É normal que qualquer
pessoa, minimamente consciente quanto ao seu bem-estar, se preocupe com o
futuro, que deseje o melhor: para si própria; para os seus entres queridos e
amigos verdadeiros. A busca incessante para alcançar uma vida condigna, com
sucesso material e imaterial, constitui, assim, um caminho a percorrer ao longo
da sua existência.
Trata-se, portanto, de
preparar o melhor possível, um futuro promissor e, apesar de ser bastante
difícil que alguém possa predizer o que vai acontecer no dia seguinte, a
verdade é que é necessário ter ideias claras, projetos que sejam aceitáveis e
razoavelmente exequíveis, porque de contrário a vida será uma rotina de vazios
e inutilidades.
O futuro apresenta-se
cada vez mais próximo, hoje mesmo ainda temos o futuro, que se impõe em
diversas atividades e contextos: «Portanto,
estaremos percorrendo, de maneira cada vez mais veloz, uma estrada que
conhecemos cada vez menos. Por isso mesmo, antecipar os cenários futuros em uma
distância consistente de tempo será um atributo não teórico, mas ligado ao
verdadeiro diferencial competitivo das organizações. (e das pessoas,
sublinhado meu)» (VIANA &
VELASCO, 1998:163).
Preparar o futuro
significa atualização permanente, em vários domínios e, desde logo, no que
concerne a conhecimentos, experiências e tecnologias práticas, o que pressupõe
estudo, investigação e investimento. As teorias e os paradigmas são
substituídos a um ritmo alucinante, dir-se-ia que em cada dois anos a
desatualização pode atingir os cinquenta por cento, se não houver o cuidado de
acompanhamento permanente da evolução científica e tecnológica.
Por exemplo, se se
analisar a preparação do futuro, no mundo dos negócios pode-se constatar que: «A conjugação e a intermultiplicação das
cinco grandes evoluções do momento – telemática, globalização, país real do
real, gestão e organização e natureza humana, somadas a outras tantas
sub-revoluções ou levantes – ética, maturidade da população, violência, tráfico
de drogas, dualização da sociedade, ecologia –, mudarão drasticamente o rumo
dos negócios nos próximos anos.» (Ibid.:166).
E se para os mais
supersticiosos o adágio popular, segundo o qual: “o futuro a Deus pertence” é uma realidade, outro tanto não se
verifica com os audaciosos, porque estes, efetivamente, de forma relativamente
organizada, preparam o futuro, inclusive, e se possível, já para hoje, embora
saibam que certos projetos, carreiras profissionais, profissões liberais, entre
outras, levam o seu tempo para atingir o topo e a respetiva consolidação.
Como quer que seja, o
futuro pode e deve ser preparado, principalmente por quem e para quem não está
acomodado a uma qualquer “situação” de pouca relevância, ou à espera que tudo
aconteça, como que por milagre. Acredita-se que a maioria das pessoas, mesmo
aquelas mais conformadas, faz alguma coisa pelo futuro, até porque a vida tem
de ser minimamente programada e, se possível, com alguma antecedência.
Quando procuramos
elaborar previsões para o futuro, certamente que desejamos os melhores resultados,
de tal forma que possa haver superação das expectativas iniciais e na verdade: «Quanto mais trabalhamos na estratégia e no
planejamento das organizações (e também das pessoas, sublinhado meu), mais chegamos à conclusão de que a arte
de antecipar fatos futuros é um fator crítico de sucesso na construção de uma
trajetória sustentada de longo prazo para as organizações. Acertar a direção do
futuro passa a ser uma diferenciação efetiva para as organizações criarem o
sucesso desejado.» (Ibid.:175-76).
O futuro, realmente, não
se adivinha, mas em circunstâncias muito específicas, e favoráveis, é possível
prever, porque mediante a reunião de certas causas, os respetivos efeitos são
praticamente conhecidos, com alguma antecedência, o mesmo será dizer que se
cada pessoa iniciar um determinado projeto de vida, é expectável que espere
determinados resultados a curto, médio e longo prazo.
É provável que grande
parte das pessoas, organizações, comunidades e países se preparem
constantemente para o futuro, até porque só assim é que o progresso científico
e tecnológico têm condições para evoluir. O futuro não se prepara na estagnação
e muito menos com retrocessos negativos. O futuro prepara-se, dinamicamente, no
presente, recorrendo ao passado sempre que com ele se possa extrair algo que
interessa, para melhorar procedimentos, projetos e resultados.
