quinta-feira, 7 de março de 2024

08 DE MARÇO. DIA INTERNACIONAL DA MULHER.

A Mulher é parte integrante da felicidade do homem

 longo, penoso e injusto o caminho que a Mulher tem vindo a percorrer, para se libertar de diversos “jugos” que, no decurso da sua História, lhe foram sendo colocados, para a desvalorizar, escravizar, humilhar e torná-la um “objeto” para a prática dos mais hediondos “atos/crimes”, de violações diversas, incrivelmente, já em pleno no século XXI, em que ela não desfruta da totalidade dos principais direitos que ao homem são atribuídos, e/ou auto-conseguidos, nomeadamente, no domínio dos salários, do exercício de funções religiosas de alto nível, em algumas religiões, também na política, setor onde está, minimamente, “protegida, por famigeradas quotas, entre outras atividades, isto no que a Portugal se refere.

É certo que, tradicional e culturalmente, durante milénios, a Mulher tem tido um papel de: subserviência, procriação, lides domésticas, cuidar dos filhos, trabalhar na lavoura, sem qualquer direito de acesso à educação/formação, não podendo exercer atividade profissional fora de casa, nem envolvimento político, social e religioso, apenas, e tão só, a Mulher ao “serviço do homem”, pouco mais do que: “qual fêmea à disposição do macho”, sem direitos alguns, porém, com uma infinidade de deveres.

A História da Mulher é, deve ser, todos os dias, reescrita, repensada, pragmatizada, até atingir o equilíbrio, em igualdade de circunstâncias com o homem, em tudo o que física, intelectual e biologicamente for possível, sabendo-se, e respeitando-se, todavia, funções sublimes, que só a ela dizem respeito, como gerar no seu próprio ventre e dar à luz os seus filhos.

No “Dia da Mulher”, é verdade que em todas as suas dimensões, esplendor e dignidade, a Mulher aproxima-se, cada vez mais do homem, aliás nem outra situação seria de esperar, porque já não pode haver dúvidas que a Mulher é parte essencial no sucesso do homem, contudo, a assertiva contrária, também é verdadeira, podendo-se aceitar-se, muitas vezes que: “ao lado de uma grande Mulher está um grande homem e vice-versa”.

Permitam as leitoras que se utilize uma inofensiva ironia brejeira e que, nesse sentido, se possa elogiar a Mulher, quando se afirma: “mal com as Mulheres; pior sem elas” o que, ainda assim, e numa sociedade culta, equilibrada e eticamente correta, se poderá converter aquela “ironia” no seguinte princípio: “jamais sem as Mulheres; sempre com as Mulheres”, porque elas, em diversas situações da vida, são nossas: irmãs, mães, avós, colegas, companheiras, namoradas, esposas, amantes, enfim, elas, sem qualquer contestação séria e fundamentada, são metade do homem e este, metade delas e, quando unidos pelos vínculos da solidariedade, do amor, da amizade, da lealdade, da cumplicidade, constituem um só corpo e um só espírito, salvaguardadas as devidas adaptações para o relacionamento.

A Mulher é parte integrante da felicidade do homem, assim como este também o é para a Mulher, quando ambos se amam verdadeiramente, sem quaisquer superioridades, ou submissões de nenhuma espécie, mas há que reconhecer na Mulher uma sensibilidade mais apurada para o exercício da dimensão amorosa e sonhadora, bem como para os valores humanistas, seguramente, com as exceções que, como em tudo na vida, existem.

Muitas vezes, ouve-se dizer, em certos círculos, atrofiada e ostensivamente masculinizados, que a Mulher é o “sexo fraco”. Porquê? Eventualmente porque tais pessoas, que assim se “autovangloriam” dessa pseudosuperioridade, receiam perder algum tipo de poder? Não são capazes de reconhecer na Mulher as suas imensas capacidades, inteligência, subtilidade e sensibilidade para a harmonia, ao contrário de muitos daqueles indivíduos, por isso, a fraqueza e o ridículo estão nestas “cabecinhas” que se autointitulam de “sexo forte”.

Na esmagadora maioria das situações, o que seria de milhões de crianças, em todo o mundo, se lhes faltasse a mãe? Em milhares de casos de abandono dos filhos, por parte do pai, se não fossem os sacrifícios, o amor e a coragem da mãe, qual seria o futuro destas crianças e jovens? E, quando o pai, por egoísmo, foge às exigências da vida familiar, irresponsável e cobardemente, deixando nos braços da mãe e, muitas vezes, também nos dos avós maternos as crianças, que não pediram para nascer! Afinal quem é o “sexo forte”? Onde está a “valentia” desses homens?

O “Dia da Mulher”, tal como o “Dia da Mãe”, deverá ser celebrado com pompa e circunstância, porque a Mulher será sempre fonte de vida e de esperança, um “Porto Seguro”, onde muitas vezes os mais necessitados são acolhidos com carinho e amor, seja maternal, seja a título misericordioso e caritativo, mas lá está ela, a Mulher, pronta e abnegada para ajudar quem precisa, partilhando, apoiando e incentivando para atitudes de otimismo, criando, assim, um clima de confiança.

Vive-se a terceira década do século XXI, com: imensos conflitos; tremendas dificuldades para muitas pessoas, famílias e países; “chagas sociais terríveis” – fome, desemprego, perda de direitos adquiridos, saúde precária para muita gente, violência doméstica, justiça a atravessar contestação, uma sociedade em acelerada transformação, na qual a Mulher é cada vez mais maioritária, mas com muitos obstáculos para vencer, não obstante estar a demonstrar que intervém com eficiência e determinação, nos setores e situações em que se envolve.

A Mulher vem, ainda que paulatinamente, conquistando o espaço a que jurídica, social e humanamente tem direito, estando presente em, praticamente, todos os ramos de atividade, manifestando que é tão capaz quanto o seu companheiro masculino, que quer trabalhar ao seu lado, porém, sem discriminações, porque na constituição da humanidade não pode haver “sexo forte” ou “sexo fraco”, mas sim, Mulheres e Homens, com idênticos deveres e direitos.

 

“NÃO, ao ímpeto das armas; SIM, ao diálogo criativo/construtivo. Caminho para a PAZ”

https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=924397914665568&id=462386200866744

 

 

Venade/Caminha – Portugal, 2024

Com o protesto da minha permanente GRATIDÃO

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

Presidente HONORÁRIO do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal

site@nalap.org

http://nalap.org/Directoria.aspx

http://nalap.org/Artigos.aspx

diamantino.bartolo@gmail.com

http://diamantinobartolo.blogspot.com

https://www.facebook.com/ermezinda.bartolo

https://www.facebook.com/diamantino.bartolo.1

Sem comentários: