domingo, 9 de janeiro de 2022

Paz e Felicidade, carecem dos valores ético-humanos

Quem neste mundo global, cada vez mais pequeno, pensar que tudo pode fazer, sem que daí resultem consequências, provavelmente, não só estará a fazer uma avaliação incorreta, como também, a ignorar, propositadamente, ou não, que haverá reflexos negativos, ou positivos, resultantes das decisões e dos atos que se lhes seguem.

Com esta lógica, não será descabido extrapolar para as organizações e os próprios Estados/Governos, ou seja: quando tais organismos optam por determinadas soluções, para um dado problema, mais ou menos específico, devem ter em conta que poderá haver repercussões, em setores afins, a montante e/ou a jusante, da situação que deu origem à tomada de uma certa posição.

Na verdade, é cada vez mais frequente que: «Qualquer ato de envergadura numa parte do Planeta repercute-se no todo em termos económicos, ecológicos, sociais e culturais. Até o crime e a violência se globalizam. Por isso, nenhum governo pode atuar à margem de uma responsabilidade comum. Se queremos realmente uma mudança positiva temos de assumir humildemente a nossa interdependência, ou seja, nossa sã interdependência.» (PAPA FRANCISCO, 2016 :113).

Este meritório processo, para a restauração da Paz e da Felicidade, tem de ser assumido por todas as pessoas que desejam, sinceramente, vivenciar aqueles valores e, nesse sentido, devem unir esforços, ”lutar” contra quem persiste na manutenção da guerra e da infelicidade, porque os bens supremos, a que todo o ser humano tem direito, para além dos dois já mencionados, não lhes podem ser negados: saúde, trabalho, educação, formação, habitação, assistência médica e medicamentosa, velhice tranquila e desafogada, a par da liberdade, da democracia, do desenvolvimento, a estes se adicionando, ainda, outros valores cívicos, éticos e morais, que são parte integrante da dignidade da pessoa humana.

É perfeitamente aceitável, e indiscutível, que a esmagadora maioria das pessoas, em todo o mundo, prefira e aspire à suprema elevação: da Dignidade, da Paz e da Felicidade, até porque: «Cada um de nós é apenas uma parte de um todo complexo e diversificado interagindo no tempo: povos que lutam por uma afirmação, por um destino, por viver com dignidade, por “viver bem” (…). Quando olhamos o rosto dos que sofrem, o rosto do camponês ameaçado, do trabalhador excluído, do indígena oprimido, da família sem teto, do imigrante perseguido,  do jovem desempregado, da criança explorada, da mãe que perdeu o seu filho num tiroteio porque o bairro foi tomado pelo narcotráfico, do pai que perdeu a sua filha porque foi sujeita à escravidão; quando recordamos estes “rostos e estes nomes”, estremecem-nos as entranhas diante de tanto sofrimento e comovemo-nos, todos nos comovemos …» (Ibid.:107-108).

É imperioso refletir no que se acaba de transcrever, tanto mais urgente, quanto é certo que a referida análise parte de uma das figuras mais proeminentes no mundo atual, como é Sua Santidade  o Papa Francisco o qual, com toda a sua sabedoria, fé, humildade, compaixão e benevolência, não se cansa de apelar  a todos os responsáveis, para elegerem a oração, a paz, a felicidade e o bem-comum, como os principais pilares desta casa que é e todos, mas que nela estamos de passagem, muito rápida, por muito longa que a alguns pareça.

A irracionalidade que existe na maior parte da restante criação, está mais relacionada com o instinto de sobrevivência e de defesa, pelo menos tanto quanto a ciência e o conhecimento nos é dado perceber. Na pessoa humana, em particular; e na sociedade, em geral, existem outros mecanismos, tais como a inteligência, a racionalidade, o bom-senso que deveriam conduzir à Paz e à Felicidade dos povos, sem reservas e consolidadamente.

Neste dia de Ano Novo de 2022 e também dia mundial da Paz, é impossível ignorar a tragédia pandémica que se abateu sobre o mundo, logo no início de 2020. Na verdade, o  novo “coronavírus SARS-CoV-2 - Covid-19”, assim denominada esta grave epidemia, abalou fortemente o Universo. Os infetados, hospitalizados e falecidos, atingiu números nunca antes pensados. Portugal regista nesta quadra natalícia e de Ano Novo números preocupantes, embora controlados. Assim, ao aproximarmo-nos do final do não (29.12.2021), registam-se os seguintes números:  Total de ativos infetados, 136.020; recuperados, 1.175.217; óbitos, 18.921; confirmados, 1.330.158. Total de testes, 25.760.643; vacinas administradas, 15.212.273, (Fonte, DGS).

Em bom rigor: «Todos os temas por mais espinhosos que sejam, tem soluções compartilháveis, têm soluções razoáveis, equitativas e duradouras. E, em todo o caso, nunca devem ser motivo de agressividade, rancor ou inimizade, que agravam mais a situação e tornam mais difícil a sua solução.» (Ibid.:122). Por tudo isto a Paz e a Felicidade são suscetíveis de restauração, moderna e axiologicamente atualizadas.

 

Bibliografia.

 

PAPA FRANCISCO (2016). Proteger a Criação. Reflexões sobre o Estado do Mundo. 1ª Edição. Tradução, Libreria Editrice Vaticana (texto) e Maria do Rosário de Castro Pernas (Introdução e Cronologia), Amadora-Portugal:20/20 Nascente Editora.

 

«Protejam-se. Vamos vencer o vírus. Cuidem de vós. Cuidem de todos». Cumpram, rigorosamente, as instruções das autoridades competentes. Estamos todos de passagem, e no mesmo barco chamado: “Planeta Terra”, de onde todos, mais tarde ou mais cedo, partiremos, de mãos vazias!!! Tenhamos a HUMILDADE de nos perdoarmos uns aos outros, porque será o único “CAPITAL” que deixaremos aos vindouros: “O PERDÃO”. 

 

Alimentemos o nosso espírito com a ORAÇÃO e a bela música:

https://youtu.be/Z7pFwsX6UVc  https://youtu.be/DdOEpfypWQA

 

https://youtu.be/RY2HDpAMqEoo  https://youtu.be/-EjzaaNM0iw    https://youtu.be/PRFkpwcuS90  https://youtu.be/Z7pFwsX6UVc  https://www.youtube.com/watch?v=RCDk-Bqxfdc  https://www.youtube.com/watch?v=ispB4WbcRhg

 

 

Venade/Caminha – Portugal, 2021

Com o protesto da minha permanente GRATIDÃO

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal

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