domingo, 16 de janeiro de 2022

SOLIDARIEDADE? Ninguém pode ficar par trás?

Primeiro quarto do século XXI, mais concretamente, ano de 2020, período de tempo que as gerações abaixo dos cem anos de idade, jamais esquecerão. É partir de março, deste ano fatídico, mantendo-se e, possivelmente, prosseguindo, sabe-se lá até quando, que esta monstruosa pandemia vem infetando e matando milhões de pessoas, desconhecendo, até agora, quantas vão ficar inválidas.

Assim, à data de 6 de janeiro de 2022, a nível mundial, a estatística apontava para os seguintes valores: infetados: 305 191 603; óbitos, 5 484 782; doses de vacinas aplicadas, 9 371 326 391; Pessoas totalmente vacinadas 3 919 932 851. Números aterradores sem dúvida e que, infelizmente não param de aumentar. Em Portugal, a 13 de janeirode2022, os números são alarmantes, ainda que, segundo os especialistas, a nova variante ómicron, apesar de mais agressiva, não tem sido tão letal, graças à vacinação massiva da população: «Total de casos,1.774.477; ativos, 286.965; recuperados, 1.468.309; óbitos,19.203. (Dados fornecidos pela Direção Geral de Saúde)»

(in: https://www.rtp.pt/noticias/pais/a-evolucao-da-covid-19-em-portugal_i1213879  

Confrontamo-nos com uma pandemia, que só as pessoas que nasceram antes de 1918, poderão ter uma muito vaga ideia, relativamente a idêntico fenómeno, ocorrido em Espanha, precisamente naquele ano, e que se prolongou, praticamente, até 1920. Atualmente, o mundo, no seu todo, está a sofrer horrivelmente.

Portugal tem vindo a lutar contra um “inimigo invisível”, ao qual lhe foi dado o nome de “COVID-19”. O país, tal como a esmagadora maioria dos que foram atingidos, não estaria suficientemente preparado para esta guerra pandémica. É compreensível, que se tenha perdido algum tempo na organização dos preparativos, para se receber os primeiros doentes COVID, assim se passaram a designar estes pacientes, muitos dos quais entravam, quase de imediato, para os cuidados intensivos, e daqui para uma de duas situações:  a) recuperados e regresso a casa; b) mortos, para os cemitérios e crematórios, sem direito ao último adeus dos familiares e um acompanhamento fúnebre de menos de uma dezena de pessoas.

As urnas, fechadas nas morgues dos hospitais, não eram mais abertas, e poderia não haver a certeza absoluta, de que aquela pessoa seria, de facto, um familiar de quem aguardava a entrega do corpo do seu ente querido, por isso se defende que os caixões deveriam ter uma abertura, por exemplo em acrílico, em frente ao rosto do cadáver, para poder ser reconhecido pela família.

Algumas dificuldades, na entrega dos corpos têm acontecido, dada a quantidade de mortes diárias, que então se verificava (2020), mas um facto, demasiado cruel terá ocorrido à época: Duas senhoras terão dado entrada no hospital. As identificações estavam trocadas. Uma delas viria a falecer e o facto comunicado à família que, depois do velório, sem ter visto o corpo, ordenou a cremação. Entretanto, a senhora que supostamente teria falecido, afinal estava viva, o que motivou uma grande alegria à família. A certidão de óbito terá sido emitida a esta pessoa que, afinal, estava viva. As cinzas de senhora que foi cremada, foram devolvidas à família verdadeira. Agora há toda uma questão jurídica para resolver, possivelmente, no Ministério Público. Responsáveis por esta troca de identidade, quem são? Porque razão as urnas são entregues fechadas e não têm um espaço, na tampa, ao menos para se ver o rosto da pessoa falecida?

Um outro aspecto muito preocupante, reporta-se a situações de doentes com diversas patologias: cancerosos, diabéticos, epiléticos, obesidade, doença pulmonar obstrutiva Crónica, doenças cardiovasculares, doenças do foro neurológico, hipertensão, asma, doenças reumáticas, visão, entre outras, que não estarão a ser acompanhados com a rapidez e assiduidade que as mesmas exigem.

A desprogramação das atividades ditas normais, inclusive as consultas de rotina, e/ou, de urgência estão com atrasos da ordem de alguns meses, o que conduz à morte de muitos dos doentes, que aguardavam uma consulta, uma intervenção cirúrgica ou uma simples prescrição de medicação.

Neste tempo “pandémico”, em que milhares de profissionais de saúde, forças armadas e de segurança, autarquias, bombeiros, cidadãos voluntários, que ajudam no que podem e sabem, todos estão na denominada “linha da frente”, embora uns mais expostos do que outros: médicos, enfermeiros, técnicos de diagnóstico, assistentes operacionais,  que lidam com os doentes, diariamente, e, muitos profissionais, acabam, também eles, por serem infetados, transmitindo às próprias famílias a doença e, mais ainda, muitos destes “heróis”, desta linha da frente, sucumbem à doença.

Algo mais, as entidades competentes têm e devem fazer, para a salvaguarda do maior número possível de pessoas infetadas pelo COVID-19, como ainda por aqueles cidadãos, com diversas patologias que aguardam há longos meses, uma intervenção do Serviço Nacional de Saúde, porque, efetivamente, “ninguém pode ficar para trás”, embora se assista, quase diariamente, que muitas destas pessoas, acabam por falecer, nas suas próprias residências, precisamente, porque, afinal, “ficaram mesmo para trás”, por falta de assistência médica, medicamentosa ou intervenção cirúrgica atempada.

«Protejam-se. Vamos vencer o vírus. Cuidem de vós. Cuidem de todos». Cumpram, rigorosamente, as instruções das autoridades competentes. Estamos todos de passagem, e no mesmo barco chamado: “Planeta Terra”, de onde todos, mais tarde ou mais cedo, partiremos, de mãos vazias!!! Tenhamos a HUMILDADE de nos perdoarmos uns aos outros, porque será o único “CAPITAL” que deixaremos aos vindouros: “O PERDÃO”. 

Alimentemos o nosso espírito com a ORAÇÃO e a bela música:

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Venade/Caminha – Portugal, 2022

Com o protesto da minha permanente GRATIDÃO

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal

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