Luís António Verney era oriundo de uma família francesa. Nasceu em Lisboa em 1713, sendo desde logo de prever uma certa educação, justamente, à maneira francesa, beneficiando do apoio de professores particulares e, mais tarde, dos estudos dos jesuítas e dos oratorianos.
Formou-se
em Teologia pela Universidade de Évora em 1736, adquirindo várias orientações
pedagógicas a que tinha estado submetido, partindo nesse mesmo ano para o
estrangeiro.
Em
Roma empreende uma vastíssima obra para renovação de alguns aspetos culturais
em Portugal. A partir de 1758, as suas obras são subsidiadas pelo novo monarca
português, D. José. Em 1760, devido à rutura ocorrida entre a Santa Sé e a
corte portuguesa, todos os portugueses residentes em Roma devem retirar-se.
Verney instala-se então, em Pisa. Em 1765, a corte portuguesa lembra-se dele, entretanto esquecido, para o consultar sobre certos problemas políticos, que o envolvem numa correspondência extensa, mas não conseguindo, ainda, a publicação da sua obra.
Em 1768, voltam a lembrar-se dele, para missões meramente
políticas, as quais culminam com o seu desterro para San Meniato, em 1771.
Desterrado e desfeiteado pelo Marquês de Pombal, teve de esperar pela morte de D. José a fim de obter uma revisão da sua situação, que obtém, posteriormente, regressando a Roma e aqui virá a ser nomeado sócio da Academia de Ciências e deputado honorário da Mesa da Consciência e Ordens.
Morre em 1771, no silêncio
a que, entretanto, se tinha remetido. Este grande agitador de ideias foi
profundamente ignorado pelo Marquês de Pombal, não obstante este se ter servido
da sua obra pedagógica.
Luís
António Verney programou uma vastíssima obra, muito embora não tivesse
conseguido ver publicados todos os seus volumes. O programa da obra
pedagógico-filosófica-cultural, sob o título: “Verdadeiro Método de Estudar”,
na qual propõe uma reforma geral dos estudos portugueses preparatórios e
secundários.
Da
grande obra programada, conhecem-se alguns manuais: “De Orthographia Latina
Liber Singularis (1747); “Apparatus ad Philosophiam et Theologiam” (1751);
“Gramática Latina (1758). Como já foi referido, do seu programa bibliográfico
destaca-se, contudo, o “Verdadeiro Método de Estudar”, que se tentará analisar
a seguir, primeiro, numa perspectiva geral; depois, incidindo num capítulo
específico.
Bibliografia
VERNEY, Luís António, (1746).
Verdadeiro Método de Estudar, para ser útil à República e à Igreja. Cap. IX,
Carta XVI - Estudo das Mulheres. Valensa-Oficina de António Balle. Ano de
MDCCXLVI
ARRIAGA, José de, (1980). A
Filosofia Portuguesa. 1720-1820. História da Revolução Portuguesa de 1820.
Lisboa: Guimarães & Cª. Editores.
“NÃO,
ao ímpeto das armas; SIM, ao diálogo criativo/construtivo. Caminho para a PAZ”
https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=924397914665568&id=462386200866744
Venade/Caminha
– Portugal, 2024
Com o protesto
da minha permanente GRATIDÃO
Diamantino
Lourenço Rodrigues de Bártolo
Presidente Honorário
do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal
http://nalap.org/Directoria.aspx
http://diamantinobartolo.blogspot.com
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