sábado, 24 de agosto de 2024

EDUÇÃO E DESENVOLVIMENTO.

 Provavelmente, a partir da sustentação na investigação científica, com alguns critérios de rigor, nomeadamente a objetividade e a verificabilidade, pode-se afirmar que, com exceção de situações extraordinárias, as cidades/localidades que mais investem na educação e formação profissional dos seus cidadãos residentes e outros que a procuram para diversos fins, são, também, as que mais possibilidades apresentam de prosperar.

A prova paradigmática, segundo a qual a educação e a formação promovem o desenvolvimento, pode reportar-se às cidades/localidades que possuem estabelecimentos de ensino e de formação profissional a todos os níveis, com destaque para as escolas profissionais do ensino médio, superior universitário e politécnico.  

Exigir dos poderes públicos para estimular e apoiar a iniciativa privada, na implementação daquelas infraestruturas, é, já por isso mesmo, um dever de cidadania, que nenhum responsável deve deixar de cumprir, sob pena de estar a conduzir toda uma população para o atraso, para o obscurantismo e para a exclusão social nas vertentes responsáveis por esta anomalia, como por exemplo, a exclusão no acesso ao emprego, ao conhecimento, à progressão na carreira profissional e à discriminação cultural.

Obviamente que não é possível construir universidades, institutos politécnicos, centros de formação, escolas superiores e secundárias em todas as vilas e pequenas cidades do país, porque também se defende que deverá haver a perspectiva das realidades locais e regionais, no sentido da boa aplicação dos recursos públicos e privados, os primeiros dos quais, à custa da tributação, coercivamente aplicada aos contribuintes.

Será sempre desejável que nenhum serviço, incluindo a saúde, a educação e a formação profissional, provoque elevados prejuízos, apesar dos seus objetivos eminentemente sociais, para o que se defende a aplicação de taxas proporcionais aos rendimentos verdadeiramente auferidos, declarados e sinais exteriores de riqueza, que cada cidadão apresenta.

Cidade que educa para o trabalho, para o estudo, para a cidadania com toda a envolvência que esta implica, concretamente, participar na vida pública da cidade, certamente que será, a curto e/ou a médio prazos, um local de procura e de fixação de pessoas, serviços e empresas, que por sua vez vão contribuir para o sucesso dos indivíduos, das famílias e da comunidade em geral, pela produção e pelo consumo sempre em crescendo, até aos limites que forem tecnicamente possíveis, sem deteriorar outros valores e interesses, desde logo, o ambiente, a segurança, o trânsito fluido e seguro, o atendimento rápido, humano e eficaz dos hospitais, escolas, repartições públicas e privadas.

A difusão do conhecimento, a partir dos polos universitários de investigação científica e tecnológica, é motivo mais que suficiente para que a prosperidade se instale e desenvolva nas localidades que beneficiam ou venham a receber e apoiar tais infraestruturas, verdadeiras fontes de progresso bem-estar social, económico e cultural, afinal, uma melhoria significativa na qualidade de vida.

A cidade educadora, agora no seu sentido mais nobre de educação e formação integrais. Em síntese, cidades e outras localidades educadoras, é o projeto que se pretende desenvolver, para que todos tenham acesso às mesmas oportunidades constitucionais e legais, porque se defende a: «Educação e formação de todos, em todas as oportunidades e espaços do quotidiano, ao longo da vida. (…) A escola passa a ser todo o território; a educação torna-se efetivamente permanente: educação para uma vida cultural e socialmente multifacetada em qualquer fase do percurso da vida dos indivíduos. Facilmente se advinham os benefícios de uma estratégia de mobilização municipal centrada nesta ideia holística de cidade educadora.» (PINTO, 2004:151).

Quando, objetivamente, se aborda a cidade educadora, pretende-se convocar para este novo conceito as autarquias, as empresas, as instituições e movimentos cívicos, os mecenas e a própria comunidade, organizados em torno de projetos educativos e formativos para toda a população.

Cidade/localidade que oferece tais oportunidades aos seus residentes e a todos os outros cidadãos que nela trabalham, a visitam por períodos regulares ou pretendem deslocar-se, a qualquer título, para lá, é sempre uma cidade cujo progresso e prosperidade se farão sentir a curto prazo, beneficiando todos aqueles que nela apostaram pelos recursos: à educação e formação; ao estudo e ao trabalho; à cultura e ao lazer.

A educação/formação, atualmente, não se concebe apenas para as crianças e para os jovens, mas também, hoje e no futuro, todos estão obrigados a este tipo de aprendizagem ao longo da vida, se quiserem ter o maior sucesso nas suas atividades profissionais e até na vida privada. Não é por acaso que o conceito da universidade sénior e os seus objetivos se vêm implementando, com o funcionamento de tais estabelecimentos, cujos resultados sociais e culturais apontam no caminho da excelência.

Claro que a tais resultados não são alheios os conhecimentos adquiridos ao longo da vida, as experiências, a prudência e a sabedoria dos seus participantes, que assim se consolidam. Num aparte, que se julga oportuno, aqui está um argumento poderosíssimo para que as instituições, públicas e privadas, saibam aproveitar o trabalho dos mais idosos, porém, ainda muito ativos.

 

BIBLIOGRAFIA

 

PINTO, Fernando Cabral, (2004). Cidadania Sistema Educativo e Cidade Educadora. Lisboa: Piaget. Apud, Ministério da Educación y Ciência de Espanha

 

 

“NÃO, ao ímpeto das armas; SIM, ao diálogo criativo/construtivo. Caminho para a PAZ”

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Venade/Caminha – Portugal, 2024

Com o protesto da minha permanente GRATIDÃO

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

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