Partindo, com muita humildade, da condição, ainda
assim privilegiada, de cada um, como um ser limitado, precário, condicionado e
insuficiente, o homem tem conseguido, ao longo da sua história, desde o
processo de hominização à pessoa humana, que nesta fase pretende ser, avanços
extraordinários, inigualáveis para quaisquer outros seres do mundo, que homem e
natureza têm disputado, com prejuízo para esta, devido às invenções e
intervenções, por vezes irresponsáveis, daquele.
E se as agressões humanas à natureza são graves,
algumas irreversíveis, mais complexas e de efeitos devastadores, são os
conflitos interpessoais e intergrupos, muitos deles com consequências
irreparáveis: morte física de vidas humanas; mutilações insuscetíveis de quaisquer
intervenções repositoras e reparadoras; destruição de bens essenciais à vida,
pela deterioração do ambiente e dos ecossistemas; desmantelamento de
infraestruturas necessárias ao desenvolvimento, ao progresso e bem-estar dos
povos.
O homem com todo o seu poderio intelectual,
criativo e técnico, consegue ser mais destruidor do que os grandes predadores
selvagens. Como, quando e com quê, se conseguirá terminar com este flagelo, em
que biliões de pessoas humanas, inocentes, inofensivas e indefesas estão confrontadas,
permanentemente, em plena era das grandes realizações, nas alegadas “Novas Ordens Internacionais…”, na tão
apadrinhada globalização?
Descobrir, aplicar e validar a fórmula “mágica”
para pacificar a sociedade humana são tarefas que, decididamente, não se
vislumbram com facilidade, e até se pode questionar se alguma vez isso será
possível, pelo menos sem a vontade e determinação de todos os indivíduos. Em
todo o caso está sempre nas mãos do ser humano reverter situações negativas
para uma nova esperança de vida.
Parece haver todo um longo e relativamente difícil
caminho a percorrer, cujo início terá de se estabelecer na base de uma formação
inicial, bem cedo na vida, continuando com uma atualização persistente ao longo
da existência humana, nos domínios da Cidadania, nesta se incluindo todos os
valores que caraterizam a sociedade verdadeira e superiormente humana.
Lançar as bases para uma “Nova Ordem Internacional Cívica”, elegendo a Cidadania como um
imperativo universal, no que ela contém de deveres, direitos, valores e
princípios, ou, e se se preferir, uma Ética comprometida com a sociedade, uma
ética exercida com competência por todos os cidadãos, independentemente do seu
estatuto.
Num mundo complexo, habitado por seres igualmente
complexos, com interesses, estratégias, metodologias, culturas e valores
diferentes, de indivíduo para indivíduo, de grupo para grupo e de povo para
povo, o normal será a existência de conflitualidade, de problemas, de situações
difíceis e até mesmo aberrantes que, por si sós, poderão não constituir nenhuma
tragédia, se quem tiver a responsabilidade e vontade para as resolver, revelar
capacidades diversas e dispuser dos recursos para solucionar as diferentes
anomalias que surgem na sociedade.
Na verdade:
«Grande parte da resolução de problemas implica compreender um determinado
conjunto de circunstâncias num determinado contexto. Frequentemente a
capacidade para encarar o problema e resolvê-lo satisfatoriamente requer um
desvio no processo mental, que permita ver o problema de um ângulo diferente.»
(WILSON, 1993:59).
E se as agressões humanas à natureza são graves,
algumas irreversíveis, mais complexas e de efeitos devastadores, são os
conflitos interpessoais e intergrupos, muitos deles com consequências
irreparáveis: morte física de vidas humanas; mutilações insuscetíveis de
quaisquer intervenções repositoras e reparadoras; destruição de bens essenciais
à vida, pela deterioração do ambiente e dos ecossistemas; desmantelamento de
infraestruturas necessárias ao desenvolvimento, ao progresso e bem-estar dos
povos.
Sendo certo
que: «O Estado existe para servir os
cidadãos» (…) mas também é verdade que: «importa, igualmente, que os cidadãos disponham de um cabal conhecimento
dos seus direitos…» (PRESIDÊNCIA CONSELHO MINISTROS, 1989:5).
Bibliografia
WILSON, G. & LODGE, D. (1993). Resolução
de Problemas e Tomada de Decisão: Inovação, Trabalho de Equipa, Técnicas
Eficazes. Trad. Isabel Campos.
Lisboa: Clássica
PRESIDÊNCIA CONSELHO
MINISTROS, (1989). Guia do Cidadão.
Lisboa: Direcção Geral da Comunicação Social.
Diamantino
Lourenço Rodrigues de Bártolo
E-mail:
bartolo.profuniv@mail.pt
Blog
Pessoal: http://diamantinobartolo.blogspot.com
Portugal:
http://www.caminha2000.com (Link’s Cidadania e Tribuna)
1 comentário:
OS ARTIGOS E TEXTOS DE BÁRTOLO TEM O DOM DE NOS FAZER REFLETIR, E ESTE, SOBRETUDO, A COMPLEXIDADE DO PROBLEMA HUMANO EM SEU TODO, EM SUA GIGANTESCA TOTALIDADE QUE ABRANGE O MUNDO, OS PAÍSES, SUAS POLÍTICAS DIVERSAS, A CULTURA E A EDUCAÇÃO DOS SEUS CIDADÃOS.
OS ARTIGOS E TEXTOS DE BÁRTOLO ME FAZEM RECORDAR O SÁBIO ITALIANO PIETRO UBALDI E SUA OBRA DE 24 EXCELENTES TRATADOS QUE, POR SINAL, FORA OFERTADA, SIMBOLICAMENTE, AO BRASIL E AOS POVOS DA AMÉRICA LATINA, EM BRASÍLIA, MARÇO DE 1966.
MAS A SUA OBRA, EVIDENTEMENTE, É UNIVERSAL, E OS POVOS AINDA HÃO DE CONHECÊ-LA, POIS QUE ESTÁ LÁ, SOBRETUDO EM "A NOVA CIVILIZAÇÃO DO TERCEIRO MILÊNIO", AS BASES CRISTÃS E REGENERADORAS DOS POVOS E DAS HUMANIDADES DESTA NOVA ERA.
UBALDI INICIARA SUA OBRA NA ITÁLIA E A ENCERRARA NO BRASIL, COM O SEU IMPORTANTE "CRISTO", SEU VIGÉSIMO QUARTO VOLUME.
CREIO QUE BÁRTOLO É UM DOS MUITOS INTELECTOS A SE INSPIRAREM NO BEM, NA VERDADE CRISTÃ, COMO ESTEIO DE UMA NOVA POLÍTICA, DE UMA "NOVA ORDEM INTERNACIONAL CÍVICA" COMO ELE PRÓPRIO MUITO SABIAMENTE EXPLICITA EM SEU VALOROSO TEXTO.
PARABÉNS BÁRTOLO, QUE DEUS CONTINUE TE INSPIRANDO NOS VOSSOS PRECIOSÍSSIMO TEXTOS.
ABRAÇO DE:
Fernando Rosemberg Patrocinio
Enviar um comentário