sexta-feira, 31 de maio de 2024

CRIANÇAS: PRECIOSIDADES DO PLANETA.

 

As crianças são pedras preciosas, que precisam de ser lapidadas (educadas, formadas, sensibilizadas), mas, antes disso, é necessário descobri-las, pelo único processo viável ao homem – fecundidade, reprodução, nascimento, cuidados e formação –. Os incentivos ao aumento das taxas de natalidade são, indiscutivelmente, as primeiras medidas que qualquer governante responsável, e com uma visão de um futuro melhor, para uma humanidade envelhecida, deve tomar.

As crianças são um tesouro de valor inestimável que, devidamente instruídas, em todas as suas capacidades, contribuirão para a riqueza das nações, justamente, através da sua educação e formação. A sociedade contemporânea, pela atuação dos seus máximos representantes: políticos, empresários, familiares, religiosos, terão um papel preponderante na defesa das crianças que, como se sabe, são vítimas das maiores atrocidades físicas, psicológicas e morais.

Anote-se o que está a acontecer, em pleno século XXI, nos conflitos entre a RÚSSIA e a UCRÂNIA e, mais recentemente, entre ISRAEL e o HAMAS. Para além da destruição total, e/ou parcialmente completa, de todo um património material: Histórico, Cultural, Paisagístico, Infraestruturas essenciais à vida dos cidadãos, entre outras atrocidades, os idosos e as crianças são vítimas barbaramente assassinadas nestes conflitos. O futuro, bom ou mal do mundo, está nas crianças, nos jovens e nos adultos que ainda se mantêm ativos.

Uma nova filosofia para a educação implica estudo e práticas filosóficas, também estas o mais cedo possível na vida de cada pessoa. As crianças devem ser um alvo preferido, dado que nas suas precoces idades, estão recetivas à curiosidade, a tudo o que é novo, são especialistas na arte dos “porquês”, então a filosofia deveria ser um domínio disciplinar do conhecimento que, transversalmente, se inter-relacionaria com todas as restantes áreas da atividade humana.

Indiscutivelmente que compete aos adultos darem os exemplos, na circunstância, os bons-exemplos, aqueles que levam as crianças a quererem imitar, portanto, um modelo que possa trazer algo de melhor em relação ao que existe, porque, independentemente da subjetividade dos valores e dos gostos, sempre haverá um conjunto de procedimentos que servem o interesse do maior número possível, logo, da sociedade em geral.

É pelo exemplo, responsável e generoso, que as crianças de hoje, poderão ser os adultos que as gerações dos diversos poderes atuais não o foram.

 

“NÃO, ao ímpeto das armas; SIM, ao diálogo criativo/construtivo. Caminho para a PAZ”

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Venade/Caminha – Portugal, 2024

Com o protesto da minha permanente GRATIDÃO

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

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domingo, 26 de maio de 2024

Normas comportamentais e trabalho em grupo.

Como se sabe: 

«Os processos de comunicação ocupam um lugar privilegiado nas organizações, condicionando a sua existência e eficácia. A eficácia de uma organização depende da segurança, rapidez e exactidão das suas comunicações – quer na relação com o meio exterior quer ao nível das interacções que se estabelecem no seu interior,

E a importância de uma comunicação eficaz não se faz apenas sentir nas empresas, mas em todo o tipo de organizações. Por exemplo, nos hospitais o sucesso da terapia depende da qualidade da comunicação que se estabelece entre o doente, os médicos, os enfermeiros, o pessoal auxiliar e os familiares do doente. A complexidade e as questões decorrentes da comunicação interpessoal e grupal são acentuadas ao nível da organização, considerando que: a) o número de interlocutores é mais numeroso; b) a comunicação envolve também interlocutores exteriores à organização; c) os interlocutores ocupam um lugar na hierarquia que lhes confere um estatuto que vai influenciar o conteúdo e o trajecto da comunicação; d) os fenómenos da comunicação estão intimamente ligados aos fenómenos do poder no interior da organização: os interlocutores estão situados em determinada posição no sistema organizativo, o que lhes confere um poder que afecta e determina a comunicação.» (AUTOR DESCONHECIDO, s.d., “A Comunicação”: 281)

