sábado, 22 de julho de 2023

Regras para melhorar a comunicação

A comunicação humana não pode pré-existir às relações entre os indivíduos, pois consiste em criar um estado de espírito, comum entre aquele que comunica e aquele que recebe a comunicação, o que supõe relações anteriores. Reciprocamente, uma sociedade não funciona se não existir a comunicação.

Os homens não são máquinas, e toda a interação humana subentende a mediação de ideias que são comunicadas. Daqui podem extrair-se conclusões interessantes, no quadro das relações humanas quotidianas, como por exemplo: a relação professor-aluno pode levar a pensar em bases, segundo as quais o aluno, sujeito-alvo, atribui poder ao professor, agente-influenciador e, certamente, reconhecer-lhe poder de competência; por sua vez, o professor poderá legitimar ao aluno, poder de recompensa e de punição, através da simpatia ou antipatia que o aluno demonstra.

Quando se abordam as questões da comunicação, um dos tipos que se discute, coloca-se ao nível da comunicação verbal, diretamente conotado a uma língua, esta considerada indispensável na produção de documentos, que transmitem informação diversa, conforme a sua origem, destinatários e objetivos, comportando em si mesmo significações, que o leitor terá de interpretar corretamente, no sentido que o remetente pretende dar à informação produzida.

O que, imediatamente, se infere desta reflexão, é a importância de dominar muito bem, a língua que se utiliza na comunicação verbal. Na verdade: «Falar uma língua é adotar uma forma de comportamento regido por regras, sendo estas regras de uma grande complexidade. Aprender e dominar uma língua é (interaliar) aprender e dominar estas regras. Este é um ponto de vista familiar à filosofia e à linguística, mas dele nem sempre se tiraram todas as consequências.» (SEARLE, 1981:21).

Naturalmente que existem algumas orientações para se introduzirem regras (há quem lhes chame truques), simples e acessíveis à linguagem popular, para melhorar a transmissão dos comunicados humanos, de que se podem destacar algumas delas:

 

a) Cultive a empatia;

b) Mostrar um rosto aberto, interessado e convicto, sobre o assunto que está a expor;

c)Planeje o que vai falar;

d) Pronunciar as palavras corretas e claramente;

e) Falar distintamente, com boa dicção, nem muito alto, nem muito baixo;

f) Concentrar-se na sua mensagem e levar os interlocutores a fazerem o mesmo;

g) Aprenda a ouvir;

h) Não usar maneirismos, nem palavras complicadas e os termos técnicos apenas,

i) Quando, for absolutamente necessário, se possível, perante um auditório especializado no tema;

j) Ser breve, conciso, preciso, estruturante quanto aos objetivos a atingir;

k) Manter uma postura correta, gestos comedidos que acompanham a palavra,

l) Controlo de voz, que evite os sons excessivamente agudos ou graves;

m) Preste atenção na linguagem não-verbal

n) Não seja o “dono da verdade”

o) Pratique a comunicação pessoal não violenta.

 

O relacionamento humano seria impossível, sem o ato comunicativo, entendido este como uma interação entre pessoas, que desejam a convivencialidade societária, seja em contexto familiar, profissional, social, político, religioso, ou outro.

As relações humanas pressupõem diálogo, troca de ideias, transmissão de conhecimentos, divulgação de factos, manifestação de sentimentos e tantas outras intervenções, só possíveis pela comunicação, verbal, e/ou, não-verbal.

Qualquer dos tipos de comunicação (verbal e não-verbal), quando utilizado um, este será tanto mais enriquecido, quanto mais se recorrer, adequada e complementarmente, ao outro, imprimindo sempre naturalidade, sinceridade e entusiasmo na apresentação do tema, independentemente do auditório a quem se dirige a comunicação.

A comunicação forçada, simulada, afetada e muito sofisticada pode, em certos contextos, dificultar a compreensão da mensagem que se pretende divulgar e, consequentemente, os efeitos pretendidos e objetivos a alcançar ficam prejudicados. Com efeito: «Todos nós admiramos os oradores que conseguem dar naturalidade às suas alocuções, que não têm medo de se expressar, nenhum receio de utilizar a única, individual, imaginativa maneira de dizer o que têm a dizer ao auditório.» (CARNEGIE, 1962:188).

 

Bibliografia

 

CARNEGIE, D. (1962). Como Falar Facilmente, 6ª edição. Tradução, Mário Domingues, Porto: Livraria Civilização.

SEARLE, J. R. (1981). Os Actos de Fala – Um Ensaio de Filosofia da Linguagem. Tradução, Coordenação de Carlos Vogt. Coimbra: Livraria Almedina.

 

“NÃO, à violência das armas; SIM, ao diálogo criativo. As Regras, são simples, para se obter a PAZ”

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Venade/Caminha – Portugal, 2023

Com o protesto da minha permanente GRATIDÃO

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

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