É difícil imaginar o mundo sem crianças,
(adolescentes e jovens), porque é incompreensível aceitar a extinção da
humanidade, aliás, uma das poucas espécies, se não mesmo a única que,
globalmente considerada, ainda não estará em extinção, pese embora a redução
demográfica de muitos países, a desertificação de muitas regiões e uma
crescente aglomeração junto dos litorais e grandes centros urbanos e respetivas
periferias.
As crianças são como o diamante puro, que precisam
de ser lapidadas (educadas, formadas, sensibilizadas), mas antes disso, é
necessário descobri-las, pelo único processo viável ao homem – fecundidade,
reprodução, nascimento, cuidados e formação –. Os incentivos ao aumento das
taxas de natalidade é, indiscutivelmente, a primeira medida que qualquer
governante responsável e com uma visão de um futuro melhor, para uma humanidade
envelhecida, deve tomar.
As crianças são um tesouro de valor inestimável
que, devidamente utilizadas, em todas as suas capacidades, contribuirão para a
riqueza das nações, justamente, através da sua educação e formação. A sociedade
contemporânea, pela atuação dos seus máximos representantes: políticos,
empresários, familiares, religiosos terão um papel preponderante na defesa das
crianças que, como se sabe, são vítimas das maiores atrocidades físicas,
psicológicas e morais.
Os países mais desenvolvidos têm, desde há várias
décadas, apostado tudo na educação e formação das crianças e dos jovens (também
dos adultos) e o que se verifica, sem grande esforço científico, é que nesses
países o nível e qualidade de vida da população são de excelência.
O investimento nas crianças é a melhor estratégia
para um mundo melhor, um futuro promissor que pode beneficiar a humanidade em
geral e muitos dos atuais responsáveis, aqueles que pertencem a gerações novas
mas já no poder, que se tiverem uma visão estratégica para a construção de uma
humanidade mais afetivista, investem numa educação com objetivos diferentes.
Uma nova filosofia para a educação implica estudo e
práticas filosóficas, também estas o mais cedo possível na vida de cada pessoa.
As crianças devem ser um alvo preferido, dado que nas suas precoces idades
estão recetivas à curiosidade, a tudo o que é novo, são especialistas na arte
dos “porquês”, então a filosofia deveria ser um domínio disciplinar do
conhecimento que, transversalmente, se inter-relacionaria com todas as
restantes áreas da atividade humana.
Educar crianças com autoridade significa
incutir-lhes, simultaneamente, um outro valor que é o Respeito. A autoridade
dos pais, exercida com: tolerância e firmeza; amor e afetos; disciplina e
liberdade; obediência e autonomia, contribuirá para, no futuro, aquela criança
saber exercer, quando adulta, aquele valor superior, com idênticos parâmetros,
em quaisquer papéis que vier a desempenhar, sabendo sempre colocar-se na
posição que lhe compete, sem usurpar os direitos dos seus semelhantes.
Uma nova filosofia para a melhoria da educação,
através do enriquecimento dos paradigmas técnico-científicos, poderá ser um bom
princípio a incutir nas crianças de hoje, e que no futuro serão os adultos que
irão governar o mundo, em todos os setores da intervenção humana. O
enriquecimento dos atuais paradigmas passa pela introdução de valores,
boas-práticas, virtudes e sentimentos verdadeiramente humanos.
Indiscutivelmente que compete aos adultos darem o
exemplo, na circunstância o bom-exemplo, aquele que leva a criança a querer
imitar, portanto, um modelo que possa trazer algo de melhor em relação ao que
existe, porque, independentemente da subjetividade dos valores e dos gostos,
sempre haverá um conjunto de procedimentos que servem o interesse do maior
número possível, logo, da sociedade em geral. É pelo exemplo responsável e
generoso que as crianças de hoje poderão ser os adultos que as gerações dos
diversos poderes atuais não o foram.
Diamantino
Lourenço Rodrigues de Bártolo
Blog
Pessoal: http://diamantinobartolo.blogspot.com
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