As dinâmicas do relacionamento interpessoal passam pelas atitudes comunicacionais, face às situações concretas. Neste contexto, várias são as atitudes que se podem, e/ou devem tomar, no sentido de as adequar ao melhor relacionamento interpessoal possível, nos diversos grupos em que toda a pessoa se insere. Uma Atitude de Comunicação é o conjunto de expressões verbais (palavras) e não-verbais (comportamentos) que revelam, claramente, ou de forma implícita, uma determinada intenção, em relação ao interlocutor. Indicam-se, assim, algumas dessas atitudes:

«a) Atitude de Avaliação – Dados os seus efeitos, deve ser sistematicamente evitada. É utilizável, ocasionalmente, perante o erro ou falha do interlocutor, mas só quando este aceita sem contestação a autoridade do emissor. Mesmo neste caso, não se deve utilizar com frequência, porque gera incomunicabilidade. Ou será substituída por outras (exploratória, por exemplo) ou, quando tal for possível e o erro não for perigoso, não será usada e o emissor não intervirá;

b) Atitude de Orientação – A orientação introduz novas informações no sistema comunicante, o que obriga a maior esforço. Consequentemente, deve ser dada apenas quando é pedida (pedido de informação) e não corre risco de ser inadequada (quando a sua utilidade e adequação ao receptor é visível) Atitudes de orientação sobre assuntos pessoais, íntimos, do receptor, devem ser muito comedidos e cautelosos;

c) Atitude de Apoio – A atitude de apoio mantém ou aumenta o estado emocional do sistema comunicante. Por este facto, está indicada para situações de alegria e entusiasmo. Em situação de tensão, perturbação, dor ou pânico, o seu efeito comportamental vai no sentido de se manterem esses estados. Usada só, não está, por isso, indicada: deve ser acompanhada por outras como a exploratória ou a empática. Quando a dor deriva de uma situação irremediável, uma morte, por exemplo, é geralmente adequado utilizar uma atitude de apoio de pouca intensidade;

d) Atitude Exploratória – A atitude Exploratória manifesta o desejo de colher informações. Por esse facto mesmo, o comportamento do receptor variará consoante essa recolha de informação lhe parecer legítima ou abusiva. No primeiro caso, esta atitude facilitará o fluxo informativo; no segundo caso, criar-lhe-á barreiras. Tem de ser usada com tacto, sempre que o assunto envolva os sentimentos do interlocutor. Uma forma aceitável desta atitude é, nesse caso, a escuta atenta e silenciosa.» (PARREIRA, Artur, Comunicação e motivação nos Grupos e Reuniões de Trabalho, in: AUTOR DESCONHECIDO, s.d., “A Comunicação”: 280-81).

e) Atitude de Interpretação – Que provoca uma sensação de apressamento; aumenta a resistência à comunicação; facilita o sentimento de incompreensão e deturpação; favorece o conflito e pode acelerar o choque de opiniões;

f) Atitude de Compreensão – Que se manifesta pela sensação de que se está a ser ouvido; reduz a intensidade do estado afetivo; aumenta a capacidade de análise e favorece a racionalidade.

Na relação de comunicação não há atitudes puras; várias podem ser expressivas, mas há uma que predomina. As atitudes escolhidas devem ter a ver com as diferentes situações de comunicação. Caberá ao interlocutor, no papel de emissor, escolher a atitude comunicacional em função dos objetivos que pretende alcançar, não descurando as possíveis consequências que a partir do recetor podem surgir. As relações comunicacionais entre pessoas são uma ciência e uma arte e, não dominar corretamente estas duas habilidades, pode constituir a diferença entre o êxito e o fracasso, entre a harmonia e o conflito.

