E se é verdade que, hoje,
terceira década do século XXI: tal como no passado, se tem escrito muitos
textos que, perante um mundo em permanentes conflitos regionais, parecem
autênticas utopias; também se acredita que algumas situações bélicas, ainda
vigentes, serão resolvidas, apenas, através da força do diálogo, entre os povos
envolvidos, e com a intervenção diplomática de países, que rejeitam a violência
bélica.
A conflitualidade
belicosa, e/ou através de outros processos, eventualmente, humilhantes, como os
embargos, os boicotes, o encerramento de fronteiras para pessoas e bens de
primeira necessidade, o impedimento do envio de produtos e artigos de carácter
humanitário, igualmente não favorece a paz e a harmonia entre os povos.
Refletir sobre
determinadas situações e publicar tais reflexões, pode, até, constituir motivo
de “chacota”, riso ou perseguição:
política, religiosa, económica ou de qualquer outra natureza. Estes riscos é
preciso assumi-los, esperando-se, contudo, a compreensão e bom senso de quem lê
e analisa tais reflexões/opiniões. O objetivo não é ofender, nem criticar,
negativa e ofensivamente, mesmo que certas frases ou palavras, possam induzir a
extrair conclusões desta natureza.
Pretende-se, isso sim,
apelar a todas as pessoas de boa vontade, com responsabilidades em diversos
setores, e aos vários níveis dos diferentes Poderes, para que, também elas
parem um pouco no tempo, para refletir nas gravosas situações que assolam o
mundo, para as quais podem dar um contributo valioso, no sentido da sua
resolução.
Depois de algumas
centenas de artigos publicados, sobre temas atuais, com algum suporte
científico-investigativo, obviamente que não se esperava mudar o mundo, nem as
comunidades, porém, a verdade é que, ao nível escolar, no contexto da formação
profissional, por exemplo, vem-se reconhecendo este esforço, por parte de
colegas e, principalmente, no que aos formandos e alunos respeita, em conjuntura
das disciplinas de Integração e Cidadania, proporcionando: debates abertos,
democráticos, despreconceituosos, contextualizados em sala de formação;
elaboram-se trabalhos muito interessantes, com alguma investigação, sobre os
mais diversos temas, alguns destes, considerados autênticos tabus, até há bem
pouco tempo.
Os formandos,
principalmente do nível secundário, buscam nos nas redes sociais, em
bibliografia especializada, algumas ideias que depois citam nos seus trabalhos.
Torna-se, portanto, gratificante, este tipo de intervenções, e estimula para a
sua continuação, nos mesmos moldes: temas atuais, com suporte científico, de
reduzidas dimensões, e de fácil leitura e compreensão.
A Filosofia e as diversas
áreas do conhecimento, trazidas a público, com a atualização possível, vão
continuar a suportar os trabalhos que se seguirão, não excluindo, naturalmente,
os conhecimentos e invenções da ciência, da técnica e da tecnologia. A este
manancial de apoios, juntar-se-á, sempre que oportuno, a informação recolhida e
divulgada pelos “mass media”,
igualmente muito importantes, para o conhecimento do mundo atual. Os objetivos
continuarão a girar em torno: da Cidadania, dos Direitos Humanos, da Paz, da Educação
e Formação Profissional, cultural, laboral, lazer e tantos outros aspetos da
pessoa humana.
A dignidade da pessoa
humana estará presente, sempre que oportuno, nos trabalhos que se vão
publicando, e uma preocupação constante pelos mais desfavorecidos, integram uma
postura que se deseja, a curto prazo, na maioria dos cidadãos, quaisquer que
sejam as suas posições estatutárias: económicas, políticas, religiosas,
sociais, étnicas, etárias, éticas e quaisquer outras, resultantes do processo
de socialização.
Com efeito: «Você deve preocupar-se pelo que acontece no
mundo. Além do futebol, da praia, das salas de aula e do violão, existe um
mundo girando em ritmo social. A vida do jovem careceria de sentido se não se
engajasse na construção de um mundo que o está desafiando. Deve voltar os olhos
e abrir o coração para os milhares de seres que sofrem mergulhados e
angustiados em mil infortúnios da fome, da fumaça de crises, de guerras, de
ignorância.» (GALACHE-GINER-ARANZADI, 1969:13).
