A ideia de violência e a
certeza da sua existência são tão antigas como o homem; a sua constante e
frequente utilização, como processo de subordinação de uns em relação a outros,
pela força, remonta aos primórdios da humanidade. Quer os meios, quer os
efeitos, quer os objetivos aplicados ao uso da violência são vários, como
diversas são as justificações para a sua permanente ocorrência.
Resulta que a violência é
uma intervenção, a partir do exterior, de uma vontade humana, individual ou
coletiva, que tenta sobrepor-se a uma ordem estabelecida, de forma a alterar
uma situação, modificação de um comportamento, de pessoas ou grupos, ou ainda
para as coagir ou suprimir, implicando um projeto de coerção.
Entre muitos exemplos de
violência que se podem apontar, alguns bastam para a ilustrar: matança de
inocentes determinada por Herodes aquando do nascimento de Cristo; genocídio
dos judeus, ordenado por Hitler; torturas físicas e psicológicas aplicadas
pelas polícias políticas, para submeter os cidadãos à vontade do Poder;
instrumentalização ideológica, utilizada por certos grupos políticos, no
sentido de captarem a adesão dos eleitores para ideais e programas de difícil
aceitação espontânea e, por fim, o recurso à guerra para, alegadamente,
resolver situações, entre sociedades e civilizações.
Um outro grupo de
violências não se pode ignorar: pedofilia; tráfico de pessoas para fins de
exploração sexual e escravatura; comercialização de órgãos humanos; exploração
de crianças no trabalho infantil e na mendicidade organizada; agressões
domésticas várias; terrorismo; traficância e consumo de estupefacientes;
negociação de armas; assalto à mão-armada; raptos; homicídios; abuso de
poder.
A partir do conhecimento
de inúmeras ocorrências de violência, pode-se ficar com a ideia de que algum
tipo delas, até poderá ser uma forma de solução de diversos conflitos, tomados
como impossíveis de resolver de outro modo, e incapazes de permanecerem sem
solução.
Naturalmente que a
violência poderá ser abordada sobre dois aspetos: enquanto solução de alguns
conflitos, que de outro modo permanecem insolúveis e este seria, em parte, o
lado positivo; enquanto fonte de instabilidade e geradora do mal e, nesta
perspectiva, destacar-se-ia a face negativa da violência.
Genericamente
considerada, a violência ainda existe, de múltiplas e camufladas formas,
infelizmente, hoje tão em uso, desde logo, a partir das famílias e com uma
generalização que, por enquanto, não se vislumbra poder vir a reduzir-se
drasticamente, embora a situação, na maioria dos países democráticos, não se
possa considerar alarmante.
Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
E-mail: bartolo.profuniv@mail.pt
Blog Pessoal: http://diamantinobartolo.blogspot.com
Portugal: http://www.caminha2000.com
(Link’s Cidadania e Tribuna)
1 comentário:
REFERIDO TEXTO, APARENTEMENTE, NÃO EXPRESSA A SOLUÇÃO PARA O PROBLEMA DA VIOLÊNCIA NO MUNDO.
MAS TÃO SÓ APARENTEMENTE.
POIS QUE A SOLUÇÃO JÁ FORA DADA PELO REFERIDO E BRILHANTE AUTOR EM OUTRO TEXTO DE SUA AUTORIA DENOMINADO:
"CRIANÇAS: OS DIAMANTES DO MUNDO"
AQUI MESMO POSTADO.
VERIFICO, POIS, QUE REFERIDOS TEXTOS ESTÃO INTERLIGADOS POR UMA MESMA LINHA DE RACIOCÍNIO SOCIAL, FILOSÓFICO E ÉTICO, ESTANDO NESTE PLANO ÚLTIMO A SOLUÇÃO DE TODOS OS PROBLEMAS HUMANOS, OU SEJA: NA ÉTICA CRISTÃ DO EVANGELHO REDENTOR.
PARABÉNS AO ESTIMADO AMIGO BÁRTOLO A NOS CONTEMPLAR COM TÃO IMPORTANTES REFLEXÕES.
O AMIGO DE SEMPRE:
Fernando Rosemberg Patrocinio
Enviar um comentário