Resulta, então, que comunicar eficazmente é crucial também nas relações de trabalho. As mudanças tecnológicas e a organização do trabalho têm vindo a impor profundas alterações na distribuição de tarefas, na obtenção de resultados (ou atingir objetivos) no relacionamento interpessoal entre trabalhadores e entre estes e as respetivas chefias. O trabalho individual, no limite do conceito segundo o qual o homem não sobrevive isoladamente, não existirá, incluindo em algumas profissões liberais, artesanais e domésticas.

Aliás, o recente conceito de teletrabalho, ou trabalho em casa via Internet, também já não é assim tão individualizado, porque é necessário um conjunto de outros técnicos, sem os quais determinados objetivos muito dificilmente seriam alcançados. Atualmente, o conceito de trabalho em equipa podendo estar a ser muito invocado, a verdade é que: «Sem estar em causa se é bom ou desejável, o trabalho em equipa é, antes de mais, um facto – um facto fundamental. Não encarar esse facto representa, em si, uma opção por determinada forma (porventura não a melhor, mas em todo o caso uma forma) de trabalhar em equipa.» (APOLINÁRIO, 2001:51).

 

Bibliografia

 

APOLINÁRIO, J. M. Marques, (2001). Trabalho em Equipa. Paradigmas do Desporto, in: Dirigir. Lisboa: Instituto do Emprego e Formação Profissional, Nº 72, março-abril, 2001, pp.51-57

PARREIRA, Artur (s.d.). Comunicação e motivação nos Grupos e Reuniões de Trabalho, in: AUTOR DESCONHECIDO, s.d. e s.l., “A Comunicação”: 280-81

 

  

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sábado, 18 de maio de 2024

MARINHA. ALTRUÍSMO E ESPÍRITO DE MISSÃO (20 de Maio)

 Servir na Armada Portuguesa, de facto, não era para qualquer pessoa. Esta circunstância alimentou, e reforçou a autoestima de um jovem humilde, pobre, mas que não virou as costas a um sonho, lutou, correu atrás dele e venceu, sempre convicto de que seria capaz de atingir este primeiro desiderato na sua vida, foi um pouco como refere o adágio popular: “O homem sonha; Deus quer e a obra nasce”, neste caso, o projeto, concretiza-se.

Um de Abril de mil novecentos e sessenta e seis, data histórica, que prevalece na memória de um cidadão, hoje, pai e avô, que continua a orgulhar-se do privilégio de ter servido na Armada Portuguesa, com total empenho, desvanecimento incontido e, acima de tudo, um grande respeito pelos valores que continuam a orientar todas as pessoas, nas diversas especialidades, com as diferentes patentes e motivações, que excedem todas as expetativas, continuam a “Amar” a nossa Armada.

Cinquenta e oito anos se passaram, o lema que continua a orientar a vida deste cidadão: “A Pátria Honrae que a Pátria vos Contempla”. A escolha, feita, há mais de meio século, considera-a, ainda hoje, como sempre, a mais acertada, isto é: “servir a Armada Portuguesa, foi a forma que considerou a mais abnegada, de amar o seu país”, nada pedindo, então, em troca.

No dia um de Abril (que não foi nenhuma mentira), aquele jovem sonhador apresentava-se no Corpo de Marinheiros no Alfeite, onde adquiriria todo o fardamento necessário, para, de imediato, e ainda no mesmo dia, receber a respetiva “Guia de Marcha” e dirigir-se para o Grupo número Um de Escolas da Armada, em Vila Franca de Xira, onde se processaria a preparação militar dos mancebos, e também dos recrutas, que se prolongou até quinze de Julho, data do “Juramento de Bandeira”, a que correspondia o fim da recruta.

O contingente de abril de mil novecentos e sessenta e seis era composto por mais de mil homens: cerca de quinhentos e cinquenta, mancebos voluntários, com dezassete/dezoito anos; os restantes, jovens recrutados na idade normal para o serviço militar, com vinte/vinte e um anos de idade.

Cumprir o serviço militar na Armada Portuguesa, como de resto, nos restantes ramos das Forças Armadas, era, naturalmente, uma imposição que pendia sobre todos os jovens Portugueses, todavia, existia a outra alternativa, que já foi identificada: a emigração que, até ao vinte e cinco de abril de mil novecentos e setenta e quatro, era feita sob a “capa” da clandestinidade, com imensos riscos, incluindo perigo de vida, para os Portugueses que optavam por sair do país.