Analisar a preparação do
futuro, numa perspectiva individual, implica identificar alguns traços de
personalidade, para se chegar a eventuais conclusões sobre as possibilidades de
sucesso. Assim, reconhece-se que é fundamental que os indivíduos: «Gostam de si próprios – Têm auto-estima
elevada e consideram-se mais éticos, mais inteligentes, menos preconceituosos,
mais sociáveis e mais saudáveis que a maioria. Sentem-se capazes de controlar
suas próprias vidas – muito confiantes, são melhores na escola, realizam mais
trabalho e lidam melhor com o stresse. (…) São otimistas – (…) pessoas
positivas enfrentam sempre os novos empreendimentos com confiança e são, em
geral, mais saudáveis, felizes e bem-sucedidos. São extrovertidos –
independentemente de viver sozinhos ou não, no campo ou em cidades, em trabalho
solitário ou em equipes, são mais felizes do que os introvertidos.»
(Ibid.:143).
Naturalmente que as
características psicológicas, e também físicas, de uma pessoa constituem
fatores favoráveis à elaboração, planeamento e concretização de projetos de
vida, e que estes possam ter melhores condições de sucesso, porque a
autoconfiança gera segurança, otimismo e determinação, alimentando,
inclusivamente, um estado de espírito de felicidade.
Tudo indica que: «Hoje, experiências comprovam que, ao agir
como se fossem dotados de elevada auto-estima, os indivíduos acabam
desenvolvendo um melhor sentimento sobre si mesmos. No mundo do futuro, em que
o ser humano será cada vez mais valorizado, o domínio dos mecanismos que levam
à felicidade será prioritário e percebido como um verdadeiro fator crítico de
sucesso de vida. Nestes novos tempos, ser bem-sucedido estará intrinsecamente
vinculado a ser feliz.» (Ibid.).
Quando se invoca a
necessidade de preparar o futuro, seguramente que se pensa em muitas situações:
sejam de natureza material; sejam de ordem imaterial, no sentido de se
conseguir os melhores resultados e aqui se inclui, também, determinados valores
e sentimentos, nos quais se podem integrar, realmente, a felicidade,
independentemente do conceito que dela se tiver.
Um futuro de incertezas,
de fracassos e de infelicidade, obviamente que ninguém o deseja, mas para que
tal não aconteça é necessário que cada pessoa se rodeie das melhores ideias,
dos apoios mais concretos e dos colaboradores certos, até porque não será
conveniente que se prepare o futuro isoladamente, por isso é muito importante a
troca de impressões com pessoas de total confiança e que, acima de tudo, nos
queiram bem.
Na preparação do futuro,
não se pode ignorar esse valor fundamental para a vida, e que é a felicidade.
De pouco adiantará ter imensos sucessos materiais se não se desfrutar da
felicidade, porque mesmo que o conceito seja maioritariamente no domínio
material, haverá sempre um espaço que terá de ser preenchido com outras
situações, valores e sentimentos, tais como a saúde, o amor/amizade sinceros, a
solidariedade, a lealdade, a gratidão, a justiça, a paz, entre outros e, talvez
por isso mesmo, seja difícil viver com total felicidade.
Poder-se-á afirmar que
não haverá grandes segredos para se viver com felicidade, e que, por exemplo: «O perdão é, sem dúvida, a porta de entrada
no grande espaço da harmonia e da felicidade humana. Quem perdoa efetivamente
traz em seu coração o selo marcante da mensagem cristã. Suas palavras encontram
ressonância de valor eficaz nas suas ações, que enaltecem e dignificam os
homens.» (FRANCESCHINI, 1996:138).
Na preparação do futuro,
e ao implementar-se no terreno um projeto que foi elaborado com determinados
objetivos, é muito provável que nem tudo resulte como planeado. É, igualmente,
possível que se cometam erros, mas não convém ignorar que: «Errar é humano e são essas experiências, muitas vez, até importantes
para o efetivo crescimento humano, pois os erros são trampolins para o sucesso
em todos os sentidos e norteiam os caminhos próprios e mais indicados para as
conquistas da alegria de viver.» (Ibid.).
Preparar o futuro envolve
riscos, exige maturidade, responsabilidade, pressupõe conhecimentos e
experiências, para se avançar com alguma segurança e obterem-se resultados
positivos: tanto para a própria pessoa; como também para uma instituição e
outras pessoas, eventualmente envolvidas. E se o futuro: “a Deus pertence” o homem já tem algumas hipóteses de prever
diversas situações e em função delas, melhorar sempre os seus projetos, com
elevada auto-estima e respeito por si próprio. “O homem sonha, Deus quer e a obra nasce”.
Bibliografia.
FRANCESCHINI,
Válter, (1996). Os Caminhos do Sucesso. 2ª Edição, Revista e Ampliada. São
Paulo: Scortecci.
VIANA,
Marco Aurélio Ferreira, & VELASCO, Sérgio Duarte, (1998). Futuro:
Prepara-se. Cenários e Tendências para um Mundo de Oportunidades. 3ª Edição.
São Paulo: Editora Gente.
Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
Telefone:
00351 936 400 689
Imprensa
Escrita Local:
Jornal:
“O Caminhense”
Jornal:
“A Nossa Gente”
Jornal:
“Terra e Mar”
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