A “navegação”
que a maioria das pessoas faz durante a vida tem como principal “rumo” um “porto” denominado sucesso. Neste imenso mar da vida, nem toda a
gente consegue o êxito que deseja e, por vários motivos: dificuldades de automotivação;
acidentes de percurso de vária ordem; doenças; falta de apoio psicológico,
moral e também material; indefinição quanto aos objetivos a alcançar, baixa
autoestima, entre outras circunstâncias.
O sucesso, qualquer que seja a sua natureza,
material ou imaterial, projetos a implementar, objetivos a atingir, meios a
utilizar, em parte depende sempre da pessoa, das expectativas criadas de
contrário: «Infeliz do homem com uma
visão mesquinha do sucesso. Na verdade o sucesso exige uma interpretação abrangente
e se complementa na realização dos elevados objetivos da vocação humana,
materializada na missão idealizadora em conquistas justas e honestas,
respeitados os anseios da sobrenaturalidade. Para alcançar cada vez mais o
sucesso, é necessário acreditar na capacidade que cada um tem e da forma
específica» (FRANCESCHINI, 1996:11).
Um dos rumos do sucesso poderá ser o que conduz à
felicidade, definindo primeiro o seu conceito, porque este valor, a que todas
as pessoas aspiram, não será realmente igual para todas elas, podendo, embora,
partir-se de uma noção elementar que aponta a felicidade como um estado de
espírito livre de tristezas e estar de bem consigo próprio.
Na verdade:
«Iremos encontrar dificuldades para compreender bem a felicidade, se fizermos com
ela uma ligação direta de prazer. Seria muito superficial afirmar que são
falsas aquelas ideias que consideram como fontes da felicidade condições
humanas essenciais para que o homem possa viver bem. É claro que dentre dessas
fontes, temos a saúde, o dinheiro, os bens e várias outras condições que nos
proporcionam prazer como viagens, lazer, convivência familiar, farta
alimentação, entre outras» (Ibid.:21).
Analisar a felicidade, apenas na perspectiva
material, pode não ser suficiente para se chegar a um bom porto, porque, por si
só, isso não constituirá o sucesso pleno, de resto: «aqueles que colocam as fontes da felicidade só e unicamente nessas
coisas materiais e FINITAS sempre terão dentro de si um vazio que corresponde
ao lugar reservado à efetiva e completa felicidade.» (Ibid.:23).
É claro que os rumos do sucesso são muitos e
variados, dependendo de cada pessoa estabelecer, para si própria, o que quer
obter da vida, com êxito e depois lutar com todos os meios ao seu alcance,
devendo saber, todavia, que em absoluto será muito difícil atingir os
objetivos, previamente definidos, que tanto podem ser em contexto material e/ou
imaterial.
Quaisquer que sejam os projetos de vida, vai ser
sempre necessário uma boa dose de tranquilidade, de equilíbrio e conseguir
estabelecer a concórdia na sociedade, o que poderá transformar-se, igualmente,
num rumo de vida com destino ao sucesso, porque vai ter mais possibilidades de
viver longos anos e, eventualmente, concretizar muitos projetos.
Em bom rigor tudo indica que: «O homem que consegue apresentar-se agradável e alegre disposição de
espírito, mesmo diante das adversidades da vida, é, sem dúvida, um felizardo e
sério candidato à longevidade, além de ser uma grande influência benéfica no
bom relacionamento humano caracterizado em importante parâmetro na arte de bem
viver.» (Ibid.:25).
Admite-se que muitas pessoas tenham atingido um
sucesso relativo, por via dos seus projetos mais modestos e, dentre estes,
aqueles que são de natureza imaterial e que, talvez, não exigem grande esforço
pessoal. Não será, necessariamente, obrigatório que se lute por um sucesso
grandioso, a partir de um projeto megalómano, porque será sempre essencial
desenvolver alguma atividade, para se alcançarem os respetivos resultados
positivos.
O sucesso é incompatível com a paralisação do
sujeito: «O homem não pode permanecer
estagnado no seu crescimento interior e, com isso, transformar todos os seus
valores em desespero, continuar a sofrer, exercer atividades destrutivas com
uma visão de vida amorfa e mórbida. O homem não deve manter a sua vida nesse
vácuo mental dilacerante e doentio.» (Ibid.:30).
Aguardar,
indefinidamente, que o sucesso “bata à
porta” ou “caia do céu” é uma
atitude que, a curto prazo, poderá conduzir a uma situação de irreversível apatia
e se assim acontecer o rumo só transportar para à inoperância, à alienação
física e mental, ao desânimo e, finalmente, ao fracasso.
É sabido que: «O desânimo é desgastante e com tamanha
força corrosiva no viver que enfraquece e derrota qualquer projeto de vida, por
mais fascinante que ele seja. Aliás, elaborar esse projeto já fica difícil para
o desanimado. Além de abalar a resistência física, o desânimo amarrota e
dilacera o psiquismo. O desânimo é exatamente a programação ou a reprogramação
mental negativa» (Ibid.:33).