O cumprimento do serviço militar na Armada Portuguesa constituía e, continua a ser, uma incomparável “Escola de Vida Excecional”. Aqui se cultivavam os valores da solidariedade, da camaradagem, da lealdade, do humanismo, do respeito, da tolerância, da compreensão e da entreajuda; nela, na Armada, se cumprem: com rigor, profissionalismo e atualização, as diversas funções que cabem a cada mulher e a cada homem; neste ramo das Forças Armadas o “espírito de missão”, o altruísmo com que se realizam as gratificantes tarefas, por mais “penosas” que possam parecer, é uma constante.

A Pátria honrae que a Pátria vos Contempla”. E não há que ter complexos ao se escrever, e/ou pronunciar a palavra “Pátria”, porque ela significa o Território, a Língua, a História, a Cultura, com as suas tradições, usos e costumes, os objetivos, enfim um Destino comum. Tudo isto se defende no serviço militar, em geral e na Armada em particular.

É muito importante, para a formação da pessoa, verdadeiramente humana, que, as/os jovens Portugueses, cumpram um período, ainda que de alguns meses, de serviço militar, mesmo que seja em regime de voluntariado, sem prejuízo das suas atividades profissionais, pelo menos em tempo de paz, porque não há melhor escola na vida, do que tudo o que se aprende na Escola Militar.

Há cinquenta anos, realmente, os jovens Portugueses eram mesmo obrigados ao serviço militar, em alguns casos, por longos anos, a maioria daqueles com “Destino” marcado para as ex-províncias ultramarinas, das quais não sabiam se voltavam vivos, onde muitos, realmente, perderam a vida, outros regressaram com deficiências, mais ou menos profundas, para o resto da vida e, também, muitas mulheres portuguesas ficaram sem os seus filhos, milhares de viúvas, enfim, uma autêntica tragédia humana, porque as lições da História, os exemplos de outros países colonizadores, não foram bem estudados por quem, então, tinha a obrigação e a responsabilidade de tudo fazer para evitar este morticínio nacional.

Decorridos cinquenta anos, no passado primeiro de Abril de dois mil e vinte e quatro, poderemos, contudo, continuar a proclamar, em voz bem alta, o lema de que tanto nos orgulhamos, nós, mulheres e homens de Portugal, aquelas e aqueles que serviram a Armada Portuguesa: “A Pátria Honrae que a Pátria vos Contempla”. Não tenhamos vergonha, nem complexos de sermos genuinamente Portugueses, democraticamente patriotas, sem ressentimentos, nem vergonha do nosso passado cultural, humanista e tolerante.

 E para concluir, um pouco de História: «A exemplo do que sucede em muitos outros países, também os navios da Marinha Portuguesa ostentam uma divisa patriótica. Numa época em que os nacionalismos varriam a Europa, coube ao rei D. Luís (1861-1889), por inspiração do seu Ministro da Marinha e Ultramar, a decisão de colocar uma divisa a bordo dos navios da Marinha Real. José da Silva Mendes Leal (1820-1886), Ministro da Marinha e Ultramar entre 1862 e 1864, assinou a 20 de março de 1863, a portaria que abaixo se transcreve, atribuindo aos navios da Marinha o célebre lema:

«Manda Sua Majestade El-Rei declarar ao conselheiro inspector do arsenal da marinha, que sendo muito conveniente estimular por todos os modos os brios patrióticos e os nobres sentimentos, há por bem ordenar que immediatamente faça apromtar e assentar nos navios que tenham tombadilho no vau d’este, e nos outros no ponto mais visível da tolda, a seguinte inscripção em letras de metal bem visíveis «A PATRIA HONRAE QUE A PATRIA VOS CONTEMPLA».

Muito embora todos os navios da Marinha Portuguesa ostentem este lema, o NRP Sagres é o único que atualmente cumpre com a portaria de 1863, que determina a sua colocação no tombadilho.