O texto acima citado foi escrito em 1969,
justamente há cinquenta e quatro anos. O que mudou de então para cá (2023)? O
que foi feito pelos homens? Obviamente que se deve ser justo e correto, e/ou
pelo menos, verdadeiro, segundo a sua própria consciência e convicções. No
domínio das ciências e da tecnologia deram-se passos de gigante, e os
resultados estão à vista na medicina, na engenharia, na arquitetura, na
biologia, na genética, nos fármacos, e noutros domínios que têm contribuído
para a qualidade de vida das pessoas, no combate a doenças mortíferas, apenas
para referir algumas áreas.
Infelizmente, o mesmo não acontece no que respeita
à consideração devida à dignidade da pessoa humana, na eliminação das
desigualdades, no acesso ao trabalho e aos diversos cargos políticos e empresariais.
Direitos Humanos e Cidadania têm sido o núcleo substantivo, para o
desenvolvimento das centenas de reflexões, porque a partir dele, da sua
interiorização e boas-práticas, será possível, um dia, alterar-se alguma coisa.
A saúde, a felicidade, o trabalho, são outros tantos aspetos, pelos quais se
vem lutando.
Possivelmente, realizadas as diversas dimensões da
pessoa humana, também a felicidade possa ser um bem ao alcance da maior parte
dos cidadãos, felicidade, aqui entendida, com um significado talvez um pouco
amplo: «Ser feliz é o objectivo principal
de todas as pessoas. E a felicidade é obtida em pequenas doses, como resultante
de seus esforços, da efectivação prática de suas aspirações, da sua capacidade
de resolver problemas para adaptar-se à vida, e da sua capacidade também de
saber usufruir dos seus recursos pessoais e dos recursos disponíveis pela
natureza e pela sociedade.» (RESENDE, 2000:176).
Obviamente, que os valores a desenvolver são
imensos, e diversificados. Tem-se procurado, ao longo das reflexões já
publicadas (bem como das que virão a sê-lo), sensibilizar a sociedade e as
pessoas para diferentes problemas e
situações, apelando-se aos Poderes que emanam dos diversos cargos e funções.
Tem havido uma preocupação permanente em não “fulanizar”, esta ou aquela
situação que, quando circunstancialmente abordadas, têm algum suporte
científico, e divulgação prévia nos órgãos de comunicação social. Tentar fazer
coincidir algumas abordagens com situações, ou personalidades, eventualmente
conhecidas, é uma mera especulação, da responsabilidade de quem usa tais
assertivas.
Não está nos projetos, nem nas intenções, e muito
menos nas práticas do autor: nenhuma ideia, tentativa ou busca de ofender quem
quer que seja. Pretende-se, isso sim, alertar, e pedir ajuda, para as situações
difíceis, para os problemas, para os mais desfavorecidos, para que “quem pode, quer e manda”, tenha a
bondade de contribuir para um mundo mais humano, mais justo, mais igualitário.
Afinal, e de uma forma geral, todos defendem os Direitos Humanos, todos querem
viver em cidadania plena, todos desejam a paz, porém, muito poucos trabalham
para tudo isso seja possível, provavelmente, por várias razões, algumas destas,
nem sempre diretamente imputáveis ao cidadão.
Bibliografia
GALACHE –
GINER – ARANZADI, (1969). Uma Escola
Social. 17ª Edição. São Paulo: Edições Loyola
RESENDE, Enio, (2000).
O Livro das Competências. Desenvolvimento das Competências: A melhor Auto-Ajuda
para Pessoas, Organizações e Sociedade. Rio de Janeiro: Qualitymark
“NÃO, à violência das armas; SIM, ao diálogo criativo. As
Regras, são simples, para se obter a PAZ”
https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=924397914665568&id=462386200866744
Venade/Caminha
– Portugal, 2023
Com
o protesto da minha permanente GRATIDÃO
Diamantino
Lourenço Rodrigues de Bártolo
Presidente
do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal
http://nalap.org/Directoria.aspx
http://diamantinobartolo.blogspot.com
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