À boa qualidade do ambiente importa, também, na
medida do possível, uma melhor rentabilização dos recursos naturais e destes
extrair o maior proveito para a sociedade. Numa análise, eventualmente, um
pouco bíblica, dir-se-ia que os “bens que
a Terra produz deveriam ser equitativamente repartidos por toda a população”.
Alguns desses recursos, de facto, são usufruídos
por todos, embora em maior ou menor grau, conforme a localização geográfica,
como o ar que se respira, a água, o frio, o calor, a sucessão dos dias e das
noites, as fases da lua e os ciclos das marés e outros bens naturais, embora
alguns deles tenham de ser pagos às entidades que suportam os custos com as
infraestruturas, como no caso, por exemplo, do tratamento e distribuição da
água.
Recursos naturais como a energia eólica, que
envolve grandes investimentos, certamente que devem ser pagos pelos
consumidores, contudo, se possível, a valores suportáveis. Outros recursos
provenientes da floresta, caça, pesca, obviamente, que estarão disponibilizados,
em função do trabalho de cada pessoa interessada. Mas qualquer que seja a forma
de exploração e uso dos recursos, sempre deverá existir uma forte
sensibilização para não os desperdiçar, inclusivamente aqueles que são pagos
pelo consumidor.
Portugal é um país pobre, quanto a recursos
naturais, fundamentalmente aqueles de primeira necessidade. Também sucede na
maioria dos municípios, de natureza rural e semiurbana, os quais estão em
situação idêntica, logo, é preciso estabelecer regras, muito rigorosas, para
que a escassez não se agrave.
Entre os recursos naturais, a água é, porventura,
um dos mais importantes para a vida na Terra. A captação e tratamento deste
precioso líquido, sua condução e distribuição, para e até aos domicílios, e
outras instalações, tem custos elevados e tanto mais onerosos quanto melhor for
a qualidade e quanto maior for o desperdício.
Bens
essenciais, que são fundamentais não só para o homem como para todos os seres
vivos na Terra, devem merecer um especial cuidado por parte de todos os
cidadãos, mesmo com as máximas capacidades e poder de improviso que o ser
humano tem, para resolver a maior parte das situações que lhe são
desfavoráveis.
É evidente que: «O
homem na sua pessoa humana tem necessidades, mas tem perspicácia, tem engenho e
inteligência que procura satisfazê-las. Os bens da Terra nesta colocados pelo
Criador, são como a resposta às necessidades do homem e constituem um contínuo
desafio ao engenho humano no sentido de serem por ele descobertas e utilizadas
de acordo com o fim de servir e em sua especialidade própria. Enfim a resposta
prática do homem à proposta feita a ele pela riqueza dos bens da Terra: a
actuação transformadora do trabalho.» (SARTORI, 1990:32).
A realização de um trabalho consistente, regular,
competente e atualizado, em parceria com instituições e cidadãos individuais,
todos interessados na obtenção e conservação de um bom ambiente natural, a
partir de uma entidade coordenadora, que, na circunstância, poderia ser a
Câmara Municipal, para toda a área do respetivo município, parece ser o caminho
a seguir, com sustentação técnica e científica, acompanhamento permanente da
evolução das condições ambientais, para a qualidade de vida que, seguramente,
será o bem mais precioso para a humanidade.
A conceção de um projeto, exclusivamente
vocacionado para a melhoria do ambiente natural, para uma ecologia avançada e
permanentemente respeitada que, afinal, não é mais do que um dever de
cidadania, será um dos grandes melhoramentos públicos que qualquer
administração central, regional e local, pode oferecer aos seus cidadãos, mesmo
sabendo-se que a visibilidade física, o impacto monumental, ou sumptuosidade da
obra, talvez não produzam os efeitos, circunstancialmente, cíclicos, que se
poderiam, e até seria legítimo desejar, o que, ainda assim, se coloca em dúvida
porque, hoje como no passado e no futuro, o maior bem que se pode ter é um
excelente meio-ambiente, uma ecologia moderna, bases da saúde, do bem-estar e
da felicidade humana, obviamente, entre outros valores, igualmente
fundamentais.
Bibliografia
SARTORI, Luís Maria, (1990). Quando
a Empresa se Torna Comunitária. Aparecida SP: Editora Santuário
“NÃO, à violência das armas; SIM, ao diálogo criativo. As
Regras, são simples, para se obter a PAZ”
https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=924397914665568&id=462386200866744
Venade/Caminha
– Portugal, 2023
Com
o protesto da minha permanente GRATIDÃO
Diamantino
Lourenço Rodrigues de Bártolo
Presidente
do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal
http://nalap.org/Directoria.aspx
http://diamantinobartolo.blogspot.com
Sem comentários:
Enviar um comentário