 

 

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domingo, 12 de maio de 2024

Fátima. Tempo Mariano – 13 de maio de 2024.

 Entre as várias e muitas características do povo português, ainda, e por enquanto, maioritariamente católico, é a sua Fé na Virgem de Fátima, a cujo Santuário acorrem, diariamente, peregrinos em número relativamente significativo, aumentando aos fins-de-semana, tendo o seu expoente máximo nos meses de Maio, Outubro e Agosto, porque se celebram as aparições e no verão é quando se regista o maior número de emigrantes portugueses e crentes estrangeiros de diversas nacionalidades, respetivamente, com destaque para os brasileiros

Os portugueses, na verdade, são um povo crente e o apego a Deus e aos Santos verifica-se a cada momento, nas mais diversas e complexas circunstâncias, de tal forma que, mesmo algumas daquelas pessoas, que se autointitulam de não-crentes, agnósticas, ateias e outras posições, algumas das quais de duvidosa consistência religiosa, na verdade, e quando em situações de grande desespero pessoal, familiar ou outra, no limite, sempre acabam por pronunciar, pelo menos, o nome de Deus: “Vala-me Deus”; “Deus me acuda”, ou de uma figura santificada: “Nossa Senhora me defenda”, proferindo, portanto, o nome da/o santa/o a quem pedem ajuda em troco, muitas vezes, do cumprimento de uma promessa.

Escusado será referir que qualquer pessoa bem-formada, acatadora das ideias, convicções e comportamentos do seu semelhante, a atitude mais adequada é a de total respeito pela religião professada, concordando, ou não, partindo, sempre, do princípio que não existe radicalismo, fundamentalismo e ações violentas, por parte de quem se diz praticante, de uma dada confissão religiosa.

Numa sociedade democrática, na qual a liberdade de expressão e de religião, são direitos consagrados constitucionalmente, na respetiva Lei Fundamental, eles, os direitos, devem ser escrupulosamente exercidos, com equilíbrio, moderação e igual respeito pelas posições daquelas pessoas que, não sendo crentes, nem professando nenhuma religião, acatam, contudo, o comportamento dos crentes católicos, neste caso e em geral, mas também de outras confissões religiosas.

Em Portugal, o Mês de Maio está consagrado como sendo um período “Mariano”, dedicado a Nossa Senhora de Fátima, porque foi em treze de Maio de mil novecentos e dezassete, que teria ocorrido a primeira aparição da Virgem aos três pastorinhos: Lúcia, Jacinta e Francisco, na Cova da Iria, em Fátima, para, em Outubro do mesmo ano, nova aparição se ter repetido.

De então para cá, a Fé, a devoção e o apego à Senhora de Fátima evoluíram exponencialmente, de tal forma que: quer as instalações anexas à Capelinha das Aparições, como o imponente Santuário Mariano; quer as infraestruturas instaladas para acolher os peregrinos; quer as vias de comunicação e acesso; quer, ainda, a indústria hoteleira e de restauração; bem como o turismo religioso, beneficiaram de um incremento jamais equiparável noutras localidades portuguesas, em tão pouco tempo, o que não retira as convicções de quem recorre a Nossa Senhora de Fátima, em situações de maior aflição na vida, e/ou para agradecer alguma “Graça” recebida, e isso tem de se respeitar.

O Mês Mariano em Portugal é de grande veneração a Nossa Senhora de Fátima, praticamente em todas as aldeias, vilas e cidades do país. As peregrinações a Fátima, seja de transporte motorizado, seja a pé, partindo de qualquer recando do país, ou do estrangeiro, são às centenas de milhares de crentes que vão à Cova da Iria para: pagar promessas, pedir ajuda e manifestar à Santa a sua Fé e Fidelidade.

Quem entra no recinto do Santuário de Fátima, imediatamente sente-se como que num mundo celestial de serenidade, de transcendência, de proteção e de mistério. Os receios da vida como que desaparecem, para darem lugar a uma confiança imensa, uma segurança que nos deixa mais fortes, uma Fé que se renova, à medida que caminharmos para a Capelinha das Aparições e depois para a Basílica. Igual sensação de bem-estar e tranquilidade, quando se visita a Igreja da Santíssima Trindade. Enfim, um mundo “Sobrenatural” que nos leva ao recolhimento.

Maio Mariano, assim poderemos qualificar estes trinta e um dias de Oração, de Fé, de Peregrinação, de tentativa de realização de desejos e cumprimento das promessas. Os crentes, em geral; e os devotos de Nossa Senhora de Fátima, em particular, devem sentir-se orgulhosos, privilegiados, por poderem vivenciar experiências tão íntimas, misteriosas e salvíficas, na medida em que: é uma Graça Divina termos do nosso lado, a Senhora de Fátima.

Há quem desvalorize, eventualmente, ridicularize estes sentimentos religiosos. Também existem outras pessoas que rotulam os crentes de “ignorantes”, “atrasados mentais”, “supersticiosos” e outros epítetos que acabam, até, por serem difamatórios, mas que qualificam bem: a formação, a educação, os princípios, os valores, os sentimentos e o caráter, de quem os produz.

Ao longo da História da Humanidade, a religião sempre foi uma dimensão incontornável da pessoa verdadeiramente humana, que a distingue dos restantes seres da natureza e, também é verdade que: mulheres e homens, figuras ímpares, no mundo de milénios de anos, se revelaram de incomensurável importância, pela inteligência, atitudes altruístas, mártires; como também houve quem, pela ideologia maquiavélica, produzisse os maiores horrores do mundo.

Defender a religião, no respeito pela laicidade de cada pessoa e instituição, é uma atitude que se deve considerar como fazendo parte de uma cultura mais global que, de alguma forma, nos enriquece, espiritual e moralmente, quando praticada com equilíbrio, isenção, convicção e Fé. Não se pode, nem deve, defender qualquer tipo de sectarismos, seja ele religioso ou antirreligioso, porque cada pessoa tem, ou não, a sua Fé, as suas crenças e, acredita, ou não, numa vida eterna.

Comemorar o “Treze de Maio”, em Portugal, é festejar o que de mais sublime, misterioso e inefável se pode fazer, sem preconceitos de qualquer tipo de inferioridade, ou superioridade, porque a Fé alimenta-nos o espírito como a ciência nos enriquece a inteligência e nos conduz ao desenvolvimento material, mas estas duas dimensões nos distinguem dos demais animais e, sem qualquer complexo, até se podem complementar, enriquecendo-se, reciprocamente.

Cabe aqui uma alusão a todas as pessoas que têm a felicidade de, neste dia, comemorar algo de importante nas suas vidas: um aniversário natalício; a realização de um projeto; a obtenção de um emprego; a conquista de um grande amor; a recuperação da saúde; a restauração da felicidade, enfim, que este “Treze de Maio” seja um dia marcante na vida dessas pessoas e que Nossa Senhora de Fátima as proteja, as acompanhe, ilumine suas vidas, suas consciências, suas inteligências, bem como de seus familiares.

Neste Mês Mariano, nós, os crentes e devotos de Nossa Senhora de Fátima, queremos unirmo-nos aos nossos irmãos em Cristo para, todos juntos, rogarmos que, por interceção da Virgem Maria, possamos viver em fraternidade, sem quaisquer discriminações negativas, uns em relação aos outros, porque em boa verdade, acreditamos que a nossa diferença e, possivelmente, superioridade, em relação à restante natureza: animal, vegetal e mineral, reside, precisamente, nesta misteriosa dimensão que a Fé religiosa nos confere.

O mês de maio em Portugal e, muito especificamente o dia “Treze” é para ser festejado: crentes e não-crentes, devotos de Nossa Senhora de Fátima, com aquelas pessoas que, não acreditando na sua própria natureza espiritual, tenham a possibilidade, e a boa vontade de, pelo menos, meditar no Ser Transcendente que nos governa, e na santificação de quem já passou por este mundo terreno e deu exemplos de grande abnegação, altruísmo e amor ao próximo.

