sexta-feira, 12 de maio de 2023

Invocar Maria com Humildade e Gratidão

 Há momentos na vida de uma pessoa que, independentemente de convicções religiosas, mais intensas, ou não, percebe-se que existe uma outra dimensão, imaterial, metafísica que, no mínimo, nos leva a refletir sobre: o que realmente somos; o que estamos a fazer neste mundo terrestre; de onde viemos e para onde iremos pós-morte biológica? Questões que, de alguma forma, nos intrigam e nos deixam algo inseguros, porque nos faltam as “certezas rigorosas e técnicas”, a chamada “verdade científica”.

 

No presente ano de 2023 e, mais concretamente, a treze de maio, celebram-se os cento e seis anos da primeira aparição de Nossa Senhora de Fátima, aos Pastorinhos, na Cova da Iria, em Fátima. Há quem acredite, quem duvide, quem não acredite, ou este tema lhe seja indiferente. Obviamente que se respeitam todas as posições, como de igual modo se pede que reverenciem as convicções daquelas pessoas crentes que, sem quaisquer dúvidas, aceitam as Aparições de Fátima.

 

Nesta reflexão, comemorativa de uma data tão importante para os crentes católicos, permitam-me analisar o evento pela perspetiva da Fé em Deus, através de Nossa Senhora de Fátima, na medida em que: «Fátima é uma das manifestações mais espetaculares da presença de Deus na História da Humanidade ao longo do século XX e com uma clara projecção para o nosso século XXI. Estamos perante um acontecimento que, quer queiramos quer não, faz parte da nossa memória coletiva e da nossa História não só nacional, mas do mundo. A História da Igreja em Portugal, a História de Portugal e mesmo a História Universal não podem ser escritas sem fazer uma referência a Fátima.» (TRINDADE, Manuel de Almeida (Bispo Emérito de Aveiro), in: CARVALHO, 2017:21).

 

Escamotear, ridicularizar, denegrir e humilhar os crentes cristãos, por estes vivenciarem, intensa e publicamente, a Fé em Nossa Senhora de Fátima, parece configurar uma atitude, incompreensivelmente, preconceituosa, de alegada e infundamentada superioridade racional, como, ainda, para algumas destas pessoas, entenderem que possuem um coeficiente intelectual muito elevado, quando, em boa verdade, no seio da população mundial crente, se multiplicam, precisamente, pessoas do mais alto nível racional e intelectivo, ocupando, na sociedade,  posições de imensa responsabilidade, a que ascenderam, justamente, pelas suas inigualáveis capacidades: inatas e adquiridas; pelas competências profissionais e pelas dimensões pessoais: seja no âmbito material; seja no círculo mais íntimo da espiritualidade.

 

Invocar Maria, todos os dias do ano, todos os segundos da nossa vida, revela humildade, fragilidade humana para a qual pedimos, incessantemente, proteção, porque se a “Fé é que nos salva”, então devemos ser coerentes e não nos recordarmos d’Ela, apenas, quando estamos aflitos, de resto como refere o aforismo popular: “Só nos lembrarmos de Santa Bárbara quando troveja”.

 

A dimensão espiritual da pessoa humana, revela-se em todos os momentos da vida, mesmo naquelas criaturas não-crentes, porque sendo elas, igualmente racionais, inteligentes e pensantes, reconhecem, ainda que para si próprias, que existe “Algo” para além de toda a materialidade de que se compõe o corpo humano, e tudo o que o rodeia.

 

Nesta dimensão espiritual, a figura santificada de Nossa Senhora de Fátima, é incontornável, e pode-se considerar que o seu Santuário, é um dos mais visitados do mundo, com uma afluência de peregrinos impressionante. Fátima, “arrasta” multidões de todas as idades, etnias, estatutos, condições socioprofissionais, crentes de todo o mundo, muitos dos quais têm um sonho na vida: visitar este simples, mas imponente, “Altar do Mundo”, o Santuário de Nossa Senhora de Fátima, em Portugal.

 

Com efeito: «É evidente que Fátima tem uma importância especial, única, que não têm outros Santuários. A importância de Fátima deriva da importância da Mensagem, que é, antes de mais, um apelo à fé. Num mundo em que a fé está a desaparecer, em que os ateus aumentam, é um apelo ao mundo de hoje para viver a fé que os cristãos professam, não só teoricamente, mas concreta, vivida, existencial.» (MARTINS, D. José Saraiva, Prefeito Emérito da Congregação Para as Causas dos Santos, 2016, in: CARVALHO, 2017:117-118).

 

É justo invocar aqui alguns Santuários Marianos no mundo, igualmente muito importantes:

 

A devoção a Nossa Senhora de Fátima, em Portugal, surgiu em 1917 quando três pastorinhos (Lúcia, Francisco e Jacinta) avistaram a Virgem sob uma grande árvore. Um pedido especial, entre tantos: a oração do terço. Desde então a pequena vila tornou-se um local de peregrinação de fiéis do mundo inteiro.

 

«Santuário de Nossa Senhora Aparecida é o maior templo católico do Brasil e o segundo maior do mundo, atrás apenas da Basílica de São Pedro, no Vaticano. É dedicada à Virgem Aparecida, hoje padroeira do país, cuja imagem de terracota foi encontrada por pescadores no Rio Paraíba, em 1717. Hoje atrai milhares de fiéis ao interior paulista, no Vale do Paraíba, que vão em busca de curas e agradecimentos.

 

Na França, a devoção Mariana está no Santuário de Nossa Senhora de Lourdes. Tudo começou com as aparições da Virgem Maria a uma menina muito simples chamada Bernadette Soubirous, em 1858. A jovem, que não sabia quem era a mulher que aparecia a ela, perguntou e obteve a resposta: era a Imaculada Conceição. Das mãos de Bernadette brotou uma fonte que jorra água até os dias de hoje e é local de muitas curas.

A Rainha da Paz é uma atribuição de Maria mais recente, surgida em 1981 na pequena vila de Medjugorge, na Bósnia-Herzegovina. É um local que recebe cada vez mais peregrinos, sendo considerada uma das mais famosas aparições do século XX. As crianças às quais a Virgem Maria apareceu ainda estão vivas e podem ser vistas frequentando o santuário. São chamadas de videntes e rezam junto com os fiéis.

 

Na Croácia, a devoção a Nossa Senhora é antiga. Relatos da presença de imagens da Virgem Maria em Marija Bistrica remontam ao século XVI. Hoje a devoção reúne centenas de milhares de peregrinos do mundo inteiro, inclusive brasileiros que têm descoberto o destino como parte do turismo religioso.

 

Nossa Senhora de Guadalupe é muito mais do que a principal devoção mexicana. É também a padroeira da América Latina. Seu santuário foi construído aos pés do monte Tepeyac, o principal da Cidade do México. Suas aparições foram para o índio Juan Diego, além de uma ao seu tio, Juan Bernardino, no início do século XVI.»

 

(in: http://www.terrasantabrasil.com.br/blog/1023/conheca-6-santuarios-marianos-importantes-pelo-mundo.html

 

Bibliografia.

 

CARVALHO, José, (2017). Francisco e Nossa Senhora. Um Amor Incondicional. S. Pedro, do Estoril: Prime Books

 

 

“NÃO, à violência das armas; SIM, ao diálogo criativo. As Regras, são simples, para se obter a PAZ”

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Venade/Caminha – Portugal, 2023

Com o protesto da minha permanente GRATIDÃO

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal

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