Os rumos para o sucesso
não podem, portanto, comportar atitudes de hesitação, receio, baixa autoestima,
desmotivação, pelo contrário para se vencer nesta “navegação” difícil, incerta e, quantas vezes, arriscada, é
necessário ter bastante coragem, determinação e interiorizar-se muito bem os
objetivos e os recursos a utilizar-se.
O êxito é algo que poderá
estar acessível a qualquer pessoa desde que ela deseje lutar por esse
desiderato, e que à partida saiba muito bem com o que pode contar, sendo,
igualmente, certo que também há quem considere sucesso: ter uma vida
equilibrada, sem sobressaltos; ter um emprego estável e algumas economias para
combater a doença e outras situações. Nesta perspectiva, pode tratar-se de um
sucesso de boas rotinas, algo linear e muito pouco reconhecido pela sociedade.
Qualquer rumo para o
sucesso implicará sempre tomada de decisão, ação, entusiasmo porque: «É preciso agir e cair na real. É
fundamental entender que todos têm capacidade para alcançar muitas vitórias.
Todos têm capacidade para tanto e todos são destinados para o sucesso integral,
para viverem equilibrada e gostosamente. É fundamental ir em busca de soluções
e recorrer ao auxílio profissional adequado, se assim for necessário. O que não
pode é ficar estático, parado e sem ação, esperando as coisas acontecerem e
surgirem como por encanto.» (Ibid.:34).
Há quem identifique
sucesso com a sorte, e outros, ainda, afirmam que a “sorte dá muito trabalho”. Na verdade os dois conceitos são muito
simples, porque o êxito, em qualquer atividade ou projeto, vai depender de
diversas condicionantes e, certamente, um pouco de sorte com muito trabalho e
algum apoio, vão permitir conseguir-se melhores resultados, sem dúvida.
Lutar pelo sucesso, ao
longo da vida, deverá ser um dos principais objetivos de qualquer pessoa, na
medida em que: «Não importa quantas vezes
falhamos. Importa as vezes que acertamos. Lembremos que uma das novas atitudes
a aprender é focar a atenção sobre o sucesso, sobre o bom, sobre o perfeito. O
erro, o medo, o fracasso e o limite são estranhos à nossa realidade verdadeira.
São esses que estão a mais, são os intrusos que deixamos entrar para nos
destabilizar.» (FERREIRA, 2002:218).
Se é certo que ninguém
deseja o fracasso, que se evita errar, também é verdade que quando assim
acontece, isso funciona, em muitas pessoas como um estímulo, no sentido de não
desistir e tentar tudo por tudo para que o sucesso não lhe escape. Claro que
para outras pessoas, o fracasso conduz ao desânimo e ao abandono dos projetos,
podendo, inclusivamente, levar a situações drásticas e irreversíveis.
Quem busca o sucesso em
sua vida não pode (e não deve) viver com pensamentos negativos, que nada
beneficiam os resultados positivos que se desejam alcançar, a partir de um
determinado projeto de vida, ou de uma atividade que se pretende desenvolver
até se atingir o topo da respetiva carreira profissional.
O êxito exige, quase
sempre, sacrifícios, determinação e apoios vários, até porque, hoje em dia,
ninguém consegue fazer o que quer que seja isoladamente. Assim: «O sucesso, é claro, depende do esforço de
cada um no exercício efetivo das atividades mentais, fundamentalmente na
vivência dos seis conceitos básicos – paz, carinho, compreensão, humildade,
amor, perdão – que solidificam o amor e desembocam na PAZ, viga mestra para a
harmonia social e condição básica para alcançar o grande ideal de todos: a
eternidade.» (FRANCESCHINI, 1996:42).
Adotando conceitos
descodificados, e o mais simples possíveis, pode-se aceitar que de facto: o sucesso,
seja ele qual for, é um bem que tanto pode ser material como imaterial; exige
atitudes firmes, pensamentos positivos e clarividentes; pressupõe uma relação
com outras pessoas e situações que intervêm direta ou indiretamente; postula a
existência de um projeto bem delineado e que seja exequível; envolve alguma
dose de sorte; utilização de recursos variados e apropriados e uma grande força
de vontade, conjugada com muito trabalho; o sucesso, raramente “bate à porta” de alguém e, dificilmente,
“cai do céu”, dentro de uma “bandeja
de prata”.
Bibliografia.
FERREIRA, Maria Isabel,
(2002). A Fonte do Sucesso. Cascais: Pergaminho.
FRANCESCHINI,
Válter, (1996). Os Caminhos do Sucesso. 2ª Edição, Revista e Ampliada. São
Paulo: Scortecci.
Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
Telefone:
00351 936 400 689
Imprensa
Escrita Local:
Jornal: “O
Caminhense”
Jornal: “Terra
e Mar”
Blog Pessoal: http://diamantinobartolo.blogspot.com
Portugal: http://www.caminha2000.com (Link’s
Cidadania e Tribuna)
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