Maria, Mãe Redentora, enaltecida neste “Treze de Maio”, protegei as nossas crianças que, neste dia, tiveram o privilégio de nascer; mas protegei, também, todas as outras criaturas: jovens, adultos e idosos; as famílias e amigos; as instituições; sensibilizai todas as pessoas mais velhas, que não são crentes, para que ingressem no caminho que conduz à salvação do espírito, porque para lá do corpo físico, certamente, teremos uma outra natureza espiritual, encantadora, que mais nenhum outro ser, provavelmente, terá.

Nestes tempos dificílimos para o povo irmão brasileiro em geral e, particularmente, para os habitantes do Rio Grande de Sul, a minha profunda fraternidade, que significa o meu sentimento de amizade e fraternidade, por isso rezo a Nossa Senhora de Fátima e a Nossa Senhora da Aparecida, para que proteja este povo, a passar por graves dificuldades, as quais se consubstanciam em destruição de milhares de habitações, centenas de mortes e desaparecidos. Um grande e emocionante abraço muito amigo

 

Portanto, glorifiquemos Nossa Senhora de Fátima e louvemos Nossa Senhora da Aparecida.

 

 

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sábado, 4 de maio de 2024

MÃE. BÚSSOLA DO AMOR.

Atualmente, não será nada fácil ser Mãe, ainda que a análise parta de um homem, na medida em que ao longo da história da humanidade, a Mãe tem arcado com as maiores responsabilidades na família e na sociedade porque: em primeira instância, é ela que prepara homens e mulheres para o mundo; é ela que ensina as primeiras palavras, as boas-maneiras, os bons hábitos.

Quem não se sente honrado, feliz e abençoado por ter a Mãe presente, sempre do seu lado, nas alegrias e nas tristezas, nos sucessos e nos fracassos, na saúde e na doença? Quantas pessoas em geral, e quantos filhos, em particular, suspiram pela sua Mãe, ou porque ela faleceu, ou porque teve de abandonar o lar, por razões que nem sempre serão da sua exclusiva responsabilidade? A Mãe, em toda a sua plenitude, é indispensável.

Quantas vezes ao longo da vida recorremos à nossa Mãe: para nos ajudar, material e/ou espiritualmente; quantas vezes ela nos negou a sua ajuda? Quantas vezes nós nos interrogamos, profundamente ansiosos: Mãe, onde estás? Ajuda-me! Não me abandones, Mãe!

É muito difícil refletir-se e escrever-se sobre a Mãe, em geral; e sobre a nossa Mãe, em particular, sem que os sentimentos de amor, de saudade ou até de arrependimento, pelo que de errado tenhamos feito, contra a nossa Mãe, nos chamem à razão, nos alertem para a riqueza que temos, ou perdemos, ou ainda que maltratamos.

De facto, ter Mãe é a maior riqueza que se pode obter neste mundo, e quando a nossa Mãe se nos revela com todo o seu amor, sem limites, nem julgamentos e condenações prévios, nem exigências de nenhuma natureza e que, simultaneamente, nos defende, nos elogia, nos projeta para a vida e para a sociedade, então consideremo-nos as pessoas mais felizes e mais ricas do mundo, porque é impossível uma felicidade maior do que termos a nossa Mãe.

Reconhecendo-se como insubstituível as funções de Mãe, numa sociedade civilizada, defensora e praticante dos mais elementares valores do amor, da dignidade e da felicidade, é tempo de se engrandecer a Mulher, nesta sua dimensão ímpar, concedendo-lhe as condições necessárias para que ela tenha um papel mais ativo e decisivo na formação das mulheres e dos homens que, num futuro próximo, nos vão governar, porque cada vez mais se faz sentir a necessidade de uma sociedade mais humana, mas justa e fraterna.

As Mães de todo o mundo transportam nos seus ventres e lançam para a luz do dia crianças que carecem, não só enquanto tais, mas durante toda a vida, dos valores e sentimentos que suas mães lhes podem e, certamente, transmitem. Nota-se muito bem uma criança que está sob a proteção e amor de sua mãe, daquela que não tem ou nunca teve essa bênção divina.

