesmo; por seus
próprios esforços, deve desenvolver a força que admira nos outros. Só ele pode
alterar sua condição.» (James Allen, in MANDINO, 1982:132).
Por enquanto, é possível aceitar-se que grande
parte da ação humana é fruto do pensamento prévio, ao qual se aliam as
habilidades, os conhecimentos, a experiência de vida e a sabedoria empírica que
se vão acumulando durante a existência, na passagem por um mundo terreno.
Provavelmente, nenhuma atividade desenvolvida pela
pessoa é impensada, excetuando-se, eventualmente, alguns atos qualificados de
“heroicos”, espontâneos, sem qualquer apreciação precedente, de avaliação de
consequências, de resto são atitudes ditas, também, de irrefletidas e que,
alegadamente, exigem muita coragem.
Tudo indica, portanto, que: «Antes que um homem possa realizar alguma coisa, mesmo entre as mais
mundanas, deve elevar seus pensamentos acima da indulgência animal e servil.
Entretanto, para ter sucesso, não pode renunciar a toda animalidade e a todo
egoísmo. (…) Não pode haver progresso algum, nenhuma realização sem sacrifício
e o sucesso mundano do homem será na medida em que sacrifica seus confusos
pensamentos animais e procura fixar a mente no desenvolvimento do seu plano e
no fortalecimento de sua resolução e autoconfiança. E quanto mais elevar seus
pensamentos, mais justo e virtuoso se torna, maior será seu sucesso e suas
realizações serão mais abençoadas e duradouras.» (Ibid.:133).
A importância do pensamento criador positivo
consiste em ser uma das grandes dimensões da criatura humana, que tudo organiza
e quase tudo resolve, proporcionando à pessoa períodos de tranquilidade, de
conforto, de elevação. Com efeito: «As
realizações intelectuais são o resultado do pensamento dedicado à procura do
conhecimento, da beleza e da verdade na vida e na natureza. Às vezes, essas
realizações podem estar ligadas à vaidade e à ambição, mas não são
consequências dessas características; são o desenvolvimento natural de longo e
árduo esforço e de pensamentos puros e altruístas.» (Ibid.).
Mas o pensamento humano, bem formado, não se
preocupa apenas com as intervenções materiais, destinadas a alcançar o sucesso
a qualquer preço, porque se assim acontecesse, estar-se-ia perante
comportamentos redutores das potencialidades da pessoa integramente sensível e
de outras dimensões superiores.
Uma outra grandeza imaterial se coloca,
provavelmente, apenas ao ser humano e, nesse sentido, pode-se trazer à
discussão que: «As realizações
espirituais são o resultado de aspirações sagradas. Aquele que vive
constantemente na concepção de pensamentos nobres e sublimes, que se dedica a
tudo que é puro e altruísta se tornará, tão certo como o Sol atinge seu zênite
e a Lua seu plenilúnio, sábio e nobre de caráter e se elevará a uma posição de
influência e bem-aventurança. A realização, seja qual for, é a coroa do
esforço, o diadema do pensamento.» (Ibid.).
Vale a pena pensar, adequadamente: nos princípios,
valores e sentimentos mais nobres e puros; implementar tais reflexões na vida
real, porquanto: «Em todos os
empreendimentos humanos há esforços e há resultados; a potência do esforço é a
medida do resultado. Oportunidade é que não é. Os “dons”, poderes, bens
materiais, intelectuais e espirituais são os frutos do esforço; são os
pensamentos concluídos, metas alcançadas, visões realizadas. A visão que se
glorifica na mente, o Ideal entronizado no coração – com isto construirá sua
vida, é nisto que vai se tornar» (Ibid.:136).
Bibliografia.
MANDINO, Og., (1982). A Universidade do Sucesso. 2ª Edição. Trad.
Eugênia Loureiro. Rio de Janeiro, RJ: Editora Record.
Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
Telefone:
00351 936 400 689
Imprensa
Escrita Local:
Jornal:
“O Caminhense”
Jornal:
“A Nossa Gente”
Jornal:
“Terra e Mar”
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