A Mulher é parte integrante da felicidade do homem
longo, penoso e injusto o caminho que a Mulher
tem vindo a percorrer, para se libertar de diversos “jugos” que, no decurso da sua História, lhe foram sendo colocados,
para a desvalorizar, escravizar, humilhar e torná-la um “objeto” para a prática
dos mais hediondos “atos/crimes”, de violações diversas, incrivelmente, já em
pleno no século XXI, em que ela não desfruta da totalidade dos principais
direitos que ao homem são atribuídos, e/ou auto-conseguidos, nomeadamente, no
domínio dos salários, do exercício de funções religiosas de alto nível, em
algumas religiões, também na política, setor onde está, minimamente,
“protegida, por famigeradas quotas, entre outras atividades, isto no que a Portugal
se refere.
É certo que, tradicional e culturalmente, durante
milénios, a Mulher tem tido um papel de: subserviência, procriação, lides
domésticas, cuidar dos filhos, trabalhar na lavoura, sem qualquer direito de
acesso à educação/formação, não podendo exercer atividade profissional fora de
casa, nem envolvimento político, social e religioso, apenas, e tão só, a Mulher
ao “serviço do homem”, pouco mais do
que: “qual fêmea à disposição do macho”,
sem direitos alguns, porém, com uma infinidade de deveres.
A História da Mulher é, deve ser, todos os dias,
reescrita, repensada, pragmatizada, até atingir o equilíbrio, em igualdade de
circunstâncias com o homem, em tudo o que física, intelectual e biologicamente
for possível, sabendo-se, e respeitando-se, todavia, funções sublimes, que só a
ela dizem respeito, como gerar no seu próprio ventre e dar à luz os seus
filhos.
No “Dia da
Mulher”, é verdade que em todas as suas dimensões, esplendor e dignidade, a
Mulher aproxima-se, cada vez mais do homem, aliás nem outra situação seria de
esperar, porque já não pode haver dúvidas que a Mulher é parte essencial no
sucesso do homem, contudo, a assertiva contrária, também é verdadeira,
podendo-se aceitar-se, muitas vezes que: “ao
lado de uma grande Mulher está um grande homem e vice-versa”.
Permitam as leitoras que se utilize uma inofensiva
ironia brejeira e que, nesse sentido, se possa elogiar a Mulher, quando se
afirma: “mal com as Mulheres; pior sem
elas” o que, ainda assim, e numa sociedade culta, equilibrada e eticamente
correta, se poderá converter aquela “ironia” no seguinte princípio: “jamais sem as Mulheres; sempre com as
Mulheres”, porque elas, em diversas situações da vida, são nossas: irmãs,
mães, avós, colegas, companheiras, namoradas, esposas, amantes, enfim, elas,
sem qualquer contestação séria e fundamentada, são metade do homem e este,
metade delas e, quando unidos pelos vínculos da solidariedade, do amor, da
amizade, da lealdade, da cumplicidade, constituem um só corpo e um só espírito,
salvaguardadas as devidas adaptações para o relacionamento.
A Mulher é parte integrante da felicidade do homem,
assim como este também o é para a Mulher, quando ambos se amam verdadeiramente,
sem quaisquer superioridades, ou submissões de nenhuma espécie, mas há que
reconhecer na Mulher uma sensibilidade mais apurada para o exercício da
dimensão amorosa e sonhadora, bem como para os valores humanistas, seguramente,
com as exceções que, como em tudo na vida, existem.
Muitas vezes, ouve-se dizer, em certos círculos,
atrofiada e ostensivamente masculinizados, que a Mulher é o “sexo fraco”. Porquê? Eventualmente
porque tais pessoas, que assim se “autovangloriam” dessa pseudosuperioridade,
receiam perder algum tipo de poder? Não são capazes de reconhecer na Mulher as
suas imensas capacidades, inteligência, subtilidade e sensibilidade para a
harmonia, ao contrário de muitos daqueles indivíduos, por isso, a fraqueza e o
ridículo estão nestas “cabecinhas”
que se autointitulam de “sexo forte”.
Na esmagadora maioria das situações, o que seria de
milhões de crianças, em todo o mundo, se lhes faltasse a mãe? Em milhares de
casos de abandono dos filhos, por parte do pai, se não fossem os sacrifícios, o
amor e a coragem da mãe, qual seria o futuro destas crianças e jovens? E,
quando o pai, por egoísmo, foge às exigências da vida familiar, irresponsável e
cobardemente, deixando nos braços da mãe e, muitas vezes, também nos dos avós
maternos as crianças, que não pediram para nascer! Afinal quem é o “sexo forte”? Onde está a “valentia” desses homens?
O “Dia da
Mulher”, tal como o “Dia da Mãe”,
deverá ser celebrado com pompa e circunstância, porque a Mulher será sempre
fonte de vida e de esperança, um “Porto
Seguro”, onde muitas vezes os mais necessitados são acolhidos com carinho e
amor, seja maternal, seja a título misericordioso e caritativo, mas lá está
ela, a Mulher, pronta e abnegada para ajudar quem precisa, partilhando,
apoiando e incentivando para atitudes de otimismo, criando, assim, um clima de
confiança.
Vive-se a terceira década do século XXI, com:
imensos conflitos; tremendas dificuldades para muitas pessoas, famílias e
países; “chagas sociais terríveis” –
fome, desemprego, perda de direitos adquiridos, saúde precária para muita
gente, violência doméstica, justiça a atravessar contestação, uma sociedade em
acelerada transformação, na qual a Mulher é cada vez mais maioritária, mas com
muitos obstáculos para vencer, não obstante estar a demonstrar que intervém com
eficiência e determinação, nos setores e situações em que se envolve.
A Mulher vem, ainda que paulatinamente,
conquistando o espaço a que jurídica, social e humanamente tem direito, estando
presente em, praticamente, todos os ramos de atividade, manifestando que é tão
capaz quanto o seu companheiro masculino, que quer trabalhar ao seu lado,
porém, sem discriminações, porque na constituição da humanidade não pode haver
“sexo forte” ou “sexo fraco”, mas sim, Mulheres e Homens, com idênticos deveres e
direitos.
“NÃO, ao ímpeto das armas; SIM, ao diálogo criativo/construtivo.
Caminho para a PAZ”
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Venade/Caminha – Portugal, 2024
Com o protesto da minha permanente GRATIDÃO
Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
Presidente HONORÁRIO do Núcleo Académico de Letras
e Artes de Portugal
http://nalap.org/Directoria.aspx
http://diamantinobartolo.blogspot.com
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