Como é triste ouvir os choros lancinantes de uma criança, ou até de um adulto, a chamar pela sua Mãe, a pedir-lhe socorro, a pedir-lhe comida, agasalho, proteção e amor. Como estas situações penetram bem fundo na consciência de quem sabe o que é ter uma Mãe, o sorriso carinhoso da Mulher que primeiro se ama na vida, a doçura de um beijinho, a suavidade de uma carícia terna e meiga e, também de uma “palmadinha” para nos chamar a atenção das nossas traquinices.

Como é bom ter a Mãe do nosso lado, sem condições, nem exigências, e sempre junto de nós, qual baluarte de defesa das nossas fragilidades! Com é imenso o amor de Mãe que pelos seus filhos é capaz de vencer tudo e todos. Como é essencial o acompanhamento de uma Mãe, ao longo das nossas vidas. Como o mundo seria melhor se nós ouvíssemos os sábios conselhos das nossas mães, os valores e sentimentos que elas nos transmitem.

E como será bom para uma Mãe receber dos seus filhos o respeito, a admiração, o amor incondicional. E, quando necessário, tal Mãe poder contar com o filho, igualmente, do seu lado e com ele resolver os problemas da vida. Como será gratificante para uma Mãe saber que o seu filho lhe proporcionará as melhores condições de vida, que a visitará frequentemente, ou que a terá junto de si, se a vida lhe permitir porque, em quaisquer situações, a Mãe saberá sempre compreender o filho e enquanto puder, mesmo na velhice, mesmo privando-se de bens essenciais à sua vida e saúde ela, essa Mãe extremosa e amorosa, continuará a velar pela felicidade do seu filho e, quantas vezes, dos netos.

Seria muito significativo e revelaria boa formação e sentimentos nobres, toda aquela pessoa que, sendo detentora de um qualquer poder, especialmente os líderes: políticos, legislativos e executivos, bem como de todas as atividades, se adotassem medidas justas, humanas e adequadas à proteção das famílias em geral, e das Mães em particular.

 Afinal foram, continuam a ser elas, as nossas Mães, que nos ajudaram a chegar até onde estamos, a elas devemos muito dos nossos sucessos, do nosso conforto e felicidade. Sem as nossas Mães do nosso lado, sem o seu amor, carinho, tolerância e auxílio, provavelmente, não passaríamos de vulgares criaturas, sem valores, sentimentos e, eventualmente, sem rumo na vida.

Por tudo isto, e não é nada pouco, governantes, que também são filhos, protegei as vossas Mães, as nossas Mães, defendei as Mães de todo o mundo, porque sem elas, seríamos incompletos. Amemos as nossas Mães, respeitemo-las através do Amor, da Doação, da Ética, da Gratidão, da Lealdade e da Honestidade. É o mínimo dos mínimos que por elas podemos fazer. Mãe Querida, onde quer que estejas, um beijo, com imenso amor, do teu filho.

Por tudo o que fica escrito, amar as nossas Mães em vida, ou honrar a sua memória, é um tributo que lhes devemos prestar, hoje e sempre. Mães Queridas, onde quer que estejais, um beijo, com imenso amor, dos vossos filhos. A todas as Mães do mundo, em geral e, particularmente, às Mães da Comunidade Lusófona, na Diáspora e também às sacrificadas mães Ucranianas, Palestinianas e de outros cantos do mundo onde persistem conflitos bélicos, deixo aqui uma palavra de amizade, também de admiração profunda, pela forma como elas enfrentam a vida, quais GUERREIRAS, num combate sem fim.

 

UM BEIJINHO, COM MUITO CARINHO E RESPEITO, PARA TODAS VÓS.

 

 

“NÃO, ao ímpeto das armas; SIM, ao diálogo criativo/construtivo. Caminho para a PAZ”

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Venade/Caminha – Portugal, 2024

Com o protesto da minha permanente GRATIDÃO

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

Presidente HONORÁRIO do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal

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